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POV Lavinia

Incrível como um homem feito igual Fernando Haddad ficava tão sem jeito só porque estava sozinho comigo.

Talvez o velho estratagema de encher o sujeito tímido de cachaça funcionasse com ele, calculei, com a ponta do dedo mexendo o meu drink.

Evitava meus olhares, fitando o fundo da taça de bebida... Por sinal, senti profunda inveja do copo onde ele bebia.

Eu queria o experimentar. Saber se aquela boquinha linda beijava e fazia outras coisas tão bem quanto aparentava.

Minhas intenções eram as piores possíveis e envolviam também Ciro Gomes. Desde o momento em que vi os dois conversando naquele maldito coquetel fiquei imaginando coisas.

Coisas do tipo que grudam na mente da gente de uma forma que só se sossega se conseguirmos realizar.

" Mais uma?" - Ofereci, puxando a cadeira para mais perto dele.

Instintivamente ele recuou o corpo, eu ri baixo, levando a mão à sua coxa e apertando devagar.

Divertia-me com sua timidez. O pobre estava suando frio !

" Ah... Lavinia...?"

Minha mão estava navegando mais para cima.

" Diga, Mestre..."

" Não vai rolar." - Fez que não, me olhando dentro dos olhos.

Que olhos lindos aquele paulista tinha ! Pequenos, escuros e irrequietos, olhinhos de ressaca, que estavam me atraindo e puxando para si de modo que não reagia mais racionalmente.

Enchi a mão no meio de suas pernas, ele estremunhou.

Estava duro feito pedra.

Foi ali que vi que Fernando Haddad seria meu.

" Tá bom então." - Ele disse rápido, e me puxou para cima de si. Opa, ele era bem forte !

Colei meus lábios aos dele e comprovei minhas suspeitas. Que boca macia ! Suguei sua língua com vontade, ao mesmo tempo em que suas mãos grandes passeavam em todas as partes do meu corpo.

Me soergui um pouco e me pus a desafivelar o cinto, desajeitado, arrancou meu vestido pela cabeça, me deixando só de calcinha e meias sete oitavos.

Meus seios pularam em seu rosto, Fernando procurou os mamilos com a língua, sugando e apertando.

Arriei suas calças e cueca até os tornozelos, o pênis totalmente ereto era um convite irrecusável ao acasalamento, não pensei duas vezes e sentei em um único golpe, Fernando gemeu rouco.

Segurou-me pela cintura e comecei a quicar feito louca, batendo com meus peitos em seu rosto afogueado.

" Ai... ai..."

Ele estava quase gozando quando Ciro surgiu de repente do meio da escuridão.

Mais bêbado do que um gambá.

Pensei que Fernando iria broxar.

Gomes estava com expressão de quem iria cometer um crime de ódio. Haddad tentou tirar de dentro e eu tranquei as coxas.

" Omi... Eu mandei tu tomar conta da minha cabrita...." - E, desarmando a cara amarrada, abriu um largo sorriso.

" Agora vai ter que dividir comigo !"

Fernando ergueu uma sobrancelha, aturdido, mas antes que pudesse dizer algo, Ciro me tirou de cima dele e me encostou de cara na parede.

" Égua ! Sua dadeira da porra ! Agora tu vai tomar de dois !" - Puxou meu cabelo, mordendo minha nuca.

Fernando continuou boquiaberto, sem reação, o pau duro ainda em riste.

Ciro me estalou um tapão na bunda que deixou marca na hora, me fazendo empinar mais as nádegas.

" Tu quer brincar de trenzinho, amor?" - Ele me perguntou ao pé do ouvido, arfando, mordendo o lóbulo da orelha.

Ante a referência a sexo bissexual, Haddad ia se preparando para correr quando viu Gomes abrir minhas nádegas e introduzir o pênis no meio. Sem lubrificar ! Ardeu como o fogo do inferno ! - Como eu amava aquilo !

Ciro olhou por cima do ombro, movimentando os quadris no ritmo da penetração, ao mesmo tempo dando uma boa manjada na rola empinada do outro.

" Oxente, cabra, vai dizer que não gosta de cu, não? É tudo igual... Vem ni mim..."

Fernando no primeiro momento se negou.

" Não, dá, mano... Eu gosto é de mulher e..."

"  Mas olhe para isso... e quem disse que eu não gosto ? Anda cá... soca esse vergalho da cabeça roxa todo no meu cu, você não vai deixar de ser homem por isso !"

Haddad pestanejou um instante.

" Foda-se." - Murmurou, colando de frente na traseira de Gomes. -" Eu não vou ter dó do seu rabo..." - Ameaçou, cafungando no seu cangote.

Cravou uma das mãos em torno de seus quadris, encostando a glande na entrada - Como piscava aquele cu rosadinho ! - e forçou a entrada, Ciro corcoveou.

" Mete que nem homem, seu turco viado !"

O negócio entrou todo de uma vez, Ciro urrou.

Quanto a mim, prensada na parede, era comida ainda com mais tesão pelo ex-governador, a penetração anal que ele sofria o fazia mais fogoso e bruto ao estocar.

" Porra ! Caralho ! Que cu apertado !" - Haddad bradou, e não demorou a gozar, enchendo o rabo do amigo de gala quente. Logo em seguida foi a minha vez de ser servida.

" Filha da puta !" - Gomes urrou, se esvaindo.

Ficamos os três agarrados por algum tempo, até nos desligarmos.

Fui conferir o estrago.

Ciro se jogara de bunda para cima no sofá, só de camisa, arquejando, escorria sêmen por entre suas coxas brancas e grossas.

Fernando estava encolhido na poltrona, com as mãos na cabeça. Lágrimas grossas corriam pelo seu rosto desolado.

Aquilo fora demais para ele. Não era santo, mas nem de longe um devasso como Ciro Gomes.

Fui até ele tentar o acalmar.

" Oh, meu amorzinho... O que foi?" - Disse com voz doce, erguendo-lhe o queixo com a mão, que ele empurrou de leve.

Recusava-se a manter contato visual com Ciro, a essa hora de pé, seminu à sua frente.

" Cabra, você soca firme, hein?" - Elogiou - " Ô potência !"

" Eu não queria ter..."

Gomes se agachou à frente dele, o obrigando a encarar - " Não queria, não queria, mas fez !"

" Deixa ele, Ciro... " - Pedi, o acarinhando nos cabelos negros, dessa vez não me repeliu, fungando baixo.

Beijo Triplo - Haddad + Ciro + Personagem OriginalOnde histórias criam vida. Descubra agora