12 de outobro, 1999
Escrevo esse diário para contar o que realmente aconteceu...
Estava em casa esperando a hora passar para buscar meu filho, quando de repente escutei a porta da frente ranger. Fui até lá e vi um homem. Ele deu um passo, dois, três até estar um palmo a minha frente; quando fui toca-lo desapareceu.
Uma semana depois já tinha visto várias pessoas: um homem, uma mulher e uma criança.
Essas visões sempre me deixavam desorientada, e depois que sumiam minha cabeça latejava de um jeito inimaginável, lembrando-me que sempre estariam presentes.
Quem eu mais via era um homem com cabelos grisalhos, mais ou menos um metro e setenta, olhos marcantes que me examinavam profundamente. Aquilo me perturbava dia e noite, causando-me pânico, dor e sofrimento.
Numa noite em que estava fazendo o jantar, o vi. Ele me atacou e, tentando me proteger, cravei um faca em seu peito. Quando olhei uma última vez, vi que não era e sim meu filho gélido é pálido em meus braços.
Fiquei imóvel sobre aquela cena até que ouvi a porta sendo arrombada pelos federais.
Então fui condenada pelo homicídio de meu filho.
Hoje faz três anos que estou nessa prisão, comendo essa comida indecifrável e dormindo nesse colchão duro e desgastado.
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visões
Mystery / ThrillerEssa história fala de uma mulher que tem visões, até que um dia essas visões começam a afetar a sua vida de um jeito perturbante