Nem todo erro é errado |

Capítulo 66

Manu

Me despedi de Bruno e entrei no carro da minha mãe, fomos até o consultório buscar o resultado e fomos em uma loja de festas para preparar a decoração. Marcava 19:00 no relógio quando paramos e resolvemos ir até o shopping comer, estava faminta. 

Mia: japonês? 

Manu: maravilha – ri –.

Fizemos o nosso pedido e nos sentamos para esperar, não demorou para a comida chegar e devoramos rapidamente. 

Mia: como está se sentindo nos seus últimos dias em São Paulo? 

Manu: estou ansiosa mãe –sorri – nunca imaginei que com 22 anos estaria construindo minha vida assim, igual você e o papai tão cedo –ela riu –.

Mia: mas eu estou orgulhosa, Analú quer ir logo morar com você. Só falta esse ano para ela terminar a escola. 

Manu: eu também estou, vai ser bom esse tempo juntas mãe. Não se preocupe tá? –segurei em sua mão e ela sorrio –.

Mia: qualquer coisa você me ligue, vou correndo. 

Manu: eu sei disso – rimos –.

Jogamos nosso lixo fora e fomos caminhando para validar o cartão do estacionamento, fui pagar enquanto minha mãe foi ao Mr Cheney comprar alguns cookies para levar pra casa, quando voltei percebi ela conversando com uma outra mulher e minha mãe estava emocionada, fazia tempo que não via ela assim. 

Mia: filha, essa é a Manuele. 

Manu: ah, minha chara – falei sorrindo e a mulher sorrio emocionada –.

Mia: Manuele, sua tia. Lembra? 

Manu: ai meu Deus mãe, você falou dessa – coloquei a mão na boca surpresa e nos abraçamos –.

Manuele: meu Deus Mia, ela esta enorme e sua cara. 

Mia: está né? – rimos – Onde você esta morando? Quero que vá no chá de bebê do Enzo. 

Manuele: filho do Rique?

Mia: ele mesmo, já serei avó –fez uma careta e rimos –.

Manuele: claro, moro próximo aqui do shopping Villa Lobos. 

Mia: Me mande o endereço pelo whatsapp – falou anotando seu numero – o motorista te busca amanhã 12h. 

Manuele: obrigada, será muito bom – falou emocionada –.

Manu: mãe, como pode encontrar ela assim do nada no shopping? Lembro quando você falava dela, que sentia falta e havia perdido o contato. 

Mia: muita coincidência mesmo – ela sorrio – nunca consegui o contato dela e agora nos encontramos. 

Manu: isso é bom mãe, o vovô Maurício tem que saber disso. Você não acha? 

Mia: quando eu for pro Rio filha, ele irá saber e ela vai ir comigo. 

Acordei as 9h, precisava ir para o salão de festas que alugamos para o chá de bebê junto com a Isa e depois levar ela para um spa, ela precisava relaxar. 

Isa: não sabia que era tão puxado ser mãe – riu –.

Manu: não é amiga? – falei rindo – o pior é aguentar o Enzo, já se acostumou? 

Isa: está fácil até o momento, meu humor anda estranho e minhas vontades de sexo também.

Manu: aí Deus – coloquei a mão no rosto e rimos –.

Ficamos no spa até quase o horário do chá que estava marcado às 15h00, deixei ela em casa e fui para a minha. Entrei e já havia algumas caixas e coisas que estavam arrumadas, iriamos para o Rio na segunda-feira bem cedinho e estava bem ansiosa para conhecer nossa casa nova. Bruno já estava arrumado, não tivemos tempo de nos falar ontem porque ele chegou tarde e hoje eu saí cedo. 

Bruno: estava com saudades –falou enquanto me abraçava –.

Manu: eu também lindo – falei baixinho e ele me aperto –  falta pouca coisa, me espera que já volto – selamos nossos lábios –.

Tomei um banho não tão demorado, saí e coloquei um vestido acima do joelho e um salto, soltei os cabelos e as pontas estavam onduladas, já estava de make apenas me perfumei e peguei minha bolsa. Bruno permanecia sentado no sofá e sorrio ao me ver. 

Manu: então, como foi a reunião de ontem com Daniel?
 
Bruno: deixei Leandro no meu lugar. 

Manu: sério? 

Bruno: É – ele riu – meu tio ficou puto da vida, achou que só eu tatuado que iria trabalhar na empresa mas não. Leandro esta precisando, ele não havia me contado mas sua família esta passando por problemas financeiros e ele não tinha me contado – ele balançou a cabeça –.

Manu: você está ajudando ele como pode amor, não se culpe. 

Bruno: o filho da Nic realmente é dele, ele não quer aceitar. 

Manu: mas precisa – repousei a mão encima da dele – a Nic não é igual a Mariana. 

Bruno: como você consegue perdoar ela? 

Manu: ela se arrependeu, ela ama aquele bebê Bruno ela teve medo do Leandro descobrir e eu entendo, ela é nova, esta terminando a faculdade de direito. 

Bruno: eu sei, mas eu não consigo perdoar. 

Manu: nós vamos nos mudar e tudo irá começar do zero tá bom? 

Bruno: Eu te amo. 

Manu: Também te amo lindo.