star ↬saerom+jiheon

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jiheon não aguentava mais. estava deitada em sua cama com um cobertor tampando-lhe o corpo todo, encolhida na espera da luz voltar apenas com a iluminação fraca da tela de seu celular. sozinha na própria casa, a garota espera pelo menos aparecer uma barrinha de sinal para poder ligar para sua melhor amiga e pedir o "socorro" que tanto precisava nesse momento.

e assim se passaram 15 longos minutos para baek jiheon.

saerom estava deitada no sofá enquanto assistia uma série qualquer quando escutou o barulhinho um tanto quanto incômodo de seu celular, indicando que estava recebendo uma chamada. olhou para a tela e leu o nome de jiheon no visor.

-oi, jiheonnie. ta tudo bem? -perguntou estranhando o horário, estava tarde e a mais nova não era acostumada a dormir depois das 23 horas.

-unnie, venha em casa, por favor. -disse com a voz arrastada e um tanto quanto manhosa, saerom sentiu que a garota estava chorando.

-se acalma, ja estou indo.

a lee foi simples e direta, estava preocupada e não queria perder tempo para ver a melhor amiga e saber o que estava acontecendo.

pegou seu carro e foi em direção à casa dos pais de jiheon.

ao chegar na residência, tentou tocar a campainha da casa, o que não houve sucesso. saerom associou aquilo ao fato de todas as luzes da casa estarem apagadas, e também, a campainha era elétrica.

e as luzes nunca ficavam apagadas, não quando jiheon estava em casa; mesmo que estivesse dormindo sempre deixava uma luminária no canto de seu quarto. o medo de escuro da baek era conhecido pela mais velha.

abriu a porta, visando que ela estaria aberta pois a moradora dali nao teria coragem para descer as escadas e tranca-la.

e ela estava certa, assim subiu em direção ao cômodo onde jiheon estava.

-saerom unnie? é você?!

-sim, heonnie. sou eu, não se preocupe.

saerom foi de encontro a cama onde a mais nova se encontrava completamente embrulhadinha nas cobertas e mecheu ali, fazendo a mesma abaixar aquilo que a cobria e deixar apenas seus olhinhos de fora.

-unnie, - baek logo saiu e pulou no colo de sua amiga - obrigada por ter vindo... eu estava com tanto medo.

a garota começou a chorar e lee apenas a abraçou e disse que ia ficar tudo bem já que ela nao estava sozinha.

-hey, bae. o que acha de irmos para fora e ficarmos la? aqui está muito escuro, e ali ainda conseguimos uma luz.

a mesma concordou e foram em direção ao jardim da casa dela. em todo o curto percurso foram de mãos dadas, com jiheon em sua cola. e isso não incomodava saerom de jeito algum.

chegaram ao lugar onde havia apenas um pequeno balanço, uma piscina de tamanho médio e com a grama aparada. deitaram no chão e ficaram olhando a luz das estrelas, abraçadas.

-viu, jiheonnie? aqui ainda temos um pouco de luz.

-unnie, você sabe que eu teria vindo para cá se não tivesse tanto medo... além do mais, a luz vinda delas é fraquinha, quase não dá pra ver algo. isso não é suficiente para meu medo passar.

-baek jiheon, nunca diga que a luz das estrelas é fraca, ouviu? -saerom a repreendeu- você sabe que elas estão a milhares de quilômetros da gente, certo?

a mais nova assentiu, e a lee prosseguiu.

-hmm, já sei. quando você olhar para as estrelas, tente se lembrar de mim, tudo bem? mesmo a quilômetros de distância, saiba que eu estou a brilhar por você  e sei que você por mim. com essa luz, eu consigo iluminar mesmo que um pouco a sua vida, e, se estiver com medo, eu vou estar aqui para te ajudar a superar esse seu medo. mas também, a luz de uma estrela nunca será o suficiente para você, e sabe porquê?

jiheon negou, e pediu para a mais velha explicar o motivo.

-porque ela está sozinha, heonnie. para ela conseguir brilhar em sua máxima intensidade e te ajudar a não ter medo de passar noites sem energia, ela precisa de alguém. e, para a minha estrela brilhar, eu preciso de você, então, não exite em me chamar para te ajudar, certo? eu só consigo te ajudar, estando com você, aqui, bem do seu lado.

-okay, saerom-unnie. então, promete que vai estar sempre aqui para me ajudar a passar por isso toda vez que eu precisar?

-sim, prometo.

as garotas se abraçaram e naquele momento, podiam jurar ter visto uma estrela cadente passar por elas, mas não tinham certeza e o momento estava tão confortante para elas, que sentiam não precisar de mais nada.

apenas o ombro amigo de uma a outra.