Triângulo

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Lay aprofundou o beijo, trazendo a mais para si até que ela ficasse meio deitada sobre ele. Ele a segurou pela cintura com uma das mãos enquanto com a outra puxou o cabelo dela de lado antes de descer a boca pelo seu pescoço.

Ela resmungou e ele riu antes de descer pelos ombros e observar as reações dela em cada detalhe. Ela agarrou seus ombros e ofegou. Ele deu um último beijinho antes de voltar a boca dela e aprofundar ainda mais o beijo até que ela ficasse sem ar. Quando se afastou, tinha sua Zhēnguì suave em suas mãos.

— Bom, para um primeiro beijo.

Comentou observando satisfeito em como ela parecia esquecer como se formulava as palavras. Ela o encarou com o olhar nublado e quando finalmente conseguiu falar, gaguejou:

— S-Segundo beijo.

— Como assim?

Ela gaguejou de novo, o que era adorável, e então engoliu em seco mordendo o canto dos lábios, o que o deixou perturbado, ela tinha aquele tipo de poder sobre ele e seu corpo.

Ele respirou fundo e se concentrou em entender do que ela estava falando, só naquilo.

— É que... Tipo eu nunca tinha, sabe, beijado antes e...

— Mas e Kai?

— Ele foi meu primeiro beijo.

E ela abaixou os olhos ficando vermelha.

Lay sentiu sua boca abrir e fechar como um peixe fora d'água. Ok, ele sabia que ela era nova, óbvio, mas as garotas na idade dela já namoravam... Só que sua Zhēnguì não era qualquer garota. E ela nunca tinha beijado ninguém antes de Kai... E Kai era um sem noção então praticamente não contava.

Algo muito, mas muito territorial se apossou dele de forma que antes que se controlasse, ele a puxou de volta para seus braços e voltou a abocanhar aqueles lábios convidativos até que ele mesmo ficasse sem ar. Então a beijou mais um pouco voltando a descer sua boca pelo queixo, pescoço, ombros e finalmente voltando para a boca macia. Ela estremecia acima dele e ele a segurou mais firme.

— Zhēnguì, você sabe que é minha, não sabe? Eu quero você, como namorada, como esposa, como tudo, eu juro, eu vou esperar você ficar mais velha e sabe, eu cumpro TODAS as promessas que eu faço, assim confie em mim, eu vou ficar com você, vou assumi-la em público assim que puder fazer. Sei que ainda é nova e nunca namorou nem nada do tipo, é um pouco injusto eu me impor assim, mas eu não posso mais me conter, eu preciso que saiba o que eu sinto... Pode ainda não me retribuir, eu aceito, tudo é muito recente, mas eu juro que vou ensiná-la a me amar também, só me dê uma chance ok?

— Mas Lay, você sabe que eu não sou uma garota... Bem... Comum e tudo isso e...

— Não importa, eu te aceito como você é, da maneira que é, isso não é importante, eu nunca vou contar para ninguém que você pode falar com animais e todo o resto, ninguém precisa saber, isso é seu e eu gosto de você com tudo o que você é. Eu posso também ser o que você deseja, só preciso que me diga sim.

— Mas eu gosto de você do jeito que você é também... Não precisa se tornar nada, Lay. Eu gosto de como você me trata, de como conversamos, da forma em que você me defende, eu adoro tudo isso.

Ele sorriu, sentia seu peito livre de um grande peso, aquelas palavras eram libertadoras.

— Meu amor, você sabe o que me causa falando isso? Me dê sua mão.

Ela estendeu confiante e ele, se pudesse, a agarraria ali mesmo mandando tudo para o alto. Confiança, era algo conquistável e muito precioso, e sua Zhēnguì confiava nele, totalmente. Ele faria o impossível para ser merecedor.

3º FilhaOnde histórias criam vida. Descubra agora