Capítulo Único: Pecador

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E, após mais um culto finalizado, Jaehyun saiu da igreja sorridente, acenando para todos que via em sua frente, como o bom rapaz educado que era. Ouvir as senhorinhas cochichando sobre seu cavalheirismo era ótimo, sentia-se feliz por receber tantos bons elogios assim, mas não conseguia evitar que um sorriso envergonhado surgisse em seu rosto. Assim como todos o viam, Jaehyun era um bom garoto; educado, gentil, amoroso, o tipo de filho que toda mãe gostaria de ter.

Não demorou muito até que chegasse à sua casa. Como era de se esperar, sua mãe estava na cozinha, terminando de preparar o jantar. Rapidamente, cumprimentou-a com um beijo no rosto, antes de dirigir-se ao seu quarto, para que pudesse tirar as roupas formais, que costumava usar para ir aos cultos, e substituí-las por outras mais confortáveis, próprias para ficar em casa.

— Você irá sair hoje também, Yunoh? — ouviu a voz doce e calma de sua matriarca assim que pôs-se presente na cozinha novamente.

— Irei sim, mãe. Nossas avaliações começarão em breve, então ofereci-me para ajudar um conhecido que não conseguiu compreender alguns dos assuntos passados — respondeu-lhe sorrindo — Irei logo após o jantar.

[…]

Da maneira que havia dito à sua mãe, Jaehyun fez. Terminado o jantar, Jung ajudou-a a retirar as louças sujas e, após despedir-se desta e também de seu pai, saiu de sua casa, para que pudesse seguir ao local onde se encontraria com o conhecido mencionado anteriormente.

Mas a verdade era que Jaehyun não ia ajudar conhecido algum em dificuldades escolares. Ainda que sentisse o peso em sua consciência crescer gradativamente a cada passo que dava, sabia que seria muito pior caso contasse aos seus pais a verdade sobre o que fazia todas as vezes que saía. Preferia ter de lidar com o peso de levar uma — ou várias — mentira, a ter de decepcionar seus pais.

Após alguns minutos caminhando, Yunoh finalmente chegou ao seu destino: um pequeno beco que, ainda que mal iluminado, não o assustava nem um pouco. Quem o conhecia nunca imaginaria vê-lo em tal lugar tão “repugnante”, mas aquele era o único lugar em que podia fazer o que bem quisesse, com aquele que o esperava.

— Você demorou muito. Achei que não ia vir — ouviu a voz fina e manhosa, tão conhecida por si, ecoar de algum ponto no meio daquela escuridão.

— Você sabe que sempre venho, Donghyuck.

Assim que a imagem do ruivo finalmente se fez presente, não pôde evitar que um sorriso se formasse nos cantos de seus lábios.

Como um pequeno felino, Donghyuck caminhou em passos lentos e sorrateiros até o mais velho e, apoiando ambas as suas mãos no peitoral definido deste, empurrou seu corpo até que suas costas estivessem apoiadas na parede de concreto do local, e juntou seu corpo ao dele. As mãos de Jaehyun desceram, sem um pingo de vergonha, em direção às nádegas fartas do mais novo e apertaram-nas, arrancando um pequeno gemido, alto e manhoso, dos lábios vermelhos e carnudos.

— Você é bem safado pra alguém com imagem de menino puro e recatado entre as velhinhas do culto — Donghyuck riu irônico entre alguns arfares que saíam de seus lábios por ter as mãos grandes do Jung apertando sua bunda com força.

— Tudo o que eu sei, eu aprendi com você — respondeu-lhe, inclinando um pouco o corpo para frente, para que pudesse tomar os lábios extremamente convidativos do menor para si.

Jaehyun sentia-se no paraíso, ao mesmo tempo que também sentia-se no inferno toda vez que estava com Donghyuck. Desde que se entendia por gente, havia ouvido de seus pais, e de vários outros religiosos próximos à sua família, que os pecadores um dia iriam queimar no fogo do inferno para pagar pelos seus atos indevidos. Por longos anos havia sido o bom e doce Jung Yunoh, o garoto mais gentil e puro que todos em seu meio conheciam, mas aquele maldito garoto de cabelos vermelhos como fogo havia conseguido seduzi-lo e levá-lo para o mal caminho. Ainda que todas as noites, após mais um de seus momentos com o Lee, se ajoelhasse ao lado de sua cama e rogasse pelo perdão de seu Senhor, não arrependia-se totalmente dos pecados que cometia. Toda vez que lembrava de como as mãos pequenas e ágeis de Donghyuck percorriam seu corpo, apertando seus ombros e braços com força, acariciando seu abdômen, massageando seu membro por cima da calça, esquecia-se completamente de seu arrependimento.

Quando estava com Donghyuck, simplesmente esquecia que Jung Yunoh, o garoto admirado por inúmeras pessoas, simplesmente existia. Naquele momento, estava presente apenas Jaehyun e todo o desejo que sentia pelo garoto mais novo.

Os lábios moviam-se desesperados uns contra os outros, Haechan chupava a língua do mais velho com avidez e os estalos e arfares soltos entre o ósculo ecoavam livremente pelo beco, sem ter a quem incomodar com tais barulhos pornográficos. Jaehyun agora estava com as mãos por dentro das calças do menor, acariciando a entrada deste com a ponta de um de seus dedos, deixando-o mais excitado do que deveria ficar. Não poderiam fazer muito por conta do tempo e do local onde estavam, que não era um dos mais apropriados para uma foda, mas era quase impossível não provocar ou não se excitar com as provocações.

Os membros duros tocavam-se por cima dos tecidos grossos das calças e Donghyuck fazia questão de esfregar seu corpo ao do maior. Seus dedos se prendiam aos cabelos dele, puxando-os à medida que o beijo se intensificava. Como queriam continuar naquele contato por mais tempo. Dentre as várias pessoas que Haechan já havia beijado, sem dúvida alguma, Jaehyun tinha os lábios mais saborosos de todos. Nunca se cansaria de beijá-lo e, enquanto pudesse, o faria com todo o prazer do mundo.

— Eu queria tanto poder foder com você aqui mesmo, hyung. Sinto tantas saudades de ter você dentro de mim — Donghyuck suspirou pesadamente.

— Sabe que não temos tempo o bastante pra isso hoje, Hyuckie — o mais velho lhe respondeu, com o mesmo pesar em sua voz — Mas, hey… eu posso dormir fora de casa nos finais de semana, lembra? Posso dizer que vou dormir na casa do Taeyong, mas ir pra outro lugar — sorriu maliciosamente ao dar tal sugestão, vendo o mesmo sorriso se formar nos lábios vermelhos e inchados do menor, antes que fosse puxado novamente para mais um beijo, tão intenso quanto o anterior.

Ainda que tivesse crescido ouvindo os ensinamentos a respeito dos pecados e os males que eles causavam às pessoas, havia um em específico do qual Jaehyun nunca conseguiria se arrepender completamente. Donghyuck era seu maior pecado, era aquele por quem, por certo tempo, deixava de lado a imagem de garoto puro e recatado, e esquecia completamente de tudo o que havia aprendido ao longo de sua vida. Ir para o inferno não parecia grande coisa quando tinha Donghyuck para lhe levar ao paraíso com um simples toque.

~×~

oioi! bem, provavelmente vocês não sabem mas essa fanfic já havia sido postada anteriormente na minha conta de mesmo nome no s*irit mas, como a plataforma está daquele jeito, percebi que não valia mais a pena postar ali
obrigado a quem leu ♥

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Pecador • Lee Donghyuck + Jung Jaehyun • NCT •Onde histórias criam vida. Descubra agora