30/09/2009
Carmen
°°°•°°°As primeiras luzes da cidade começaram a se ascender, vagalumes de concreto.
A noite roubou um beijo do dia, e o crepúsculo caiu sobre nossas cabeças.
Um véu escuro sobre nós, e as lembranças corrompendo um momento de ternura.
Pois eu vi...
Eu vi o amor que você dizia ser inabalável ser levado por um punhado de palavras cheias de verdades;
E suas palavras me cortam como uma lâmina de dois gumes, e então eu me calo pra que no meu silêncio você possa encontrar consolo
(...)
É então eu tive de ver você se distanciando e sua voz sumindo lentamente como um violino desafinado na penumbra cinzenta da noite. E em meus ouvidos, ouvi sua voz suave amaciando minhas orelhas com mentiras triviais.
E sua imagem sempre tão presente na minha memória começou a se corromper. E eu chorei é inundei as lembranças do amor baseado em palavras vazias; vi o nossa amor aos poucos morrer.
...
É meus gritos pressos na garganta, sufocando-me, me resumindo a nada
Você é suas palavras finais, que nunca terão fim dentro de mim.
Disse o Poeta.
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DISSE O POETA
PoetryÉ se eu disser como a história termina, você mudaria o passo que deu? Se eu pudesse voltar pra quele dia que nos conhecemos, eu enterraria todos os meus segredos e desejos em sua pele.