- É assim Ruggero, tu apresentas-me os teus amigos e depois eu não posso vir a me dar bem com eles? - digo frustrada
- Tu podes dar-te bem com eles, mas sair? Nem pensar - diz ele
- Eu vou sair com o Jorge, quer tu queiras quer não - digo abrindo a porta de entrando e vendo o carro do Jorge estacionado
- Martina! - Ruggero puxa-me pelo braço - Não te atrevas!
- Tchau Ruggero - digo me soltando e caminhando até ao carro do Jorge
Entrei para o lugar de copiloto, e pude ver o meu irmão na porta a abanar a cabeça negativamente.
- O que se passou? - perguntou Jorge arrancando com o carro
- Ele não quer que eu saia contigo - digo colocando o cinto
- Eu entendo, digamos que eu não tenho o melhor passado - diz Jorge
- Hey, não sei as coisas que fizeste no passado, mas não interessa é passado - digo colocando a minha mão sobre a sua que estava na caixa de velocidades
- Lembrei-me agora, tu ainda não me cumprimentas-te como deve de ser - diz ele tirando os olhos da estrada e olhando para mim
Dei-lhe um beijo muito rápido, devido a ele ir a dirigir.
- Então, onde vamos? - perguntei
- Que eu saiba foste tu quem me convidou a sair - diz Jorge rindo
- Ahah é verdade, que tal irmos ao bowlling? - perguntei
- Estou a brincar, quero te levar a um local, ao bowlling vamos noutro dia - diz ele colocando a sua mão na minha perna
Jorge parou o carro, em frente de um jardim com vista para o mar. Ambos saimos do carro.
(No local desta cena de Violetta)
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- Este lugar é magnífico - digo a sorrir e apreciando a paisagem
- Gostas? É para aqui que eu venho quando estou mal ou simplesmente para pensar - diz ele colocando o seu braço por detrás do meu pescoço
- Adoro, é bem tranquilo - digo olhando para ele
- Que bom, eu já volto - diz ele tirando o seu braço e indo até ao carro
Eu apenas fiquei ali parada a olhar para o mar. Jorge apareceu minutos depois ao meu lado com uma cesta e uma toalha nas mãos.
- Ajudas-me? - perguntou a sorrir de lado
Ajudei-o, e pouco tempo depois estavamos os dois sentados na toalha a comer.
- Hum isto é muito bom, quem fez? - perguntei curiosa
- Adorava dizer que fui eu, mas estaria a mentir ahah, foi a minha mãe - diz ele
- Ela é uma ótima cozinheira - digo elogiando
Passado 1 hora, conversando, nos arrumamos a comida e nos deitamos a olhar para as nuvens, eu estava com a cabeça no peito dele, e ele acariava o meu cabelo.
- Jorge? - digo
- Sim? - diz ele
- O que nós somos? - perguntei timida
- Sinceramente não sei, só nos conhecemos à dois dias... - diz Jorge
- E já nos envolvemos... - completo
- Exato, não achas que isto está a ir muito rápido? - pergunta Jorge
- Sim, mas a verdade é que me sinto muito bem contigo - digo
- Eu também, parece que já te conheço à anos - diz Jorge
- Quem me dera que o meu irmão nos tivesse apresentado mais cedo, quer dizer, vocês são melhores amigos - digo
- Ele já me quis apresentar mais cedo, mas alguém não saia do quarto quando ele chamava - diz Jorge rindo
- Ohh és tu quem costuma estar com ele na sala a jogar? Sempre vos ouvir a falar, mas nunca cheguei a descer - digo arrependida
- Sim, olha só o tempo que perdemos - diz ele
- E como ficamos? - perguntei novamente
- Vamos dar mais alguns dias e depois se tudo correr bem, logo se vê - diz Jorge
Fiquei um pouco triste, porque apesar de só ter conhecido o Jorge à dois dias, a verdade é que sinto algo por ele, algo que não consigo explicar, mas sei que o quero na minha vida.
- Tens razão, obrigada por esta tarde - digo me abraçando a ele deitado
- Não precisas agradecer - diz me dando um beijo na testa
Arrumamos a toalha e a cesta no carro, e ele me levou de novo para casa, nos despedimos com alguns beijos e prometemos que nos voltavamos a falar.
Entrei em casa, procurei o meu irmão, ele não estava em lado nenhum, então fui para o meu quarto e logo depois fui tomar um banho e pensar um pouco na vida.
