- Calma! Não vamos ser precipitados.
- Não vamos ser precipitados? Do que você está falando? - Ele gritava. - Tem um corpo aqui! Óbvio que ela o matou.
- Merda, agora as nossas digitais estão no carro. - Você disse pondo as mãos na cabeça.
- Ok. - Marc custava falar por causa da respiração ofegante. - Vamos chamar a polícia.
- Não! Eles vão nos prender
- Não vão, nós não fizemos nada. - Disse ele digitando o número da polícia em seu celular. - É só dizer o que realmente aconteceu.
- E você acha que vão acreditar na gente? - Você o questiona.
- Alô! Err... Eu meio que... Descobri um corpo no porta-malas da minha professora. - De repente um silêncio. - Rua Novo México, ao lado da escola São Francisco.
( Meu Deus! Porra, e agora? Quem é esse cara? )
- Tudo bem, fico aqui. - Disse Marc desligando o celular.
- Seu idiota, o que disseram? - Você o pergunta, segurando no ombro dele.
- Disseram que é para a gente ficar aqui, porque eles vão chegar logo.
- Certo. - Você se abaixou e sentou na calçada, e Marc ao seu lado.
Durante longos treze minutos, você ficou na calçada, enquanto Marc continuava a procurar por algo no carro de Laurence. Mas ao ouvir o som das sirenes da polícia ele logo correu e se sentou ao seu lado, escondendo algo no bolso da calça. E lá estava, um camburão com dois polícias grandões dentro. Assim que um deles saiu do carro, Marc se levantou, chamando a atenção do policial.
- Foi você quem ligou para a central? - O policial perguntou ao Marc.
- Sim senhor! - Respondeu Marc.
- Corajoso, vai até o meu amigo lá que ele vai te dar umas instruções. - Ele apontava para o outro policial, dentro da viatura. - E você também. - O policial te disse.
Você segue as ordens do policial, mas antes de se distanciar, você o ouve dizer no celular.
- Encontramos os dois irmãos...sim, o corpo está do mesmo jeito pelo que parece...sim senhor mestre.
( Que merda é essa? Irmãos? Mestre? O que está acontecendo? )
Chegando no camburão, o outro policial saca a arma e prende vocês, os colocando no banco de trás da viatura, algemados.
- Como assim? Eu tenho direitos, vocês não podem fazer isso! - Marc gritava.
- Até onde eu sei vocês arrombaram o carro da professora e foram vistos com um corpo. Então ficaram aqui sob custódia até encontrarmos o verdadeiro culpado. - Disse o policial, batendo a porta do carro.
- Disse que não era boa ideia chamar polícia. - Você falou.
Olhando pela janela você observa que aquele primeiro policial entrou na escola com a arma em suas mãos.
( O que nós fizemos? )
Em meio a tanto silêncio começa uma gritaria na escola seguido por dois disparos. Sua coluna gela. Os estudantes saem correndo e mais três disparos são realizados. O policial que ficou do lado de fora o carro tira a arma do coldre e aponta contra a Laurence, que saía da escola com um revólver em uma mão e um terço na outra.
Ele dispara, mas erra a professora e acerta uma garota que estava do lado dela, porém os dois continuam o tiroteio Do nada alguém abre a porta do camburão enquanto o policial e Laurence duelavam.
- Karla! - Gritou Marc.
- Silêncio e venham comigo. - Ela disse bem baixinho.
Vocês seguem as ordens da amiga e saem de dentro do veículo. Do lado de fora, Karla e Marc vão na frente, mas você paralisa devido a uma grande pressão que caiu em cima de você. Não conseguindo sair do lugar você vê um padre parado em sua frente com os olhos inteiramente negros. O medo que lhe consome só não é maior que a tensão criada pelo sacerdote.
De longe Karla percebe que você ficou imóvel e corre até o seu lado. Porém, assim que ela agarra em seu braço uma bala atravessa o peito dela. O sangue jorrou em você, lhe fazendo voltar para si. Com uma falha nos joelhos ela cai no asfalto. Em meio ao caos causado pelos alunos assustados ela para de respirar, deixando esse mundo.
O tiro foi disparado da arma do policial, que agora está no chão com um buraco no meio da testa causado pela professora.
- Karla...Karla...Karla... - Você repetia, com o corpo de sua amiga jogado na sua frente sem vida.
Marc e Laurence se aproximam, a confusão se acalma. Muitos que estavam histéricos os cercam, todos em volta do corpo de Karla e de você chorando ao lado dela, repetindo o nome dela.
- Karla... Por quê? - Você gritou.
- Porque vocês são burros! - A professora gritou. - Agora vamos antes que apareçam mais.
- Com você? Nunca! - Exclamou Marc.
- Eu sou a única opção, ou vocês querem que eles os levem para a Igreja? - Ela disse.
- Que Igreja? -Você a questiona.
O som de outras sirenes indica que há mais policiais corrompidos a caminho.
- Não temos tempo, venham. - Laurence implora.
- Nós vamos se você nos contar tudo o que está acontecendo! - Você diz.
- Como assim? - Marc gritou.
- Tudo bem, eu conto. - Ela disse, correndo até o carro com você logo atrás. - Vem Marc, não dê uma de rebelde.
Os dois jovens entram no carro arrombado da professora e saem daquele lugar assim que as viaturas viraram naquela rua.
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Pacto
HorrorA maioria das histórias têm um final feliz, de todos os variados gêneros, desde os contos de fadas, até alguns terrores. Porém, esse não é o caso deste livro. O que está escrito nele é macabro e perturbador. A esperança não é algo que define o que h...