Cinco

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Pulei de uma vez no pescoço de Seleto, o abraçando forte e afundando meu rosto em seu pescoço. Seleto retribuiu o abraço.

- Você está bem? - Seleto me perguntou, enquanto me abraçava forte.

- Senti tanto medo, igual quando vocês pleiadianos pegaram minha família, ou igual quando você me capturou na nave - falei de uma vez soluçando em seu pescoço .

Seleto levou as mãos até meu ombro, segurou firme e me tirou de seu pescoço, me forçando a olhar em seus olhos.

- Eu te causei tanto medo assim? - Seleto me perguntou olhando profundamente em meus olhos.

Me senti intimidada, voltei meu olhar para baixo e apenas assenti com a cabeça.

- Vamos! Aqui não é mais seguro! - Seleto falou seu olhar havia se tornado sério demais - temos que esperar em uma clareira, fui até os destroços da nave e enviei um pedido de resgate - concluiu e segurou em minha mão, guiando-me para fora.

Seleto não dirigiu mais nenhuma palavra pra mim, já estávamos na tal clareira parecia uma eternidade e nada do tal resgate chegar, meu estômago já estava doendo de fome. Seleto estava sentado em um tronco ali perto, a uma distância considerável, virado de costas para mim. Eu estava sentada perto da fogueira que Seleto fez para que eu pudesse me aquecer, visto que o dia estava frio e nublado.

- Então é isso que você sente, medo! - A voz de Seleto cortou o silêncio repentinamente, soltando uma frase que mais parecia uma afirmação do que uma pergunta.

Eu engoli em seco, não queria que ele pensasse que era somente isso que eu sentia. Mas espera aí! Por que eu me importava com o que Seleto sentia? Levantei-me e comecei a caminhar na direção de Seleto, o mesmo ainda de costas para mim, estiquei minha mão na direção de seu ombro, quando ia tocá-lo o mesmo segurou em meu pulso me girando e puxando para seu colo.

- O que pensa que está fazendo, garota humana!? - Seleto perguntou.

Por reflexo para não cair eu levei meu braço livre ao redor de sua nuca, como um abraço, estávamos muito próximos. Seleto embora estivesse com um vinco no meio da sombrancelha, ainda assim foi se aproximando mais e mais, quando nossas respirações estavam ofegantes demais, e nossos corações descompaçados, a ponta de nossos narizes se encostaram, nossos lábios estavam a um centímetro de se tocarem... De repente, uma nave desceu no meio da clareira, bem acima de nossas cabeças.


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