Início do Acampamento

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A semana passou rápido. Meu despertador toca indicando que são 6:30 da manhã, o que significa que tenho três horas para arrumar minha mala, banhar, comer e ir para a escola. Saio da cama e pego uma mala de costa preta, coloco roupas necessárias e ítens de higiene, além de maquiagens, e meu carregador de celular. Logo depois vou tomar um banho, puxa, meus olhos se destacam em meio a pele branca, percebo isso enquanto me encaro em frente ao espelho. Começo penteando meu cabelo e logo após opto por lavá-lo. 15 minutos depois saio do banho e pego o secador. Coloco para tocar Katy Perry e inicio o trabalho. 30 minutos depois depois estou pronta, coloquei um vestido rodado rosa, acompanhada de botas cano curto de salto. Meu cabelo está solto e meu rosto com pouca maquiagem. Ando em direção a porta e vejo o remédio que deixa qualquer um de dor de barriga e louco para ir ao banheiro, já o pego e coloco na bolsa, se a Priscila acha que vai me humilhar novamente, está muito enganada.

- Acorda Bê, vamos nos atrasar por sua causa - Bato na porta esperando ele responder algo. Sugiro que tenha ouvido, pois ouço um barulho de um objeto sendo jogado em direção a porta. - Tá bom, te espero lá em baixo.

Hoje é sábado, o que significa que as 7 horas mamãe sai cedo para o trabalho. Pego uma tigela e coloco cereal dentro, logo após acompanhado com leite. Como enquanto pego o meu celular para olhar as mensagens.

Tudo pronto para o plano de hoje?

A primeira mensagem é da Nanda. Puxa, acho que ela sente um ódio tremendo da Priscila mesmo. Mas já era de se esperar. Priscila humilha todos quando sempre tem chance, o que é injusto, já que ninguém deu a ela esse direito.

Remédio já está na bolsa. Está levando a câmera?

Claro, preciso colocar tudo no jornal
da escola. Vai ser o melhor acampamento
que essa escola já viu.

Termino o café da manhã e vou olhar as correspondências. Vejo que tem uma carta endereçada a mim e sem nenhuma chance do nome de quem a enviou. Estranho. Abro - a e leio.

Você está no caminho errado. Saia enquanto pode, se não, aprenda a lidar com as consequências que virão.

Brincadeira de criança, só pode. Amasso a carta e a jogo no lixo, nesse momento Bernardo desce as escadas com sua mala.

- Você sabe que o ônibus só sai em uma hora e meia, certo? - Ele fala.

- Sim, preciso ajudar a Nanda em algumas coisas para o jornal antes de irmos.

- Vamos - Diz enquanto pega uma maçã na fruteira e a come - Preciso resolver qual garota sentará no meu lado hoje.

- Você é um bacaca, sabia?

- Sou nada, sou um garanhão solteiro a procura de uma gatinha para procriar.

- Ai que nojo - Falo enquanto jogo uma almofada pequena nele. - Vamos.

Entramos no volvo e ele dá a partida. Bernardo sempre gostou de dirigir, por isso não tem medo de ir a 70km/h em uma pista que pede 40km/h. Olho pela janela e me perco em meus pensamentos, começo a pensar em Aspen, Pedro... São homens que fazem nossa cabeça girar. Não quero me envolver com Aspen, quero aproveitar minha solteirisse, mas também quero acabar com a vida de Pedro, por tudo o que ele me fez passar. O problema é que quando um deles me toca, eu sinto aquela eletricidade percorrer meu corpo inteiro. Quando Aspen me beija, não desejo que pare nunca, ele tem um carisma, ele é sensível, ele é romântico. Já quando eu namorava Pedro, ele era mais bruto, ele sabia onde beijar para deixar a garota louca, ele tinha pegada, ele era, ah, ele era.. Difícil de dizer. Mas ele é diferente de Aspen. Aspen nunca me trataria assim, nunca me humilharia em público. Isso é o que eu espero.

Chegamos na escola. O clima estava nublado, indicando a chuva que ocorreu durante a noite, pego o meu casaco que estava no banco de trás e saio do carro. Caminho em direção ao meu grupo, que me recebem com um sorriso. Todos estão fora da escola esperando o ônibus sair para a viagem. Gabi vem até mim e me dá um abraço

Voltei mais gostosa do que nuncaOnde histórias criam vida. Descubra agora