He takes the day.

855 57 83
                                    

Primeira fic de SNK e nois tamo como? NERVOUSE. q

Gente, essa fanfic é presente de aniversário para minhas queridas Geisa e Marcella. Elas merecem o mundo, ave maria. E PERDOEM A DEMORA MENINESSSSSSSSSS FOI SEM QUERER AAAAAAAA

Tem os links das músicas nas notas finais, galera! Caso se interessem, claro. Boa leitura, haha ~~

AVISO! Contém traição. A fanfic pode ser gatilho para algumas pessoas. Caso se sinta mal lendo, favor, não leia.

×××××





Estava prestes à fazer uma besteira.

Arrepios percorriam por seu corpo e ele não sabia se era o ar gélido no carro ou o algo remexendo-se em seu estômago. A noite caíra com um estalo de dedos em Chicago e as ruas ainda lotadas, mesmo no frio de um inverno rigoroso, eram uma advertência para si: estava só começando. Um suspiro. Só estava há cinco minutos aguardando-o e, mesmo assim, tinha a impressão de que uma ou duas horas já haviam passado-se. Cinco minutos, tão somente. E ele havia lhe pedido dez. Impaciência, era o nome. Não tinha percebido, mas remexia as pernas compridas vez ou outra e girava a maldita aliança em seu dedo anelar em puro ato de nervosismo.

Aliança. Noivo há três meses. Conheceu uma boa moça, namoraram por uns dois anos, noivaram. É assim que as coisas funcionam quando duas pessoas se amam. Hanji Zöe o conquistara gradativamente até ter seu coração para si, e conviver com aquela mulher que era notoriamente a sua distinção não era-lhe, de fato, ruim. Ele gostava. Se não gostasse, não a chamaria de namorada por exatamente dois anos. Não a chamaria de noiva por exatamente três meses. Não teria suportado vivenciar as conturbações de todo relacionamento amoroso até então. E durante todo esse tempo, ele nunca pensou, uma vez sequer, sobre o quão suas decisões poderiam ser equivocadas. Erwin Smith, um homem de ideais, significados e honra intacta; era o que deduziam, era o que falavam. Intimidante, imponente, dominante. Entretanto, lá estava ele, pestanejando sobre si, tudo, todos. De súbito a aliança em seu dedo já não cintilava como antes, e aquilo era frustrante. Tão frustrante quanto olhá-la fixamente sem saber o que fazer, tão frustrante quanto aguardá-lo voltar da porcaria da cafeteria dentro do carro.

Vocês sabem, ideais mudam. Todo homem tem um porém.

O seu chamava-se Levi Ackerman.

E quem era Levi? O motivo pelo qual sua aliança parecia pesar no dedo anelar. Um baixinho filho da mãe de 1,60 de altura, pele pálida, presença inegavelmente irritante e surpreendente. Um cara admirável. Trinta anos nas costas, ranzinza feito um velho desgostoso da vida, cerne único. Levi é Levi, em sua magnitude e é esse o problema; aquele babaca de meio metro de altura fazia a diferença. Sempre fez. E não só por ser o seu colega de trabalho na polícia, não por usar o mesmo distintivo que si, não por aparentemente formarem uma boa dupla juntos. Aquela merda possuía outra interpretação e só naquele exato momento ele pode perceber que havia sido inclemente o suficiente ao ponto de ceder. O que Hanji havia construído com tanta cautela, Ackerman só necessitara de um segundo para ter na mesma proporção. E foi assim. Em um piscar de olhos. Aconteceu. O verão tornava-se inverno e vice-versa, um segundo passava-se em um ano e tudo em si poderia assemelhar-se àquela parte da bíblia no qual já havia lido antes: o Apocalipse. Caos. Era irônico sentir seu tsunami particular destruir tudo em si ao som de Amy Winehouse. "But you can still trust me, this ain't infidelity. It's not cheating; you were on my mind."

"Yes, he looked like you, but I heard love is blind."

Quando ele apareceu com o copo de café em mãos, privou-se a soltar um suspiro. Só então notou o quão balançava a perna esquerda e esforçou-se em pará-la, disfarçando a ansiedade idiota. O menor caminhava em direção à viatura sem pressa alguma, os fios negros balançando-se por conta da brisa amena e fria, o óculos escuro pendurado no decote do fardamento. O distintivo cintilava. Mais do que a sua aliança, mais do que qualquer coisa. Ele entrou no veículo, e os dois fitaram-se por um momento. Era um cumprimento. Silencioso, simples, ambos entendiam. O loiro não tardou em baixar o freio de mão, passar a marcha, dar partida. Eram eles novamente na pista, entre os carros de Chicago, como sempre: Erwin dirigia. Levi bebia seu café e fazia questão de pôr Amy Winehouse para tocar no som do carro.

Ponto FracoOnde histórias criam vida. Descubra agora