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São Paulo
12:49h

Até que enfim!! Onde tu tava?! Menina a gente vai se atrasar!! — fala Vitória enquanto coloca as malas na porta do apartamento.

Desculpa Vi, eu tava numa "compliqueira" danada com o Tulio agora pouco. Tive que resolver antes de vir pra cá. Ô menino teimoso, viu? — respondo entrando no apartamento em meio as pressas.

Ai Ninha... Tu brigou com ele de novo, foi?

Ah... Tu sabe como é. — respondo quase que implorando pra ela não tocar mais no assunto.

Sei não. Acho que cês tão brigando muito ultimamente, tu não acha Ana?

Eu não sei Vitória... Eu... — respondo cabisbaixa, quando Vitória me interrompe.

Ana... — diz ela notando a tristeza no meu rosto. — Olha só, tu não pode ficar se desmanchando assim... Se esse relacionamento não tá fazendo bem pra você... Talvez seja hora de cê repensar...

— Ai Vitória... Eu gosto muito do Tulio, tu sabe... De repente é só uma fase.

— Eu sei que o que tu sente é verdadeiro, Ninha. Eu só tô preocupada com você... E só não quero que acabe como acabou o teu relacionamento com a Cecília, sabe?

Ana

Sinto um aperto no peito.

Um silêncio se faz.

Nós nunca mais tínhamos tocado nesse assunto e Vitória percebe claramente o meu desconforto.

Desculpa, eu não devia ter dito isso... Na verdad... — diz ela tentando consertar o que havia dito quando a interrompo.

Não, tudo bem. Acho melhor levarmos as malas pro térreo. Estamos atrasadas.

Rio de Janeiro
17:28

Até que enfim as madames chegaram! — diz Bruno risonho abrindo a porta.

Oi cherô! — diz Vitória jogando as malas no chão e dando um beijo em Bruno.

E ai Brunão. — comprimento o consagrado da Vi.

Cês tão preparadas pra hoje a noite?

— Menino eu vim só pra sair contigo, meu "cherô" — respondo em meio a risadas imitando a Vitória,  fazendo-os rir.

Nossa relação é de muito afeto.
Vi é como uma irmã pra mim, e automaticamente Bruno passa a ser meu irmão também.
Tenho muito carinho por ele.

23:24

Ninha, tu ta pronta? — pergunta Vitória abrindo a porta do quarto.

...

Ninha?... — chama ela ainda sem resposta.

" — Não Tulio, tu sabe que não bem é bem assim.
— ...
— O que?! Não foi o que eu quis dizer, por deus!!! Para de distorcer tudo o que eu falo!
—...
— Ta bom. Chega, ok? Eu não vou mais ficar aqui discutind..." — percebendo a presença da Vitória eu desligo a ligação.

— Ah, oi Vi... Eu tava...

Tudo bem? — ela pergunta desconfiada.

Ta... Ta tudo bem sim. Vamo indo? — respondo desviando o assunto.

Vamo então, o Bruno já deve tá é doido de tanto esperar as dondoca aqui.

Ana

Na verdade, tudo o que eu queria era fugir pra bem longe.

A Vitória estava certa.

As coisas com o Tulio não andam nada bem.
A gente vive se estranhando e qualquer coisinha é motivo pra desentendimento.

Eu o amo.

Eu acho.
Não... Não, Ana Clara!
É claro que você o ama.

Quero dizer, eu sei que o amo.
Ou pelo menos é nisso que eu prefiro acreditar.
É nisso que eu preciso acreditar.

Depois do que aconteceu, tornei-me extremamente frágil em relação a quase tudo que me cerca.
Perdi toda a autoconfiança, que antes era certeira em mim.
E apeguei-me a ele.
Mas sinto que esse apego, de certa
forma, é a verdadeira personificação da insegurança que adentra o meu peito.

É a verdadeira personificação de um sentimento inquieto, repleto de incertezas que anseiam por uma única certeza.
A certeza de que um dia eu ainda serei capaz de sentir novamente o amor percorrer por entre minhas veias.
A certeza de que um dia eu ainda (re)encontrarei o amor da minha vida.

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gente,
me perdoem pela demora.
eu levo muito tempo pra escrever, e eu realmente nunca pensei que tomaria a proporção que tomou.
(pra mim já é muuita gente)
enfim e pra quem tá querendo saber se vai rolar o tão esperado encontro entre Ana e Cecília...
a resposta é sim!
então aguardem os próximos capítulos que tem muuuita coisa pra acontecer ainda!
tentarei escrever/postar com mais frequência ;)
muito obrigada, vocês são demais :)
um beijo no coração.

Dói Sem TantoOnde histórias criam vida. Descubra agora