Capítulo Quatro_ 04

363 26 8
                                    

— Dondoca, seu lugar não é aqui._falou o homem desconhecido que fumava um cigarro encostado na parede. 

— Eu estou perdida, eu queria..._fui interrompida pelo cara que soprou a fumaça do cigarro que ele estava fumando no meu rosto. Tossi. — Você poderia me dar a informação?

— Não. Só se eu tiver algo em troca._ falou o homem com um olhar maldoso e um sorriso com poucos dentes amarelos.

— Então obrigado.

Eu estava com o efeito do álcool no meu sangue e mais alterada que o normal. Todo cuidado seria pouco. Então voltei para o carro e tirei um cochilo durante uns minutos, mas acordei com alguém batendo na janela do carro novamente.

— Ei? Tá precisando de ajuda?

Fiquei parada, mais não queria rejeitar a tal ajuda do sujeito. Esperei alguns segundos pra ver a reação do mesmo.

— Não precisa ficar com medo. Irei ajudar se você quiser.

Baixei o vidro do carro, e o cara estendeu a mão como cumprimento. Ele estava vestido de terno. Era alto e cheiroso. Conhecia ele de algum lugar mais eu estava tonta por conta do álcool.  Desci do carro mais pela confiança que o homem me passou.

— O pneu do carro furou?

— Não. Eu sequei o pneu. E estou parada aqui por que eu quis_falei com sarcasmo.

— Você pode abri o porta-malas pra eu pegar as ferramentas?_ falou ele abrindo os botões da camisa. O que me deixou sem reação logo de primeira

Abri o porta-malas, ele pegou as ferramentas e se não fosse minha boca grande eu teria saído dessa ilesa e com o pneu trocado.

—  Você está demorando muito._soltei e tinha me arrependido logo em seguida

— Se tiver pressa fica no meu lugar._ele falou com deboche

Ele levantou e se apoiou em mim sujando minha roupa de graxa.

— Seu idiota!

— Desculpa. Isso sai. Eu acho. _falou tentando limpar que na minha opinião estava piorando.

— Você é um imprestável, não serve para nada. E ainda por cima, sujou minha roupa!

Ele parou, levantou o olhar, mordeu o lábio inferior me olhou com desprezo, saiu e deixou tudo lá no chão. Eu ia pedir para ele voltar. Mais eu percebi que eu não preciso dele.

Tranquei o carro e saí andando com o par de saltos na mão. Eu sentia as pequenas pedrinhas do asfalto na ponta dos meus dedos e a sensação não era tão ruim quanto eu pensava.

Vi um beco que era iluminado apenas por a luz do poste que ficava no final da rua e piscava para acender e piscava para apagar.

Senti alguém me puxar para o lado. Era um homem com roupas escuras que tentava rasgar as minhas. Achei que era um assalto, mais infelismente não era.

Comecei a gritar desesperada e ouvi o som de alguém correr para perto de mim. Senti e ouvi o corpo do cara sendo perfurado com uma lâmina e seu corpo cair pesado sobre o meu.
Gritei por sentir o peso e um líquido quente cair em cima da minha barriga.

Tinha Que Ser Logo Você?Onde histórias criam vida. Descubra agora