Fazia um tempo que eu andava tossindo sangue. As vezes eu chegava a quase vomitar, mas nunca tinha notado que era tão grave.
No medico, agora, ele mi passou alguns remédios e uma dieta para seguir.
-Dieta? Não acho que vá fazer muita diferença. Eu não vou fazer dieta agora. Vou tomar os remédios e tentar não desmaiar em locais públicos.
-Mas ...E sua vida? Não quer que ela dure? Não quer mais tempo? - Perguntou.
-Pra quê? Pra morrer mais lentamente e causar mais dor as pessoas ao meu redor? Pra criar na minha cabeça várias outras situações e momentos diferentes disso acontecer? Não. Muito obrigada por mi receber aqui, Dr.Hills.
Eu sai sem olhar pra trás. Eu vou morrer em menos de dois anos, e ele mi vem com dieta. Tremenda palhaçada.
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O nome da moça em questão aqui é Lucinda Prayar. Cresceu em um lar adotivo em Londres, chamado Swaet Angels. Onde freiras cuidavam do lar apenas de meninas. Ela não era nem popular e nem impopular. Só não atraia atenção de ninguém.
Na escola que frequentava, Lucinda encontrou um amoretorno, Kurt Harrison. Dele, engravidou, mas antes que pudesse saber que estava grávida, ele morreu num acidente. Então, aos 16 anos, Lucinda decidiu ter seu filho.
Kurt Harrison Prayar nasceu prematuro. Seis meses após nascer, seu filho morreu de infecção pulmonar, e Lucinda nunca mais foi a mesma.
Trabalha hoje numa firma de publicidade, no setor de marketing. Mas atualmente, tem tido crises de tossi e dores de cabeça contínuas.
E agora tevi a notícia de que iria morrer. Sua vida toda foi tristezas e perdas. E agora?~~~~~~~
Eu andava de forma calma e tranquila, torcendo para um caminhão mi atropelar, quando escutei.
- Lucinda.- Uma voz estranhamente familiar e estridente a chamou fazendo - a parar no meio da rua.
Sua antiga freira amiga Miranda. Estava diferente. Tinha ouvido falar que ela tinha renunciado os votos, por estar apaixonada. Era verdade. Casada, de anel na mão e filho no braço.
-Irmã Miranda. Quanto tempo. -Respondi.
Não notei que ainda estava no meio da pista quando o sinal abril e um carro já vinha em minha direção. Cogitei continuar lá,mas não parecia o certo. Corri para a calçada quando mi decidi, e cumprimentei minha amiga. Ela agora estava no ramo imobiliário, um bom negócio por sinal, e tinha uma nova percepção de vida. Disse que à algumas semanas tinha se mudado para meu prédio, e eu muito ocupada, não havia notado. Nos despedimos no saguão do nosso prédio e combinamos um almoço na proxima semana.
Seria bom, pra variar. Mi faria esquecer de tudo um pouco.
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Um ano e meio.
RomanceEu vou morrer... Eu vou morrer... Eu vou morrer... Mas... -Foi só isso que se passou pela minha cabeça, durante uma semana. - Sua reação mi assustou. Ele apenas saiu andando. Sem olhar pra trás. E eu? Apenas olhei ele sumindo entre as pessoas na...