Alguns minutos depois...
Depois de ligar muitas vezes e não receber resposta, ele finalmente me retornou.
— Então você vai realmente ficar tirando sarro da minha cara? — Gritei no telefone.
— Eu já estou em casa, Patrick. Se quiser vir, é só pedir um táxi. Ou fica aí... com a Júlia... — Ele disse, pude ouvir um barulho de chave ao fundo.
— Eu estou no meio da rua, andando. To indo para casa. — Falei, logo em seguida ele desligou o telefone.
— Merda! — Gritei.
Só não joguei meu celular no chão naquele momento, pois sei que não teria dinheiro para comprar outro.
Cheguei em casa depois de alguns minutos. Toquei a campainha e ele atendeu.
— Não pediu táxi? Preferiu vir andando? — Ele disse enquanto eu entrava em casa.
— Eu não tenho dinheiro para pedir táxi. — Falei, me jogando no sofá.
— Patrick.
— Oi.
— Você ainda sente algo pela Júlia? — Ele perguntou, sentando-se do meu lado.
— Não. Mas confesso que me preocupei com ela. Não sei se levo a sério o que ela me contou, mas... prefiro acreditar nisso, do que acreditar que ela usa drogas.
— E o que ela te contou? — Ele perguntou.
— Quer saber, Maurício?! — Me levantei. — Não vamos falar sobre ela. Eu quero saber da gente. Quero saber o que você espera da gente, quero saber quais são seus planos pro futuro. Tudo.
Ele ficou surpreso. Pude ver em seu olhar.
— Eu gosto de você, Patrick. — Ele se levantou. — E eu quero algo sério com você, mas...
— Mas tem medo de se assumir gay? — Interrompi.
— Não. Não, não é isso!
— Maurício. — Me sentei novamente. — Sabe, eu cheguei aonde jamais conseguiria imaginar. Eu larguei minha namorada para me entregar para uma nova paixão. E não uma simples paixão, mas uma paixão por um homem. Eu enfrentei meus pais e hoje, hoje eu tenho o enorme prazer de me olhar no espelho, mesmo com tão pouco tempo que se passou e dizer que eu tenho ORGULHO de quem sou. — Fiz uma pausa. — E eu JAMAIS vou negar quem sou.
— Você não tem medo do que as pessoas irão pensar? — Ele me perguntou. Pude ver seus olhos cheios de lágrimas.
— Não. Não tenho mais. E você também não deveria ter.
— Eu te amo, Patrick. — Ele disse com os olhos lacrimejando.
— Eu também te amo, Maurício. — Sorri.
— E quando eu voltar da guerra, farei você o homem mais feliz do mundo. — Ele se sentou ao meu lado e pôs as mãos em meu rosto.
— Eu sei que vai.
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see you soon - romance gay (incompleta)
RomancePatrick decide acompanhar sua namorada, Júlia, até Nova York, pois ela passou para a tão sonhada faculdade de medicina. Eles vão morar no apartamento do melhor amigo de Júlia, Maurício, que acaba se descobrindo gay ao se apaixonar perdidamente por P...