Romance Híbrido

Capítulo 1-Beach City

Hoje se inicia mais um dia, mas não no mesmo lugar, meu pai arranjou um emprego na prefeitura de Beach City, ele disse que com o novo emprego viveríamos bem e não teríamos preocupação, ao contrário de seu emprego como policial em Jersey, bem, o Jared resolveu largar a ação e recebeu a oferta de ser o segurança do prefeito, eu hesitei no início até que comecei a listar os prós e os contras e vi que a lista de prós ganhava, então juntamos nossas coisas e fomos para Beach City.

Acordei no carro, eram 8:00 e tínhamos saído às 2:00, estava morrendo de fome, tirei um Cookie Cat da minha mochila térmica e comecei a comer, mesmo sonolento, percebo que o carro parou, olho pela janela e vejo que estamos em frente a uma casa, Jared já começa a levar as caixas pra dentro, eu saio do carro, arrumo meus cabelos castanhos-mel e pergunto:

- Pai, essa é a casa? - Digo olhando para o imóvel branco com telhas amarronzadas

- Sim Tyler, essa é a nossa nova casa - Diz ele enquanto carrega uma caixa de papelão, olho para o lado esquerdo e vejo uma placa que dizia "Estrada Chestnut", deduzo que é a rua em que estamos, em seguida, olho o número da casa, número 80

- Estrada Chestnut, nº80 - Digo em voz baixa, mas o suficiente para que Jared consiga ouvir

- Isso, esse é o novo endereço, mais tarde eu te passo o telefone, agora me ajuda a levar as coisas para dentro de casa - Fico em frente ao porta-malas mas são tantas caixas que eu não sei por qual começar primeiro - Pode começar levando as caixas das coisas que antes eram do seu quarto para o seu novo, o caminhão vai trazer a mobília daqui há uma hora - Pego uma das duas caixas que continham minhas coisas, a primeira vez que passo pela porta da nova casa, é como recomeçar a vida, deixar o passado para trás e focar no presente e no futuro, subo as escadas e entro em meu novo quarto, ele aparenta ser um pouco maior do que o do meu apartamento em Jersey, tinha uma boa vista da janela, dava pra ver as outras casas e uma parte de uma grande colina, desci para pegar a outra caixa, quando eu estava na metade da escada, um degrau cedeu e eu afundei minha perna nele, dei um grito tão grande que Jared correu para me socorrer

- O que foi Tyler? - Ele vê meu estado e larga a caixa no chão, ele passa seu braços por baixo de minha axila e diz - Eu vou te puxar no três, tudo bem? - Sem forças para responder, apenas acenei com a cabeça - Um...Dois...Três! - Ele me puxa e dou outro grito, vejo minha perna esquerda está com vários cortes e muitos caminhos de sangue escorriam por eles, Jared me deitou na escada e foi correndo no porta-malas procurando o kit de primeiros-socorros, ele pega um grande e fino rolo de atadura e uma garrafa de álcool, ele joga um pouco do álcool, me fazendo dar gritos menores, então ele enrola parte do rolo de atadura em minha perna ferida - Pronto, você vai sobreviver

- Valeu pai - Ele já recuperando o tom rosado de sua pele que tinha perdido durante o ocorrido - Tyler, eu avistei uma loja de fritas lá no calçadão, que tal eu te dar dez dólares e você comprar umas fritas pra você enquanto eu resolvo a papelada escolar?

- Pode ser - Jared tira dez dólares da carteira e me da - Quer colocar suas luvas? - Eu apenas aceno que sim com a cabeça - É só seguir em frente e virar a esquerda na última rua - Ele dá um beijo em minha testa, eu pego um Cookie Cat

A manhã era um tanto silenciosa em Beach City, o clima era agradável, até eu que estava usando uma camiseta de moletom e calça jeans não achei muito quente, nem de longe frio, estava perfeito. Quando finalmente cheguei no final da rua, viro a esquerda, como meu pai me disse, já consigo avistar várias pessoas andando pelo calçadão, muitas já deitadas na praia, com seus guarda-sóis, roupas de banho e águas de coco refrescantes, já outros estavam trabalhando em seus chatos e estressantes empregos, como um cara que trabalhava numa loja de donuts e tinha as orelhas alargadas que eu avistei abrindo a porta do estabelecimento. Chego na loja de fritas, ainda comendo o Cookie Cat, resolvo guardar o doce, um funcionário vem e diz:

- Bem vindo ao Beach City Walk Fries, qual o seu pedido? - Perguntou educadamente o atendente

- Uma porção médias de fritas, por favor - Peço para o atendente, um garoto que tinha provavelmente a mesma idade que eu( para os curiosos, tenho 16 anos), com cabelos loiros e ondulados e corpo magro

- É pra já, senhor - Começo a esperar no balcão, tiro meu celular do bolso e começo a mexer em minhas redes sociais, começo a lembrar de meus amigos de Jersey, uma lágrima de saudades começa a escorrer pelo meu rosto, só volto a realidade quando o atendente começa a me chamar - Senhor, senhor!

- Sim? - Respondo enxugando a lágrima de meu rosto com a manga do meu moletom

- As suas fritas estão prontas - Diz ele entregando as fritas - São seis dólares - Entrego a nota de dez dólares e enquanto ele mexe na caixa registradora, vai dialogando - Eu juro que não te conheço moço, você é dessa cidade?

- Não, acabei de me mudar - Pego o troco - Obrigado - Olho pro crachá do funcionário - Peedee?

- Isso, é meu nome - Diz ele coçando a nuca

- Meio diferente - Digo eu tentando sorrir

- Achou estranho? - Pergunta ele ficando meio sem jeito

- Um nome diferente é um nome marcante, não vejo como pode ser ruim ter um nome diferente - Pego minhas fritas e meu Cookie Cat com a mesma mão, a outra uso para guardar o troco no bolso - Até mais Peedee

- Até mais - Me despedi do simpático garoto, quando saí do balcão, comecei a andar pra frente pensando nas batatas, como estavam quentinhas e com um cheiro delicioso, estava prestes a comer quando um doido passou correndo em mim, chocando o cotovelo dele contra o meu, o corredor não sofreu nenhum ferimento, já eu acabei me esborrachando no chão, fazendo algumas das minhas fritas caírem mas salvando a maioria, já o Cookie Cat acabou se esborrachando no chão também, mas parte dele estava protegida com a embalagem, a outra ficou suja com grãos de areia do calçadão, infelizmente, acerto parte da minha perna enfaixada, cuja os cortes não tinham se cicatrizado, me fazendo derramar algumas lágrimas de dor, tinha certeza que o tal do Peedee viu toda a cena, ele fica um tempo no chão até que escuta uma voz meio grave perguntando

- Ah, me desculpa, você está bem? - Foi entãoque tudo mudou