Baby, eu serei seu caçador hoje. Vou e caçá-la e comê-la como se fossemos animais. — Marrom 5
Saphira Wayans Point Of View
SunCity
O relógio que podia-se ver no alto da parede marcava, pontualmente, as três horas da manhã; tic-toc, tic-toc... o som monótono que os ponteiros faziam era algo que me soava, de certa forma, angustiante. Do lado de fora da casa, uma neblina espessa cobria todo o jardim e o deixava um tanto assustador à visão, enquanto eu, dentro da casa, me sentia em puro desconforto por não conseguir enxergar nada através dos vidros das janelas.
De repente, o barulho um tanto sutil de algo sendo arrastado pelo chão de madeira no andar de cima fez-se mais presente e mais notável do que o som quase tímido e retraído dos ponteiros do relógio. Esse barulho chamou minha atenção e me induziu a olhar para as escadas atrás de mim, onde, instantes depois, vi Justin aparecer, segurando na mão esquerda um taco de beisebol — que era o causador do som de atrito contra o piso. A única iluminação do cômodo partia do pouco fogo na lareira, e ele não era forte o bastante para me permitir enxergar tudo com nitidez, mas o suficiente para que eu pudesse ver os lábios avermelhados de Justin se curvando em um sorriso um tanto perverso. Sem que eu pudesse controlar, minha respiração logo se acelerou.
— Tentando fugir de mim, baby?
A pergunta me foi feita num murmúrio rouco e baixo, mas eu nada respondi, apenas mantive meus olhos abertos e sustentei esse olhar, enquanto observava Justin descer degrau por degrau, vagarosamente. A cada passo que ele dava, a madeira velha rangia em protesto contra o seu peso, e meu coração palpitava cada vez mais rápido. Quando Justin finalizou sua descida, soltou o taco e o mesmo logo se chocou no chão, fazendo um barulho consideravelmente alto para esse horário; pelo pequeno susto, meus ombros subiram e desceram em um segundo, de forma involuntária. Justin acelerou seus passos na minha direção e me segurou pelos braços, empurrando-me pelo cômodo até que minhas costas batessem contra uma parede.
— Não tem como fugir — sussurrou ele, próximo ao meu rosto, me fazendo sentir sua respiração e seu hálito quente contra a minha pele —, não existe uma saída, Saphira. E, mesmo que existisse, você não iria sequer se aproximar.
— Quem te garante isso? — Indaguei no mesmo volume que ele, falhando ao tentar parecer pelo menos um pouco forte.
Justin analisou meu rosto minuciosamente por alguns segundos antes de segurá-lo entre suas mãos e grudar nossas bocas na tentativa de um beijo, para o qual, inicialmente, eu disse não em um sussurro, mas ao mesmo cedi logo em seguida, deixando que nossos lábios e nossas línguas se tocassem de uma forma ardente e intensa, que fez meu corpo estremecer por inteiro. Senti uma das mãos de Justin abandonar meu rosto, e não demorei a senti-la presente na minha coxa, subindo sem pressa por baixo do meu vestido. Dois dedos acariciaram minha intimidade por cima da minha calcinha, mas logo passaram facilmente por ela, começando a me estimular de maneira que me levou a quebrar o beijo com um gemido fraco, que misturava prazer, êxtase, e meus pensamentos contra tudo isso.
— Você só precisa entender que as pessoas nascem destinadas a algo — Justin sussurrou com os lábios a centímetros dos meus, usando sua mão livre para segurar meu rosto e forçar-me a olhá-lo nos olhos. — Eu nasci destinado a ter todo o poder nas minhas mãos, e você, Saphira Wayans, nasceu destinada a ser minha.
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Sweet Ambition
Mystery / ThrillerElvis uma vez disse que a ambição é um sonho com um motor V8 - o mesmo é conhecido por ter uma força muito grande; tão grande quanto o desejo, o anseio do homem pelo poder. Não existe uma alavanca para fazer esse sentimento parar, é como um inferno...