Capítulo 9

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Eu não sei aonde ir, eu não sei o que sentir, eu não sei o que fazer, eu não sei quem eu sou.
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Querido leitor(a), hoje eu não lhe trago algo novo, minha vida não é tão interessante, e as coisas são sempre as mesmas.
Como "sempre"eu fui para a escola, como "sempre" meu dia não foi cheio de alegria.
Lembram do P.? Hoje ele não foi pra escola, mas no final das aulas ele estava lá de fora da escola. Parecia que ele estava esperando alguém, mas quem?
Quando eu saí, ele estava com o grupo de amigos dele, ele parou de falar, e me olhou enquanto os amigos continuavam a conversa. Ele não desviou o olhar, e eu também não, ele sorriu pra mim, é claro que aquilo estava esquisito, então olhei em volta, mas não tinha ninguém, então eu presumi que aquele sorriso foi direcionado para mim. Sim, eu presumi, porque não acreditava verdadeiramente que era pra mim. Ainda não acredito.
  Mas sim, ele sorriu, e não desviou o olhar, eu forcei um sorriso também, acho que ele deve ter me achado uma ridícula por fingir , ele provavelmente sabia que era forçado, porque logo quando eu forcei, o sorriso dele se alargou ainda mais. Então sua mão se ergueu no alto, e virou um aceno bem rápido, eu fiz o mesmo. Não sei o que meu deu, mas logo virei as costas e comecei a andar.
Sabe, o P. é popular por suas brincadeiras, e isso chama a atenção das meninas, nunca pensei que ele iria acenar logo pra mim, e nós nunca conversamos.
Depois de voltar pra casa, eu fui direto pro quarto como "sempre". Eu tive prova de Geografia hoje, e não foi fácil.
  Escrever tem sido um refúgio pra mim, porque as pessoas não tem interesse em ouvir outras pessoas, ainda mais uma pessoa como eu.
Mas quando eu escrevo, é como se eu tirasse um grande peso das minhas costas. E você que está lendo isso, obrigada, você tem sido um ótimo "ouvinteleitor".

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