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Depois de passar mais da metade da noite sem conseguir dormir rolando de um lado para o outro, ansiosa e aflita por saber se Lívia iria conseguir tirar alguma coisa do Leonardo, me levantei da cama sem que Théo percebesse.
Tomei um banho e desci, preparei um café e sai na área externa do apartamento. O dia em São Paulo estava com cara de Londres, a garoa fina caia por sobre a cidade em um dia com o Sol encoberto. Eu adoro climas amenos e dias frescos e assim passei algum tempo ali observando o emaranhado de prédios, que nos cercavam para todos os lados. Não via a hora que Théo fosse para a empresa e eu pudesse finalmente me desfazer da angústia que estava em peito, queria poder ligar logo para Lívia e saber se ela descobriu alguma coisa.
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Théo
Despertei na cama e percebi que a cama estava enorme, mais do que costuma ser, sem Sara deitado ao lado a cama simplesmente triplicou de tamanho. Ela havia dormindo mal para caramba, todo o tormento pelo qual eu estava passando a estava afetando de forma involuntária, no fundo Sara temia que tudo o que estava acontecendo fosse por causa dela, embora ela estivesse certa em suas desconfianças, eu iria fazer de tudo para mantê-la fora de toda a história que me trouxe de volta ao Brasil. Inspirei o cheiro volátil e forte que estava por o apartamento, e assim não precisei de bola de cristal para saber que Sara estava na cozinha preparando café preto. Conferi a hora em meu pulso, faltava alguns minutos ainda para o relógio despertar, contudo resolvi me levantar assim mesmo. Tomei um banho, como era de costume todas as manhãs e me enfiei em um short branco e fui a procura de Sara seguindo o aroma do café.
Entrei na cozinha e Sara não estava por lá, mas o café já havia sido passado na cafeteira, e assim peguei uma xícara e coloquei para mim.
Olhei em cima da mesa e vi que Sara já havia colocado o café da manhã, apanhei um pedaço de queijo branco e sai comendo em busca dela.
— Sara! — chamei olhando por todos os lados na sala, e então há vi pelo vidro que ela estava sentada em uma espreguiçadeira na área externa.
Aproximei-me dela e me sentei em sua frente com as pernas abertas, inclinei-me e beijei-a dizendo:
— Bom dia meus amores!
— Bom dia! — respondeu desanimada.
— Não dormiu bem, não é? Senti você se mexendo à note toda.
— Não consegui, amor, minha cabeça não desligou.
— O que tanto tem nessa sua cabecinha?
— Não vou negar que estou muito preocupada com você? Estar sendo a culpada por você ter que dar o cargo ao Leonardo.
