— Dondoca, seu lugar não é aqui._falou o homem desconhecido que fumava um cigarro encostado na parede.
— Eu estou perdida, eu queria..._fui interrompida pelo cara que soprou a fumaça do cigarro que ele estava fumando no meu rosto. Tossi. — Você poderia me dar a informação?
— Não. Só se eu tiver algo em troca._ falou o homem com um olhar maldoso e um sorriso com poucos dentes amarelos.
— Então obrigado.
Eu estava com o efeito do álcool no meu sangue e mais alterada que o normal. Todo cuidado seria pouco. Então voltei para o carro e tirei um cochilo durante uns minutos, mas acordei com alguém batendo na janela do carro novamente.
— Ei? Tá precisando de ajuda?
Fiquei parada, mais não queria rejeitar a tal ajuda do sujeito. Esperei alguns segundos pra ver a reação do mesmo.
— Não precisa ficar com medo. Irei ajudar se você quiser.
Baixei o vidro do carro, e o cara estendeu a mão como cumprimento. Ele estava vestido de terno. Era alto e cheiroso. Conhecia ele de algum lugar mais eu estava tonta por conta do álcool. Desci do carro mais pela confiança que o homem me passou.
— O pneu do carro furou?
— Não. Eu sequei o pneu. E estou parada aqui por que eu quis_falei com sarcasmo.
— Você pode abri o porta-malas pra eu pegar as ferramentas?_ falou ele abrindo os botões da camisa. O que me deixou sem reação logo de primeira
Abri o porta-malas, ele pegou as ferramentas e se não fosse minha boca grande eu teria saído dessa ilesa e com o pneu trocado.
— Você está demorando muito._soltei e tinha me arrependido logo em seguida
— Se tiver pressa fica no meu lugar._ele falou com deboche
Ele levantou e se apoiou em mim sujando minha roupa de graxa.
— Seu idiota!
— Desculpa. Isso sai. Eu acho. _falou tentando limpar que na minha opinião estava piorando.
— Você é um imprestável, não serve para nada. E ainda por cima, sujou minha roupa!
Ele parou, levantou o olhar, mordeu o lábio inferior me olhou com desprezo, saiu e deixou tudo lá no chão. Eu ia pedir para ele voltar. Mais eu percebi que eu não preciso dele.
Tranquei o carro e saí andando com o par de saltos na mão. Eu sentia as pequenas pedrinhas do asfalto na ponta dos meus dedos e a sensação não era tão ruim quanto eu pensava.
Vi um beco que era iluminado apenas por a luz do poste que ficava no final da rua e piscava para acender e piscava para apagar.
Senti alguém me puxar para o lado. Era um homem com roupas escuras que tentava rasgar as minhas. Achei que era um assalto, mais infelismente não era.
Comecei a gritar desesperada e ouvi o som de alguém correr para perto de mim. Senti e ouvi o corpo do cara sendo perfurado com uma lâmina e seu corpo cair pesado sobre o meu.
Gritei por sentir o peso e um líquido quente cair em cima da minha barriga.
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Tinha Que Ser Logo Você?
RomanceElisa MacNelly acredita ter blindado seu coração para que a flecha do amor não à acerte. E tenta se afastar do que sente, mais acaba entrando mais fundo na situação sem perceber e se deixando levar cada vez mais por um rapaz um tanto galanteador e n...