7º Capitulo- O acidente

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Continuação...

- Essa com certeza foi a melhor transa da minha vida. – Stefan disse enquanto se deitava do meu lado.

-Acho que posso dizer o mesmo.

- Acha? Fala sério, essa também foi sua melhor transa.

- Com o Jason foi melhor, - disse olhando pra ele enquanto colocava meu short, ele estava com a feição decepcionada. Você transou com a Emily, ou melhor com a Christina? - perguntei olhando e analisando o mesmo. Ele pensou e subitamente respondeu:

- Por incrível que pareça, não.

- Por que" por incrível que pareça?" – perguntei olhando pra ele com curiosidade.

- Porque ninguém resiste ao meu charme, todas querem se entregar para mim na primeira oportunidade, - ele disse de uma forma muito convencida mas também brincalhona.

- Eu não fui assim.

- Você é uma garota complexa e diferente das outras.

- Ok, chega de papo furado, acelera que eu estou com fome, eles ainda devem estar comendo. – Disse mudando de assunto, já colocando minha sapatinha e indo em direção a porta, com Stefan em meu encalce terminando de fechar o zíper de sua calça e arrumando seu cabelo.

Quando cheguei no andar de baixo, na cozinha, todos pararam de falar e me olharam de uma forma estranha, para quebrar o gelo, Kane resolveu se pronunciar.

- Peter explicou que esse é o tal Stefan e que tudo que aconteceu foi uma armadilha, que a garota foi paga pra fazer aquilo e que ele foi forçado a corresponder, e que vocês dois estavam se acertando. Não imaginava que seria esse tipo de acerto. – Ele disse rindo sendo acompanhado por todos que estavam assentado ao redor da mesa almoçando.

- Isso Stefan, vamos, vai, haaaa. – Henry disse com uma voz fina e estranha e foi só então que eu entendi que ele estava imitando o momento intimo que tive com Stefan.

Quando Stefan viu do que se tratava, ele ficou constrangido e sem graça, não tendo reação nenhuma.

- Com coisa que alguém aqui é virgem, ou inocente pra me julgar. – Falei de forma descontraída, acabando com o silencio que estava e deixando Stefan mais à vontade.

Almoçamos, jogamos cartas e por fim sentamos numa roda conversando, cada um com seu par. Christina foi embora pois houve alguma coisa com a empresa que ela trabalha, vulgo a CIA. Enquanto conversávamos e bebíamos algumas cervejas meu pai e Ketlin mostrava algumas fotos minha, do Peter, do Henry e do Kane quando éramos pequenos. Estava sentada ao lado de Stefan olhando um álbum onde tinha fotos minhas com meus irmão, enquanto ele olhava outro álbum e de vez em quando comentava alguma coisa comigo.

- Meu Deus você é o xerox dela- Stefan balbuciou pra ele mesmo, mas foi alto o suficiente pra eu ouvir e ter curiosidade do que se tratava.

Quando me aproximei dele, entendi o que ele quis dizer com "você é o xerox dela", se tratava de uma foto da minha mãe comigo quando eu tinha dez anos. Sou o tipo de pessoa que não mudou nada fisicamente ao longo dos anos, só deixei de ter o rosto de criança para ter uma feição mais adulta, e se olhar eu hoje em dia, me deixa mais parecida com ela. Tenho os mesmos fios negros e levemente ondulados, a pele com um leve bronzeado, lábios grande e bem desenhados, nariz pequeno e bem definido, os olhos de tamanho mediano tendo as pupilas bem escuras e principalmente a sobrancelha, tendo naturalmente o mesmo formato.

Peter, é parecido com o meu pai, estatura mediana, magro de natureza, um pouco forte, cabelos castanhos claros lisos e olhos também castanhos claros, já Kane é a mistura perfeita dos dois.

- Helena vai buscar mais cerveja pra gente, já está quase acabando. - Henry disse vindo da cozinha em direção a nós com uma garrafa de cerveja.

- Eu vou, preciso abastecer o carro mesmo. – Peter falou já se levantando.

- Com certeza você não vai, o seu gosto para cervejas é péssimo. – Kane disse antes mesmo que eu pudesse responder e todos concordamos com ele.

- Vocês que tem mal gosto, não eu.

- Eu vou, mas eu também preciso abastecer meu carro, então não vai dar pra me te ajudar maninho.

- Eu posso abastecer pra você Peter, vou atrás da Helena, assim ela me mostra onde tem um posto.

- Você é o melhor cunhado que existe. –Peter disse agradecido.

- A pessoa só é cunhada da outra se tiver alguma coisa séria, e Stefan e eu não temos nada sério, então...

- Não seja por isso Helena, aceitaria namorar comigo?

- No momento não estou com muitas alternativas mesmo, então eu aceito. - Finalizei minha fala dando um selinho nele sorrindo.

Fui pra dentro da casa pegar os documentos e o dinheiro pra comprar as cervejas e abastecer, e Stefan veio atrás de mim.

- Vamos fazer um racha? - Perguntei empolgada pra Stefan.

- Não é justo, seu carro é uma Ferrari e o do Peter é uma BMW.

- Um bom motorista corre com qualquer carro. - Falei provocando ele.

Meu pai mora um pouco fora da cidade, tendo assim que pegar parte de uma rodovia, mas como eu conheço essa estrada como a palma da minha mão, foi fácil vencer o Stefan no racha. Paramos para abastecer e fomos comprar as cervejas na loja de conveniência que tinha no posto de gasolina, colocamos as cervejas no carro do Stefan e pegamos estrada de volta para a casa do meu pai.

Quando voltava pra casa, resolvi ligar o rádio, estava tocando shape of you, essa música realmente é viciante, acompanhava o ritmo e cantarolava a letra, mas um carro em uma velocidade fora do comum interrompeu isso quando entrou na minha frente, me fazendo frear bruscamente, perdendo o controle e colidindo diretamente com um poste. O impacto me fez bater com a cabeça no vidro da porta, pra minha sorte eu estava com cinto de segurança e o airbag funcionou, caso ao contrário a situação teria sido bem pior. Soltei o cinto de segurança, abri a porta e consegui sair facilmente, a única coisa que me incomodava era minha cabeça, sentia o sangue escorrer e minha vista ficar turva, apoie minhas mãos no capo do carro e tentei aos poucos ir recuperando meu folego e fazer com que minha vista ficasse clara novamente, quando estava obtendo êxito pude ouvir de longe alguém chamar pelo meu nome, ao virar deparei com um Stefan preocupado vindo em minha direção, fui ao encontro dele, porém no caminho pude finalmente sentir as consequências do acidente. Minha cabeça voltou a girar, minha visão a ficar turva, meu folego curto e quando cheguei de encontro ao Stefan consegui falar apenas cinco palavras:

- Acho que eu vou desmaiar.

- Eu sei.

Foi a resposta que Stefan me deu antes que eu pudesse atingir o chão, ele me pegou e levou às pressas para o carro, ao chegar no mesmo perdi completamente os sentidos.

Acordei com alguém limpando o cortado da minha testa, me fazendo murmurar de dor e foi só então que John percebeu que eu havia acordado.

-Graças a Deus Helena, como você está se sentindo? – Meu pai me perguntou, enquanto me analisava por inteiro.

- Estou bem, não foi nada demais.

- Ao que parece realmente não foi nada, mas eu preciso fazer mais algumas checagens. – John disse enquanto costurava minha testa.

John fez suas checagens e estava tudo bem, ele me receitou algumas pílulas para a dor de cabeça e outras para o caso deu sentir dor no corpo.

Saímos para ver um filme em família e depois fomos jantar em um restaurante arábico. Quando voltamos eu estava exausta, tomei um banho e fui direto pra cama indo dormi, finalizando o longo dia que eu tive.

Danger in LoveWhere stories live. Discover now