•Capítulo 5•

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18 Julho, 2014

*Hope*

Será que eu sou assim tão parva?

Serei eu parva por ter ajudado um ‘amigo’ que estava bêbado a chegar bem a casa? Serei assim tão parva ao ponto de ele me querer no fundo e mesmo assim tê-lo ajudado quando ele me pediu?

Em tudo isto eu sei que não fui parva porque fui educada assim, não me interessa o que ele me fazia ou não se estivesse no meu lugar, mas eu agi como qualquer pessoa com um bom coração agiria, e orgulho-me disse porque esta foi a educação do meu pai.

Neste momento só me considero parva por não lhe ter atirado logo à cara tudo o que me apetece-se.

Só me arrependo de não ter dito nada. Agora é tarde.

Pago o táxi, e entro nos grandes portões já com um tom acastanhado de velhice, fazendo o meu caminho para a porta de casa.

Eram nove horas já, Lewis já não estaria em casa a esta hora.

Subi a escada em caracol que tinha num canto da sala de estar e rapidamente entrei no meu quarto com o objetivo de mudar a minha roupa que tresandava a álcool e a fumo de cigarros.

Quando estava já arranjada com a minha habitual camisa branca e as minhas calças de ganga desci e fui direta ao meu carro que tinha ficado em casa desde o dia anterior porque tinha sido Zayn a levar-me para a discoteca.

Eu sempre gostei de carros pequenos, por isso é  que comprei um logo que o meu pai me pagou o primeiro ordenado, obvio que não foi só com esse primeiro, mas digamos que sempre fui muito poupadinha, e agora com o meu  Mini Cooper apilhado de CD’s e papeis em todo lado, eu vou todo o caminho para a minha empresa a ouvir variada musica. Dizem que os carros das mulheres são muito mais desarrumados que os dos homens, eu concordo, apesar de tentar arrumá-lo de vez enquanto, eu não tenho muito tempo.

Quando chego ao lugar destinado apenas a funcionários da empresa e estaciono no único lugar vazio ali.

Senti o ar fresco de Londres a bater na minha cara enquanto fazia o meu caminho até à entrada.

Cheguei tarde hoje por isso já não vi assim muita gente na entrada, então fiz como sempre o meu caminho até ao meu escritório agora partilhado com Zayn.

Por falar em Zayn, ele mesmo se encontrava em pé já impaciente à porta. Eu tinha-me esquecido de lhe dar uma chave ?

Ó eu estava feita, se estava. Normalmente eu chegava primeiro e ele não precisava de chave. Menos hoje.

Fiz uma das minhas notas mentais para tratar disso mais tarde, porque eu acho que tenho uma chave a mais, na receção.

Quando o alcancei ele saltou para cima de mim literalmente, a perguntar o que se tinha passado. Várias perguntas foram dirigidas a mim ‘O que se passou?’; ‘Estas bem?’ ; ‘Porque eu ainda não tenho uma chave?’ ; ‘ Fazes ideia do tempo que estive aqui à tua espera em pé?’ ; ‘Vamos Almoçar?’

- Nada de especial Zayn, adormeci, eu estou bem. Quanto à chave eu vou tratar disso ainda hoje. Eu peço desculpa por te ter feito esperar, e …. espera?? Almoçar? Tu queres almoçar às 11 da manhã? – pode-se dizer que eu estava a olhar para ele como se fosse um maluco.

Almoçar às 11 da manhã? Acho que até num lar de idosos comem mais tarde. Acho.

- Ainda bem, deixas-me mais descansado assim. E esquece isso do almoço foi apenas para fazer as cinco perguntas, para não parecer estupido apenas com quatro. Mas não te livras de um almoço comigo e com o Harry, porque caso não te esqueças aconteceu uma coisa ontem à noite que por acaso já está na internet que nos deves explicar.

RIVAL | Liam Payne •SLOW UPDATES•Onde histórias criam vida. Descubra agora