OMINOUS [O.S]

SINISTRO

||Oi, eu sou GHOSTDEMON!
Essa estória nasceu a alguns anos atrás, ela faz parte de um pequeno compilado de histórias curtas que um dia virarão HQs, ou curta metragens...Quem sabe.
Então a Yukimac pacientemente me ouviu contar a história inteira e deu a idéia de transformá-la em uma fic. E aqui está. Espero que se divirta!

Yuki: Olá! Sim! Brotei, junto dessa senhora ai em cima, em plena madrugada! SIIIM!
Como a Dona Demon disse aí, essa história é original dela. Essa humildona aí faz mangás e desenhos fodásticos, e um tempo atrás ela tinha me contado desse plot que ela queria desenhar. Pois bem, mas como eu não sossego, pedi para ela que fizesse uma fic dele comigo, hausahua
E aí está o resultado. ||

Era mais um dia como qualquer outro.

Difícil como qualquer outro para alguém em suas circunstâncias.

Afinal, não era fácil sobreviver, praticamente sozinho, no meio do nada, e ainda arranjar alimento para si e seu irmãozinho mais novo, enquanto uma série de aberrações andavam soltas por aí.

O adolescente corria como nunca. Respirava com dificuldade, puxando o ar freneticamente, sentindo sua garganta arder e a saliva secar, os cabelos negros presos na testa devido o suor, as roupas sujas pela terra batida, completamente assustado, fugindo dos ruídos sinistros que ouviu atrás de alguns arbustos enquanto trilhava o caminho de volta para sua casinha na árvore, mata adentro.

Sentiu que por pouco não saiu da mata com vida. Sabia que aquelas criaturas não eram espertas, justamente por estarem… “mortas”, mas seguiram como verdadeiras besta o mínimo som, a procura da carne humana mais próxima que sentissem a presença.

Respirou um pouco mais aliviado e deixou um sorriso de alívio adornar seu rosto assim que avistou a pequena clareira cuja sua casinha na árvore ficava, logo na parte mais alto de um morro.

Sua adrenalina ao máximo, no entanto, não o deixou perceber a presença de outra daquelas criaturas, logo perto de si.

-AAARG. - E foi somente quando o grito, ou melhor, estranho agonizar na voz da tal foi ouvida perto de seus ouvidos, que virou seu corpo totalmente para a origem do som, sentindo seus membros tremerem novamente, na remota possibilidade de outro daquele estar ali, tão próximo.

Era apenas um adolescente de quatorze anos, afinal.

-UUURRRHHH. - A criatura logo gritou sons ininteligíveis quando ouviu a grama, ainda um pouco alta da clareira se mexer, indicando uma possível presa ali.

O jovem garoto colocou os olhos na criatura que uma dia já fora humana. A roupa no corpo praticamente toda rasgada, mal sobrando panos na camisa que em algum passado já teve cor, mas que ali era tingido puramente de sangue envelhecido.

Uma das pernas certamente continha um osso quebrado, já que a tal criatura andava arrastando o pé esquerdo, enquanto estendia suas mãos para frente, como uma espécie de guia ao som provocado pelo garoto. O rosto continha um olho, totalmente branco, sem vida, enquanto a outra cavidade não continha nada além do vazio, em uma ferida feia que pegava da bochecha até a têmpora direita, digna de ânsias.

A boca rasgada mostrava uma fome infernal, com restos de sangue seco desde os dentes podres até o começo dos trapos ensanguentados. Todo cheio de feridas e pedaços de ossos expostos, seja pelo processo de putrefação, sejam por qualquer motivo que fosse, amedrontavam o menino à frente.