O Direito de Amar - Série Apaixonados e Poderosos - Livro 5 (COMPLETO)

CAPÍTULO 19

NO DIA SEGUINTE, Christophe entrou novamente em contato com Pietro Selvaggio, pois havia esquecido de conversar sobre quem executaria o projeto, ou seja, um engenheiro civil. No entanto, Christophe pediu que fosse alguém renomado. Nada naquele projeto poderia errado, pois era um presente, pensou ele. Pietro recomendara Alphonse Delaroche, um famoso engenheiro, o qual Christophe já havia ouvido falar.

Christophe agradeceu o contato e disse que se encarregaria de fazer o contrato de prestação de serviço com todas as partes e que também entraria em contato com Alphonse. O estúdio de dança ficaria lindo, raciocinou consigo mesmo, afinal, Eulalia merecia um presente como aqueles.

Ah, o desejo. Ele mal poderia esperar para tê-la novamente em sua cama, entregue em seus braços, totalmente submissa enquanto ele a preenchia com sua masculinidade. Ele estava quase perdendo a cabeça e nunca, em toda sua vida, havia feito tanto esforço a fim de conquistar uma mulher. Eulalia não era qualquer mulher, era uma preciosidade, admitiu. Não apenas pela sua inocência a qual havia entregue para ele, mas também pelo seu jeito único de enfrentá-lo e confrontá-lo, a cada assunto que discordava dele.

Ela não se contentava com diamantes ou pérolas caras, tampouco com roupas de grife, e nas oportunidades, ela torceu o nariz para cada coisa a qual ele a presenteara. Ela apenas se fazia feliz com algo simples ou que gostava, como o estúdio de dança, o qual sabia por seu sexto sentido que daria certo. Daria certo, pensou positivo.

DURANTE O DIA, Christophe dividia-se em visitar clientes que o procuravam incessantemente pelo telefone da presidência, em acompanhar o setor financeiro e visitar clientes mais próximos, como Leon, Thomas, Trevor e Marcollo, além de Christophe, que morava na mesma cidade.

Sua rotina não era fácil, mas ele deixava o mais pesado para seus funcionários, acompanhando os processos mais delicados ou que envolviam um grande montante de dinheiro, como nos litígios de Direito Empresarial, por exemplo. As corporações o procuravam aos montes e não havia um minuto ao qual ele parava. Não que ele fosse viciado em trabalho, mas o levava muito a sério.

O seu prédio consistia em vários andares, no qual havia vários escritórios individuais. Os advogados que lá trabalhavam eram os melhores, com uma graduação forte em Direito, além de falarem idiomas, razão que era importante, uma vez que Christophe também trabalhava com contratos internacionais e comércio exterior, ambos utilizados pelo Direito Internacional Privado.

Ainda, havia equipes espalhadas por várias cidades estratégicas da Europa, conferindo mais agilidade e melhor atendimento com o cliente. Em Paris, as tarefas de consultas, pareceres e produção de trabalhos técnicos eram feitos pelos seus funcionários. Todo dia havia trabalho, muito trabalho a se fazer. Mas enquanto ele cuidava de processos grandes, também tinha que se dividir em organizar o casamento com Eulalia.

Primeiramente, o plano era esboçar o casamento no civil, que necessitava de documentos e algumas testemunhas. No seu computador, ele separou seus documentos de identificação, justificativa de domicílio, informações de testemunhas, como nome, profissão e data de nascimento, cópia de certificação de nascimento, além do certificat de celibat e o certificat de coutume, a fim de formalizar o procedimento.

Todos esses documentos deveriam ser entregues ao mairie, o cartório francês e de imediato, Christophe decidiu que as testemunhas seriam Antoine Beaumont e um advogado de sua confiança. Após, ele já mandara uma mensagem ao amigo requisitando sua presença no cartório quando o casamento fosse realizado. Tempo depois, Antoine o respondeu, dizendo que aceitava e estava muito feliz por Christophe.

Em uma ligação, ele também resolveu com a mairie que o casamento seria realizado em doze dias, com a entrega do dossiê de documentos ao cartório. Ele havia feito todos os procedimentos à tarde e de noite, quando chegou em casa, falou à Eulalia que precisava dos documentos dela para encaminhá-los para o casamento civil.