Capítulo 11

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Querido diário, tenho passado por um momento muito difícil, estou sem ânimo pra nada, nem para me alimentar, e eu pensei seriamente em parar de escrever.
Eu não me entendo, quando ninguém se importa comigo eu me sinto sozinha, mas quando alguém finalmente se importa, eu dou um jeito de manter ela longe de mim.
O problema é que quando me deixam sozinha isso dói em mim, e quando fico perto de alguém eu sinto que vou machucá-la. Então eu prefiro ser ferida do que ferir. E vai ser sempre assim, eu vou preferir ficar sozinha.
Pensar desse jeito não só parece ser doloroso, como realmente é. E por mais que alguém se indentifique, entender ninguém entende.
Eu queria gritar mais não saí nada, eu queria falar pro mundo com minha própria voz, e dizer o quanto dói, mas algo me diz que é melhor não, eu queria tanta coisa, e não consigo nada.
Um dia vou ter coragem suficiente, ou simplesmente vou morrer sufocada mesmo. Talvez quando eu morrer alguém mostre esse diário pra minha família, pra mostrar o quanto minha vida foi maravilhosa, ou simplesmente uma bosta. E talvez mesmo eles lendo vão achar perda de tempo, vai dizer que é frescura, porque são um bando de filha da ****.
Será que de algum jeito, tem jeito de fugir do próprio "eu"?!
Eu nunca tentei me matar enforcada, mas parece que tem uma corda na minha garganta.
E todo esse orgulho que me priva talvez na verdade esteja me salvando.
Queria voltar a ser criança, e ter medo dos monstros debaixo da cama, mas agora toda vez que olho no espelho, pq sinto o mesmo medo?!

Desculpem pela demora.

Desculpem pela demora

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