Capítulo 7

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Steve narrando:

A Morena quis sair de perto de mim, mas apertei mais sua cintura. A loirinha do lado do Igor quis fazer a mesma coisa, mas acho que ele segurou ela também.

-Desculpem a demora.- falei e cumprimentei eles com um toque e as fies com um aceno na cabeça, as putas nem olhei.

Me sentei na ponta e a Morena a minha esquerda, a minha direita estava o Pesadelo, logo após a mulher. A ruiva do Tizio, depois ele, o JR e sua Amante. Do meu lado esquerdo depois da morena estava a loirinha, o Pistola, Medo e sua Amante.

Logo o Pesadelo olhou para a Morena e depois pra mim, com uma cara nada boa.

-Fia, como que se tá aguentando tá de moletom e calça num calor desse?- Pesadelo disse e ela olhou pra mim, sem saber o que dizer.

-Ela é tímida, falou que não queria que vocês vissem ela.- falei grosso e frio, Pesadelo olhou pra mim e arqueou uma sobrancelha.

-Tô perguntando a ela, não a tu! Olha pra mim garota.- cruzei os braços e fiquei olhando para o Pesadelo com vontade de mata-lo, mas fazer o que? Ele é o feche.

A Morena olhou para mim mais uma vez e eu fiz sinal que ela obedecesse. Ela levantou mais a cabeça, ficando de frente com o Pesadelo.

-Agora tira o capuz!- ela levantou as mãos tremendo e tirou o capuz da cabeça. Dava pra perceber que ela estava morrendo de medo.- Levanta as mangas.- eu sei muito bem onde ele quer chegar, começo a passar a mão no meu queixo e me escoro melhor na cadeira.

-Pra que isso Juan?- a Laís, mulher dele perguntou.

-Você verá!

Melinda começou a puxar as mangas do moleton pra cima e logo os hematomas em tom de roxo, azul e meio verde começaram a aparecer. A Morena já estava com os olhos marejados. A loirinha, a ruiva e a cacheada ficaram totalmente surpresas levando a mão até a boca, onde se transformou um "O". Já as putas estavam prendendo o riso, os homens ali continuaram sérios.

O Pesadelo olhou pra mim irritado e bateu a mão na mesa fazendo as mulheres se assustarem. Logo ele se levantou.

-Que merda é essa Steve?- odeio quando ele me chama pelo nome.- O que caralho eu já falei sobre isso?- e apontou para os braços da Melinda, que já estava chorando. Essa merda só sabe chorar.

-Ela é minha! Posso fazer o caralho que eu quiser com ela!- falei me levantando e falando no mesmo tom que ele. Considero ele pra caralho, mas ninguém queria crescer a crista pra mim não.

-Sua uma porra! Quando foi que voltou a escravidão pra tá comprando gente?- a Melinda se levantou da mesa e correu em direção a sala. Logo as outras mulheres foram atrás dela, ficando só os homens.

-Namoral, tu quase acabou com a mina.- indagou o Tizio.

-Qual uma das regras da Facção?- Pesadelo perguntou, revirei os olhos.

-Não bater em mulher!- falei tedioso.- Mas ela é MINHA PROPRIEDADE A PARTIR DO MOMENTO QUE ME DERAM COMO PAGAMENTO!

-NÃO DEIXA DE SER UM SER HUMANO!- gritou de volta.

-Tá bom, bora para com essa cachorrada!- Medo falou sério. Pesadelo olhou pra mim é respirou fundo.

-Dois meses sem baile e sem cobrar os noiados. Estou pegando leve com você, da próxima não vai gostar. Essa pequena reunião ficará para quando tiver todos os envolvidos juntos.

E depois sai da cozinha, saio logo atrás dele. Ele não pode fazer isso, o que mais lucra é os bailes e os noiados do asfalto.

Assim que colocamos os pés na sala vemos a ruiva encina da puta que tava com o JR, a loirinha estava encima da puta do Medo e a cacheada estava no sofá e com a Morena, que chorava nos braços da Laís.

De Patricinha a Patroa - RETIRADAOnde histórias criam vida. Descubra agora