Nossa vidas nem sempre são calmaria há momento de tormenta em nossos mares que
podem nos levar às profundezas do desespero
Olívia.Um mês se passou e meu pequeno está fazendo quimioterapia. Entre tudo que já aconteceu, a pior parte foi eu ter que assistir meu pequeno perder toda a sua essência de criança. Ele já não consegue mais abrir os olhos, passa o dia dormindo, ele tá tão fraco e eu me sinto tão impotente e. ver o meu pequeno lutando pela vida. É difícil, não sei quanto tempo ele vai aguentar esse tratamento que a cada dia consome mais sua vida. Aquela criança alegre já não existe mais. É tão difícil pra mim vê-lo aqui deitado em uma cama de hospital. Eu queria tanto ter o poder de trocar de lugar com ele. Queria que estivesse feliz e sorrindo.
Passo a mão pela sua cabeça que já está quase careca.
A mais ou menos duas semanas ele vem perdendo seus lindos cabelinhos. É complicado ver a cada dia ele se transformando em uma criança frágil. Não é nada fácil.
Ele está internado após um sessão de quimio ter acarretado um ataque cardíaco. O Doutor Hector suspendeu o tratamento por enquanto.
Me levanto do seu lado do meu bebê, quando a Nayla entra no quarto com uma máscara no rosto. Ela me abraça forte tentando me dar um pouco de força e esperança.
Mesmo assim acabo desabando em seu braço, choro com vontade. Depois de chorar muito, ela me olha com um olhar sereno.
— Vamos sair, lá fora podemos conversar melhor. - eu digo enxugando as lágrimas.
Ao sair ela retira sua máscara e me olha.
— Como você tá amiga?
— Nada bem, Nayla. Sinto que tô perdendo meu filho, o que vou fazer? - falei de cabeça baixa.
— Eu estou aqui com você. - ela segurou nas minhas mãos. - Você sempre foi mais que uma amiga, você é minha irmã, Olívia. Pode contar comigo! - ela me abraçou.
Decidimos ir até a lanchonete aqui do hospital. Pedimos um lanche e fomos sentar.
— Como ta o maike ?
— Está se recuperando amiga, graças a Deus ele tá bem melhor.
—Que bom amiga, fico mais tranquila em saber disso.
Conversamos mais um pouco, até que a Nayla teve que ir embora. Eu volto para o quarto que o Lucca estar e ao chegar vejo a Lúcia trocando uns curativos do Lucas.
— Como ele tá?
—Acabei de dar umas vitaminas para ele, agora ele está dormindo. Ah, e o Doutor Hector quer falar com você.
—Tá bom, eu vou lá conversar com ele então, aproveitar enquanto o Lucca tá dormindo.
Bato na porta do consultório e escuto um pode entrar. Ao entrar ele aponta para cadeira, onde eu me sento. Ele me olha por uns minutos e solta um longo suspiro.
— Boa tarde, Olívia.
— Boa! O senhor queria falar comigo?
— Sim. Ele me olha com um extremo pessar nao sei como falar isso Bom... Eu sinto muito Olívia, mas os exame chegaram e o Lucca não melhorou em nada. O câncer está se espalhando muito rápido e logo ele não resistirá.
— Não, não, não. - eu balança a cabeça em negação. - Isso é mentira, por favor doutor, me fala que isso é mentira. - eu falava em meio as lágrimas. - Meu bebê, meu menino.
Naquele momento eu me vi sem chão, chorava como criança.
— Não, não, não! Isso é mentira!! Por favor, me fala que é mentira, meu bebê - eu chorava desesperadamente.
— Eu sinto muito por isso, Olívia. Mas já fizemos de tudo receio que ele não aguentará muito tempo seu filho se tornou incompatível com a vida.
—Você não pode desistir do meu pequeno, eu não posso desistir dele.
— Não há mais nada a fazer, só fique com ele, esses serão seus últimos minutos com o seu filho.
Ao sair daquela sala me encostei na parede e fui deslizando até o chão, ali me entreguei a minha dor. Não conseguia pensar em nada, só queria gritar para expulsar toda a dor que eu estava sentindo.
Senti alguém me abraçar, quando olhei, era o Miguel. Ele me abraçou forte.
—Vai ficar tudo bem, minha rainha.
—Nada vai ficar bem, só me deixa em paz. - falei saindo do seu abraço.
— Eu já soube de tudo, eu sinto muito.
—Sai Miguel, me deixa sozinha, por favor.
— Eu vou respeitar o seu momento, Olívia. Só você sabe a dor que tá sentindo.
Quando tu pensar um pouco, eu volto. - ele segurou em minhas mãos e me olhou nos olhos. - Eu vou tá aqui com você!
Voltei para o quarto e a Lúcia tava tirando os aparelho do Lucas. Provavelmente ela sabia que eu queria esse momento com o meu filho e saiu do quarto.
Eu me deitei ao lado do meu pequeno príncipe e o abracei forte.
Pude sentir a sua respiração ficando fraca.
Ele começou a lutar para respirar.
Aos poucos ele foi parando de respirar e ali meu choro se intensificou. Eu fiquei ali agarradinha com ele, esses foram os últimos minutos de vida do meu bebê.
—Você vai ficar bem meu amor você sempre será meu anjo meu lindo menino
Vai com Deus, meu Lucca!
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APENAS UMA PUTA CONCLUIDO
RomanceO que você faria por seu filho? Eu, olivia, fui ao inferno para salva-lo, me vendi, me despedacei toda, não tinha sonho, não tinha vontade própria.Eu era... sou uma marionete nas mãos dele e ele me usou como brinquedo. Mas um dia perdi tudo, meu...