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POV Fernando Haddad

" Fernando. Ô, Fernando !"

Ana Estela estava tentando me acordar há alguns minutos. Escutava a voz vindo de longe, como que saída das profundezas dos meus sonhos. Mas não. Era a mulher me cutucando para que eu despertasse.

Abri as pálpebras, esfregando o rosto e bocejando.

" Meu Deus ! Que desespero é esse?" - Reclamei, sem, contudo, me mover um centímetro do lugar. Morto de preguiça. Trabalhava a semana toda. Era Domingo, não era? Por que não me deixavam dormir mais um pouco?

" Porque já são dez horas e Yolanda tinha combinado vir às dez e meia buscar a filha." - Nervosinha toda, entrou chispando para a suíte.

Pestanejei rapidamente, as memórias se encaixando na mente ainda enevoada de sono. A filha da Yolanda...

Foi um sonho ou Catarina realmente me chupou na cozinha de madrugada?

E como chupava gostoso... Desgraçada maldita ! Dei um tapa no colchão.

E pior fui eu, que poderia ter metido o pé dali, mas deixei que caísse de boca no meu... Comecei a ficar de pau duro de novo, apertei de leve por cima dos lençóis. Dava fisgadas. Meu cacete estava indócil.

Eu precisava de uma ducha gelada imediatamente. Andei trôpego até onde minha mulher tomava banho e bati na porta.

" Vai no banheiro social, Fernando. Eu tou lavando o cabelo... E ainda vou secar !" - Me gritou, a voz abafada no meio do ruído da água.

Como que eu iria circular pela casa, onde estavam meus dois filhos, de barraca armada ?

" É uma emergência. "
" Jesus Cristo ! Entra aqui então."
" Dá licença, Ana."

Me joguei debaixo do chuveiro de roupa e tudo, Ana Estela soltou um guincho de espanto, nua e com a cabeça coberta de espuma de shampoo.

" Que foi? Você tá passando mal?" - Assustada, me examinou de alto a baixo.

A água gelada escorrendo pelo meu corpo foi abaixando meu fogo, mas ainda não era o bastante. Misericórdia, eu precisava dar uma.

" Querida... Você pode fazer uma coisa por mim?" - Rouco, pus a mão em sua cintura. Estela fez que sim, ainda sem entender do que eu estava falando.

" Faz amor comigo agora. Ou eu vou explodir aqui." - Pedi. Eu me agarrava à minha esposa como se fosse minha tábua de salvação.

Franziu a testa. - " Mas Nando, agora? Eu estou me arrumando porque a prima..."

" Então deixa, eu me viro."
- Suspirei, pousando um beijo em sua testa e alcançando o roupão.

" Fernando..." - Ela repetiu - " Não pode ser mais tarde? Não somos mais adolescentes, nós temos compromissos !" - Tentou se justificar, sem jeito.

" Fica tranquila, amor."

Arranquei as roupas molhadas e as joguei no cesto, me enrolando nu no traje atoalhado.

Só havia uma coisa a fazer.

Me tranquei no quarto e sentei-me na cama.

Diacho de pau duro que não abaixava de vez !

Tateei por debaixo do tecido e segurei suavemente. Subi e desci a mão primeiro devagar, sentindo o auto estímulo me arrepiar os pelos. A mente começando a trabalhar.

Perigosa - Haddad + Personagem originalOnde histórias criam vida. Descubra agora