Acordo no dia seguinte com meu celular tocando sem parar, pego ele e vejo o nome de Emma na tela. Atendo rápido.
- Bom dia Lipe! - Emma diz e sua voz sai baixa, estou meio sonolento ainda.
- Bom dia Emma, tá tudo bem? - pergunto e ela suspira.
- Bom to te ligando pra avisar que não vou poder te buscar na sua casa.
- Ah, não tem problema. Mas, aconteceu alguma coisa? - pergunto e ela respira fundo do outro lado.
- A gente se vê na escola Lipe, não se atrase em. Beijos!!! - ela desliga sem ouvir minha resposta.
Então, me levanto para tomar meu banho e me arrumo como de costume, assim que termino desço as escadas e mamãe está na cozinha.
- Bom dia mamãe! - digo e dou um beijo na sua bochecha e ela me abraça.
- Bom dia meu amor, acordou cedo hoje.
- Sim, Emma me ligou avisando que não poderia me buscar hoje então, vou de ônibus. - me sento na mesa para tomar meu café e papai adentra a cozinha.- Bom dia filho, já estou atrasado. - diz e me da um beijo na testa.
- Bom dia pai, você tá entrando mais cedo no escritório né. - digo e ele pega uma xícara de café bebendo logo em seguida todo o líquido quente.
- Eles querem meu suor naquele escritório, pelo menos chego cedo em casa. - diz e da um beijo na minha mãe e outro em mim.
- Bom a gente se vê mais tarde, amo vocês! - diz e sai rápido. Continuo com mamãe tomando café e logo me levanto pra ir pra escola.
- Vou indo se não também me atraso. - digo e dou beijo na testa dela e saio de casa. Resolvo ir andando pra escola e no meio do caminho percebo que um carro está me seguindo, acelero meu passo. Então, o carro diminui a velocidade e para ao meu lado e eu reconheço o veículo mas continuo andando quando ouço me chamar.
- Felipe Foster. - me viro e William está me encarando. - Entra no carro.
- Não, obrigado já estou chegando na escola.
- Não foi um pedido, foi uma ordem.
- Escuta aqui se você acha que pode mandar nas pessoas, está tremendamente enganado. - nem percebo que William desceu do carro e está vindo em minha direção, penso em correr mas não dá tempo, quando dou por mim ja estou sendo arrastado para dentro de seu carro.
- Me soltaaaa!!! - grito, tendo me soltar das mãos dele só que ele é bem forte.
- Fica quieto porra! - Ele diz e prende o cinto de segurança em mim.
- Você não tem direito de fazer isso comigo... - nem término de falar e William grita.
- Se acha que pode me desobedecer está tremendamente enganado. porra! - ele grita e eu fico em silêncio. Fico me perguntando que porra está acontecendo aqui.
- O que você quer comigo William? - digo já com medo do que ele pode fazer já que estamos só nos dois naquele carro.
- Cala boca, eu só estou te dando uma carona idiota. - diz grosso.
- Me tratou como um lixo esses dois dias e agora quer fazer boas ações? - pergunto com raiva e ele freia o carro de maneira abrupta quase me fazendo bater a cabeça.
- Quer saber? SAI DO MEU CARRO! - fico paralisado com sua atitude.
- SAI AGORA!!! - ele berra para mim e ai sim eu volto a realidade. Saio do carro meio desajeitado e assustado com a forma que ele gritou. Mal fecho a porta e ele sai cantando os pneus novamente, demoro alguns segundos pensando
O que foi isso que aconteceu aqui?
Volto a caminhar na calçada em direção a escola e logo estou na frente da mesma. Não vejo o carro dele estacionado e me pego pensando para onde ele foi, me direciono para as salas e sento no meu lugar de sempre. Emma não chegou então fico sozinho, e as aulas correm normalmente sem sinal de Emma muito menos de William. Os amigos dele estão na sala e parecem estranhar o fato de William não ter vindo. Assim que acabou as três primeiras aulas, sai para o intervalo e para minha surpresa os amigos de William não me procuraram para pegar o lanche deles, parece que ficam meio perdido sem o mesmo. Comi meu lanche tranquilamente e voltei para a sala já me preparando, pois era aula de biologia e eu como todos sabem, teria que fazer dupla com o Benjamin.
O professor não demora a aparecer e já vai logo ditando as regras.- Juntem suas duplas! Desde já aviso para os que não tiveram aula comigo, não permito trocar as duplas. Então serão vocês até o fim do ano.
Todos começam a juntar as duplas e eu fico de cabeça baixa, até que ouço o barulho de uma mesa sendo colada na minha, levanto a cabeça e Benjamin está do meu lado.- Oi Felipe. - ele diz e sorri e eu o encaro.
- Oi! - digo seco.- Olha, facilita as coisas.
- Facilitar? - pergunto incrédulo. - Vocês não facilitaram minha chegada nesse Colégio e agora quer que eu facilite pra você? - bufo.
- Não era minha intenção, desculpa... - Ele diz e eu o olho com os olhos meio arregalados por surpresa e fico calado, então ele continua.
- Não é meu jeito mas, o Will é meu irmão somos os mais chegados.
- Ser irmão dele não tem que te fazer um idiota. - digo baixo.
- Eu sei mas, olha relaxa. Não vou fazer nada contra você beleza? - Ele diz e passa a mão no meu braço o que é super estranho. Eu só assinto com a cabeça e prestamos atenção na explicação do professor. A aula corre normalmente eu e Ben que foi como ele pediu pra chama-lo nos demos bem, ele parece totalmente diferente de quando está com os outros. As aulas acabam e Ben sai da sala comigo.
- Onde você mora Lipe? - eu também disse pra ele me chamar assim.
- A umas quadras daqui. - digo caminhando ao seu lado pra fora da escola.
- Quer uma carona? - ele pergunta e eu sinto o olhar sobre nós, e o encontro. William está encostado no seu carro nos encarando então desvio o olhar.
- Tudo bem. - digo sem jeito para Ben que me olha e sorri, seguimos para seu carro e ele coloca a mão nas minhas costas colo se me guiasse. Entramos no carro e ele dá partida.
- Você viu o William lá na frente da escola? - pergunto.
- Não, ele estava lá? - ele pergunta e eu jurava que ele tinha visto.
- Ele estava na nossa frente, encostado no carro. - digo.
- Eu não vi... - ele pareceu incomodado com isso. Seguimos comigo o orientando, e quando paramos na frente de casa ele fala.
- Foi legal ter falado com você, não achei que você fosse tão bo... digo legal. - ele diz e eu fico ruborizado.
- Obrigado, você também é bem legal! - digo. - Bom, vou indo até amanhã Ben. - mas ele segura meu braço e me puxa para um abraço apertado o que no começo fico sem reação mas, o abraço de volta e desço do carro.
- Tchau Lipe, até amanhã! - ele diz e sai com o carro, vou entrando e quando vou trancar o portão me assusto com o carro de William passando lento na minha rua, os vidros estão erguidos mas eu sei que é ele. Pelo que parece ele já estava na rua a um tempo.
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Você pertence a mim (ROMANCE GAY)
Teen FictionWillian Collins é um garoto de 18 anos cujo a rebeldia sempre foi uma válvula de escape. Com uma relação familiar conturbada Will cresceu sem muita demonstração de afeto tornando-o um garoto extremamente grosseiro. Will sempre foi muito possessivo...