Capítulo 1

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Boa leitura!!

Bonito, delicado, educado, dócil… características marcantes de um ômega perfeito, mas para mim que sou um ômega que vivia livremente é bem difícil ligar para esses padrões e muito menos segui-los. Eu adoro brincar e curtir a vida por aí com outros garotos da minha idade, e não é como se eu fosse ser repreendido por não ser tão delicado e gentil já que sou órfão a muito tempo e me acostumei a ser sozinho.

Por ingratidão ou por ser um “ômega defeituoso” não fui adotado pelo meu tio que por sinal era a minha única família e vivo sozinho desde os meus 10 anos de idade, e sinceramente eu nem o culpo, ao menos ele ainda me deu roupas, me alimentou e me ajudou no início.

Na minha “adorável” vida, a escola é uma das coisas que me deixam louco, primeiro por ser muito cansativa e eu ter uma dificuldade pra aprender as matérias ajuda muito a piorar esse  inferno chamado escola. Mas uma coisa que me tira dos nervos são os meus colegas de classe, aqueles malditos nojentos, superficiais e riquinhos mimados, e pensar que já desse jeito me dá asco de mim mesmo..

Suspirei pesadamente por ter que levantar de manhã cedo. Dia de segunda é uma droga.  Me joguei para fora da cama e fui em direção ao banheiro, fazendo todas as minhas higienes de maneira preguiçosa, em seguida fui direto para a cozinha.

Fui atrás do meu amor chamado lámen e depois de preparado comi tranquilamente, sempre olhando para o relógio, pois minha casa era um tanto afastada da cidade, e por ser a casa que eu cresci eu nunca iria sair dali, por mais que ela seja antiga e grande demais pra mim e precisar de uma reforma urgente.

Por eu morar em  uma cidade pequena, todo mundo se conhece e digamos que eu nunca  fui bem visto com bom olhos, já que sempre havia boatos sobre o acidente dos meus pais me todos diziam que eu era culpado, foi um tempo tenebroso, mas de certa forma eu não tiro a razão deles, já que tenho uma parcela de culpa.

Agradeci pela comida e fui em direção ao quarto para vestir meu uniforme, e por ser o único que eu tinha estava sempre rasgado ou coisa do tipo, e como nunca fui bom com essas coisas de costura, eu só lavava e tentava desamassar o máximo possível, mas eu sempre falhava e o jeito era vestir assim mesmo. Me olhei no espelho e tentei ajeitar os meus cabelos, mas sem sucesso, passei meu perfume e peguei  a mochila velha e surrada que eu tinha e saí de casa, e eu tinha que me apressar  já que que morava a 1km de distância da cidade e tinha que chegar no horário certo na escola.

Andei tranquilamente, o dia estava meio frio por ser outono, e pensando nisso daqui a dois dias o meu aniversário de 16 anos estaria chegando, e não que seja algo que me importe, pois esse foi o dia da morte de meus pais e desde então parei de comemorar essa data, e não tenho muitas lembranças boas dessa data, já que na minha cidade acontecia um festival de outono, e apenas fui prestigiar o evento, mas eu fui apedrejado no dia, e todos me olhavam com repulsa e nojo e gritavam o quanto eu era grotesco que veio apenas pra tirar as pessoas que eles tanto amavam que eram os meus pais, e por serem políticos bons e importantes da cidade todos choraram a sua morte.

Desde então eu tenho que comprar comida adiantada para passar a semana já que não posso sair durante o festival, estava devaneando que nem percebi que tinha chegado no colégio, passei direto e ignorei ignorei todos como sempre fazia, mas sempre tinha os idiotas que me provocavam e buscavam briga, e para meu azar eu havia acabado de esbarrar sem querer em um. Olhei para o lado e vi o idiota de cabelo escroto, revirei os olhos.

- Olha por onde anda.- Falamos ao mesmo tempo, o que fez eu perder a curta paciência que eu não tinha, trinquei os dentes e me virei para ele.

- O anão de jardim está tremendo de medo é  !?.-  Riu.

- Você vai ver o anão de jardim, emo depressivo de merda.- Cuspi as palavras e puxando a gola dele para baixo.

Puro Ômega ( Abo )Onde histórias criam vida. Descubra agora