A Outra Face (SENDO EDITADA)

Memórias e Recomeço. Capitulo 13.

A noite transcorria de maneira tranqüila para todos em Storybrooke, exceto para Regina Mills. A mulher passou a noite se virando de um lado para outro na cama, parecia um leão enjaulado, na verdade era a sua mente que estava em uma turbulência desde a sua última conversa com David.

Por sua mente passavam as palavras de Cora, esta defendia que o amor cegava as pessoas mais inteligentes, mas não porque fossem pegas de surpresa pelo sentimento senão que as próprias pessoas optavam por não enxergar a realidade, mas quando o amor ia embora, porque ele sempre encontra uma maneira de escapar, então as pessoas viam claramente, daí o ser amado era desmascarado e todos os seus defeitos, suas fraquezas e segredos vinham à tona. A morena estava na copa tomando um copo de leite quando ouviu passos, destemida, Mills apurou o passo e agarrada de uma estatueta de prata aproximou-se para golpear a figura que parecia haver invadido a sua casa. No escuro não conseguia distinguir a pessoa e quando tentou derrubar a pessoa, esta se desvencilhou ligeiramente.

—Regina, calma, sou eu, David! –Sussurrou aplacando a distância entre eles e retirando o objeto de "defesa" da mulher, jogando-o no sofá.

—Oh, mas o que está fazendo aqui? –Indagou indignada com tal invasão. Na verdade estava atada, sentindo que estava traindo a si mesma. Tê-lo tão perto a desarmava completamente, sua razão entrava em pane ao senti-lo cerca.

—Vim trazer isto. –Explicou mostrando a poção mágica, vendo-a franzir a testa e os olhos em um sinal de incompreensão ele continuou... Dê a Emma e ela se lembrará de tudo. –Aclarou e sorriu contente por haver feito algo bom, ainda que lhe custasse muito caro.

—Que tipo de acordo fez com Rumpelstiltskin? –Inquiriu denotando curiosidade e acima de tudo preocupação em suas palavras.

—O importante é que a teremos de volta, quanto ao Gold não se preocupe, eu me acertarei com ele. –Dissimulou. Cortou o mal pela raiz, não era necessário que a morena se preocupasse com tal coisa. Ao menos isso pensava o homem de barba rala e olhos esverdeados.

—Só espero que não tenha sacrificado mais do que deveria, David. –Ponderou realmente tocada pelo gesto do homem, que lhe acariciou a face sutilmente.

—Qualquer sacrifício seria pouco para ver você e a minha filha feliz, Regina. –Declarou e rompeu com a distância, ela agora podia sentir sua respiração agitada. Estavam próximos demais.

Nolan podia tocar Regina apenas com o seu amor, sua voz fazia o corpo de Regina tremer quando o escutava chamar o seu nome. Ela estava se deixando levar. Nada estava perdido. Era como se as faíscas queimassem sua pele e este fogo era a prova de que ainda havia amor. Era algo eterno. Um laço, um desejo e um verso concreto. O sabor amargo era provado cada vez que um deixava de poder respirar um ao outro em seu coração. David se recordou de cada detalhe de quando estiveram juntos e Regina não se importava mais com a dor porque o seu amor finalmente estava ao seu lado, novamente ela podia se encher de um pouco de ilusão e de paixão. Se afastar nesse instante seria o mesmo que cometer um suicídio e como bom o príncipe a amava mais que qualquer outro ser no mundo, ele decidiu se lançar no mundo daquela mulher orgulhosa, inteligente, porém, sensível no mais íntimo do seu ser. Um beijo apaixonado selou o início de uma nova vida para o casal.  

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Na manhã seguinte Henry foi acordado pela mãe-avó. O menino era difícil de acordar, parecia um bicho preguiça, sempre pedindo "5 minutos mais". Depois de se assegurar que o menino havia se levantado, tomado café e ido para a escola, a alcaide de Storybrooke correu para despachar David às pressas. Por fim fez o café da manhã para seus visitantes. Emma foi a primeira a despertar, banhar-se e descer.