Capítulo 63

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Bruno

Todos me olhavam sem entender nada, eu realmente era louco por essa mulher e tinha certeza da minha decisão. Conversei com o DJ que era meu conhecido e já estava tudo certo, nossa música começou a tocar baixinho e o sorriso em seu rosto foi inevitável, peguei o microfone e fui para o começo do palco, todos continuavam a me olhar e Manu aparentava estar bem nervosa. 

Bruno: bom, como todos sabem eu sempre gostei de surpreender a todos. Isso já é de mim – todos riram e ela revirou os olhos – mas sobre o que vou fazer aqui hoje ninguém esperava, nem mesmo você Manu – ela arregalou os olhos e ri – Você entrou na minha vida do nada, aquela morena gata irmã do meu melhor amigo, do meu brother... confesso que você me deixou desnorteado e muitas coisas aconteceram, coisas que não chega ao caso. Hoje você é minha namorada, mas isso não é o suficiente eu preciso de você em todos os dias da minha vida, dormindo e acordando comigo. Manuela Alcantra, você aceita se casar comigo? – todos começaram a gritar alvoraçados e de longe vi suas lágrimas escorrendo pelo seu rosto, larguei tudo e desci do palco e fui em sua direção –.

Manu: você é maluco? – segurei em sua mão e ela estava tremendo –.

Bruno: você sabe que sou louco por ti – rimos – e aí, você aceita? 

Manu: claro que sim Bruno –colocou suas mãos no rosto e riu – sim, sim, sim – seus braços envolveram em meu pescoço e peguei ela no colo –.

Bruno: Te amo linda – falei em seu ouvido –.

Manu: Te amo bem mais – falou sorrindo –.

Coloquei ela no chão e tirei a caixinha de alianças do meu bolso, agachei e Manu estendeu a mão coloquei o anel de brilhante que havia comprado junto com a Isa. 

Isa: o que você fez com o meu primo Manu? – perguntou rindo –.

Enzo: acho que ele está doente. 

Manu: para – falou me abraçando –.

Nos sentamos e comemoramos juntos, Manu estava feliz e eu mais ainda. Mia e Henrique super aprovou e me deixou mais aliviado, eles não levavam em consideração as merdas que eu já fiz. Já estava na metade da festa quando vejo meu tio e Tara se aproximando, senti minhas mãos suando e Manu olhou pra mim preocupada. 

Carol: por favor, não faça nada – falou baixo e Manu olhou na direção deles –.

Manu: é seu tio e... 

Isa: O que ele esta fazendo com a Tara?

Me levantei mesmo ouvindo Manu dizendo não, era impossível fingir que aquilo não estava acontecendo. Ele iria sentar com ela na mesa da minha formatura e eu não queria aquela mulher ali, ou melhor os dois. 

Tara: meu filho, que felicidade estar aqui. 

Bruno: pode ser menos falsa, ou melhor para que tá feio. 

Carol: Bruno, não caia nisso. 

Tara: quanto tempo não é mesmo Carol? – deu um sorriso sínico –.

Isa: porque você esta fazendo isso? 

Daniel: não é da sua conta Isabela, sente-se por favor –olhou pra mim – você não iria gostar de um vexame em plena festa de formatura não é Bruno? 

Bruno: e desde quando eu ligo? Foda-se, já peguei meu diploma mesmo. Quer vexame? Bora então. 

Manu: Bruno, por favor não –falou baixo em meu ouvido –.

Bruno: essa mulher é uma mentirosa, ela acabou com a vida dos meus pais Manu, não posso deixar... 

Manu: não só pode como você vai, olha a cara do seu tio é isso que ele quer. 

Daniel: vai escutar sua mulher né Bruno? Claro, os homens dessa família sempre ficarão de 4 por suas mulheres – ele riu e fechei meus olhos, cerrei meu punho e virei um soco na cara dele na frente de todo mundo –.

Carol: Bruno isso não. 

Meu tio levantou o rosto com a mão na boca, estava sangrando e dei um sorriso ao ver a cena. Ele me olhou e balançou a cabeça. 

Daniel: se perde a linha assim tão fácil, quem dirá para tomar conta da parte que seu pai te deixou não é mesmo? 

Enzo: não cai nessa mano, não cai nessa – segurou em meu braço –.

Manu: vamos embora, agora. 

Manu virou as costas e saiu andando sozinha, passou pela multidão e observei ela saindo do salão. Larguei tudo e sai correndo atrás dela, minha mão estava vermelha aonde acertei o murro em meu tio. Ela estava com o celular na mão e olhando pra rua impaciente, não demorou para um táxi parar na frente dela e corri parando na frente. 

Bruno: vamos embora comigo. 

Manu: saí da minha frente –falou sem me olhar –.

Bruno: não faz isso. 

Manu: você tem que parar de agir por impulso assim, é sua festa Bruno, sua formatura. 

Bruno: pra começo de conversa eu não queria nem estar aqui. 

Manu: não? E isso? – ela levou a mão com o anel de noivado – foi em vão? 

Bruno: não Manu, porra claro que não. Você é o que faz sentido na minha vida. 

Manu: me deixa ir embora, por favor. 

Bruno: toma, obrigado – falei entregando R$ 50,00 para o taxista e ela revirou os olhos –.

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