Augustin - Canção para Anjos

Nefasto lugar

Todas as perguntas vem rápido de mais em minha mente, entro no quarto e tranco a porta como se la dentro fosse o lugar mais seguro neste momento e ao que parece olhando toda a bagunça que esta nele, eu estou errada.

Olho para o lugar aonde estou, e tenho certeza que não estou em meu quarto, pelo menos não mais.  Abro a porta e dou de cara com o corredor, fecho e olho para o quarto de novo e não vejo minha cama, nem mesmo todos os moveis que ali se encontrava, a única coisa que vejo, são areias e mais areias um mar incrivelmente azul e de longe um casal que ria alto.

A menina parecia está muito apaixonada, seus olhos azuis vidrados em seu companheiro, em seus lábios tinha um batom rosado e em seus cabelo havia uma coroa de flores que fazia seus cabelos vermelho se destacarem a mesma trajava um lindo maiô que deixava seu corpo totalmente delineado e destacava suas belas curvas, ela segurava nas mãos de um homem belo, moreno com seus olhos negros e cabelos igualmente pretos, havia uma colar em seu pescoço que encaixava perfeitamente com seu belo bronzeado e ajudava a destacar sua bela barriga trincada.

"EU CONHEÇO ESSE HOMEM?"

Pensei quase que imediatamente e como se ele me ouvisse seus olhos acharam os meus e eu paralisei em meu lugar.

Ja havia visto aqueles mesmo olhos, não me lembro aonde mas já os vi antes... em um sonho talvez? Ou em algum lugar?
Droga eu detestava a minha memória para reconhecimento de pessoas, eu era terrível para guardar rosto o que não me ajudou em nada.

Seus olhos me estudavam e quando o mesmo se aproximou com sua companheira, pude olhar mais de perto seus olhos, sua íris ficaram roxa e no mesmo instante o sonho que tive me veio a cabeça me fazendo lembrar aonde foi que havia visto aqueles olhos.

Não me lembro de no sonhos seus olhos serem negros como a noite, porém lembrava perfeitamente de sua íris roxa pois, foi o que me encantou, lembro de suas lágrimas caindo sem parar enquanto pedia por socorro e gritava meu nome, e como se algo me puxasse ouvi aquele homem mais uma vez falar meu nome,

Cambriel - Lara? - o mesmo fez uma cara confusa e sua companheira que o analisava ainda vidrada em seus olhos negros virou o rosto acompanhando a mira de seus olhos para mim.

A mesma levou sua mãos a boca e no mesmo instante quando olhei em seus olhos vendo a mesma íris roxa,como se tivesse sido puxada de um sonho voltei ao meu quarto.

Lara- Mas que merda aconteceu aqui? - olhei para todos os lados sem entender fui ate minha cama, como para certificar de que ela era real, olhei para todos os lados procurando as areias e o mar mas nada corri ate a janela o jardim parecia igual. Eu estava confusa, meu coração estava acelerado, minha cabeça girava eu não estava entendo nada.

Corri novamente para a porta e abri... E como da outra vez só via o corredor, vi  que Naná se aproximava com algumas roupa, fechei a porta do quarto com calma e peguei o notebook indo direto para a cama, algo aconteceu aqui, algo que não era normal acontecer, eu estava sonhando acordada, e era isso que acontecia quando era pequena.

"Não nada pode dar errado agora, não agora! Essa doença não pode voltar agora, estou próxima de mais de realizar meus sonhos para essa doença voltar."

Pensava e pensava de novo, dentro de mim eu estava em desespero procurando sem para na rede uma forma de parar com essas ilusões, uma forma de me livrar desses sonhos, procurava desesperadamente um remédio, um tratamento sem meus pais saberem. Isso não poderia esta acontecendo não de novo.

Monica- Filha? - minha mãe abre a porta olhando para mim e parece perceber meu medo, pois a mesma entra e vem em minha direção.

Sem que eu notasse lagrimas caiam dos meus olhos fluindo pelo meu rosto e eu simplesmente não conseguia parar, não conseguia afastar o medo de que tudo estava a um fio de ruir.

Meus pais jamais me deixariam ir para a universidade fora do país se imaginasse que meus problemas de infância estavam voltando, jamais me deixariam em paz, e começaria as sessões tortura novamente, e eu não suportaria isso mais uma vez.

Quando minha mãe se aproximou da cama fechei o not para que a mesma não olhasse o que eu estava pesquisando.

Como sempre ela me abraçou, e seus braços me confortaram quase q imediatamente. Minha mãe tinha o dom de tranquilizar as coisas, não sei... Sempre considerei ela um anjo uma mistura perfeita de amor e bondade e estando agora em seus braços sabia que ali era o lugar mais seguro no mundo todo...

Mônica - Filha o que está acontecendo? Me conte o que está acontecendo. Você esta me deixando preocupada, Naná disse que vc está estranha - minha mãe jogou todas as palavras de uma única vez e eu vi a preocupação em sua voz.

Lara- Não é nada mãe, nada sério na verdade - menti me sentindo extremamente culpada, pois nunca havia mentido antes para ela. - Eu acho que só estou muito preocupada Com tudo... Em poucos meses tudo o que eu sempre quis vai acontecer e estou com medo de alguma coisa sair do controle.

Ela me abraçou mais forte ainda calando todas as vozes em meu coração.

Mônica - Minha filha olha pra mim. - Disse me soltando do abraço e segurando em meu rosto, seus olhos tão azuis quanto o mar, iguais aos meus observavam meu rosto enquanto suas mãos acariciavam amavelmente meus cabelos - Sei que parece assustador, e você estará longe de nós, mas vai dar tudo certo, confie em você mesma e vai ficar tudo bem eu e seu pai sempre estaremos aqui para você

Aquilo acalmou tudo na verdade, abracei ela de novo e o sorriso dela me deu forcas para esquecer tudo e focar naquilo que era necessário.

Mônica - Agora que tal você tomar um banho e descer pra gente tomar um sorvete ? - A mesma abriu ainda mais o sorriso e me deu um beijo na testa.

Pulei da cama fui pro banheiro e enchi a banheira ia descansar e aproveitar de um banho relaxante.

Peguei o celular e levei para o banheiro  coloquei uma playlist qualquer para tocar liguei o som do banheiro e fui para dentro da banheira sentei no encosto e lá fiquei deixando a hidro fazer o seu serviço.

Fechei os olhos, a água estava tão quentinha e gostosa que nem vi quando o sono me pegou e dormi ali mesmo.

"- Como estava com saudades de você meu anjo. - Abri os olhos e lá estava ele com seus olhos negros, e íris roxas, seus cabelos estava bagunçados, um bagunçado que o deixavam ainda mais lindo, suas mãos tão macias acariciavam meu rosto.

Eu me sentia em casa como nunca havia sentido antes, me sentia feliz uma felicidade totalmente fora do normal, me sentia completa como se cada peça faltante no quebra cabeça
Se encaixasse perfeitamente.

" - Você não pode fazer isso novamente amor, sabe como é dolorido ficar longe de você? - diz comecando a encher meu rosto de beijos e seus beijos me levam para o céu, como se eu não precisasse de mais nada para existir, só precisasse daqueles beijos. - Estava com tanta saudade desses seus olhos azuis como o oceano q os céus desenhou e o roxo da sua íris igual a violeta das flores.

"Ele disse que minha íris são roxas? Mas como pode ser roxas e eu nunca as tenha notado?

Eu acariciei seu rosto o puxando para mais perto queria ainda mais sua boca perto da minha...

" - Amor abra os olhos,...

Abri os olhos quase me afogando na banheira pulei pra cima e tossi colocando bastante água pra fora, meus dedos e corpo estava enrrugados por ter ficado tanto tempo dentro da água, a água já estáva quase fria e a hidro já tinha parado olho para fora da banheira e vejo o que eu menos queria ver

Lara - Aí que droga viu!