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          — TEM CERTEZA DISSO? — perguntou Lino pela terceira vez, dando voz ao pensamento de Christine.

          — Sim — respondeu Kai, com ar entediado —, Christine leu a transcrição idêntica a que está marcada no mapa. Das chamas para as chamas. —acrescentou, ainda evitando o olhar julgador de Leila.

          — O que exatamente estava escrito? — perguntou Tiana, virando-se para Christine.

          Ela respirou fundo e recitou as palavras como se lembrava. Tiana, pensativa, afastou-se lentamente do grupo, andando em círculos ao redor da biblioteca, repetindo as palavras para si mesma em tom baixo.

          — E se você estiver errado? — Perguntou Lino, a sobrancelha arqueada — E se, na verdade, está escrito outra coisa? Vamos mesmo tacar fogo na única pista que pode nos levar às outras safiras?

          — Eu não sei exatamente o que estava escrito, mas... tinha outra coisa também — disse Christine, lembrando-se do que leu anteriormente, atraindo os olhares para ela —, Hakir learscáril dí Metsu — ela recitou.

         — O caminho para os Espiral dos Mundos... — traduziu Tiana, voltando-se para o grupo.

— Espiral dos Mundos? Existe tal coisa?— Indagou Leila, assumindo a mesma postura intrigada de Lino.

          — Conhecemos os espirais de terra... — Tiana cruzou os braços enquanto explicava. Com um simples movimento de dedos, imagens espectrais dos quatro elementos naturais pairaram no ar. — Fogo, água, ar e terra. — Ela enumerou, em tom alto, apontando o dedo indicador para cada uma das imagens enquanto caminhava. — Os espirais existem em todos os mundos e são mais antigos do que a própria viagem dimensional. Eles representam também o equilíbrio. Aqui, nesse mundo, os espirais de água, fogo e ar são desconhecidos... O espiral dos mundos une o poder de todos eles e com ele dá para viajar para qualquer lugar, e até mesmo criar um completamente novo.

          — E por que nunca ouvimos falar disso? —perguntou Kai e as imagens no ar desapareceram, evaporando como fumaça.

          — As regras que regem os espirais não são as mesmas em todos os mundos. No Hakir, muitos desconhecem a existência deles já que para o estilo de vida humano são irrelevantes. — ela respondeu, direcionando-se ao irmão e em seguida virando-se para Christine. — Você precisa fazer isso. Precisa queimar o mapa para encontrar o espiral dos mundos.

          Todos olhavam para Christine com ansiedade estampada no rosto. Lino entregou o tubo preto para a menina e ela puxou o mapa que estava enclausurado dentro dele. Ao abri-lo, reconheceu as linhas negras tracejadas e lembrou-se de como conseguiu acessar seus poderes anteriormente.

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