1 - Capítulo único.

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Para Molly sempre foi simples olhar para listas

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Para Molly sempre foi simples olhar para listas. Sua pacata vida era movida de palavras soltas em papéis. Lista de compras, lista escolares, lista de desejos. Ah, claro! Não pode falar a lista de desejos de Molly.

Para ela ainda era fresca a sensação de sua primeira lista, logo após seu pai decidir ir para o alto mar. Sua recordação daquele simbólico dia foi olhar para o papel e ver escrito com as belas letras de seu pai a primeira e única frase:

• Busque a felicidade, Molly!

Ela sabia que seu pai estava buscando a felicidade dele quando foi e não voltou após as águas o levarem. Molly levou a sério seu único desejo. E fez de três palavras sua lista de desejos.

Quando jovem não conseguia perceber o quão enorme era aquele pedido, afinal, a felicidade não é resumida em uma única coisa. Felicidade pode ser escovar os dentes após perceber um bafo de matar até mesmo uma onça. Pode ser ganhar na loteria. Casar com o Chris Evans. Pode ser ter dinheiro para ir ao show do seu cantor favorito.

Busque a felicidade. Foi isso que ele pediu e nos últimos 8 anos ela realizava vários dos desejos daquela lista. No primeiro ano com seus dezessete anos comprou seu primeiro notebook sem a ajuda da avó. Foi ao show de sua cantora preferida quando ela veio ao Brasil. Tingiu os fios de seu cabelo acima dos ombros de azul.

Aos dezenove aceitou namorar seu melhor amigo Gabriel Torf do qual ainda namora. E também ganhou o prêmio anual de Halloween de sua cidade trajando a fantasia do Capitão América. Comprou seu primeiro carro.

Cinco anos após receber a lista e estar formada e pronta para ser bióloga decidiu fazer um mochilão com Gabriel por algumas cidades do Brasil. Conseguiu contribuir com algumas redes de caridade. Conseguiu um emprego como bióloga em sua cidade natal.

Com sete anos após seu presente preferido do pai. Seu desejo foi dizer não para Gabriel. Sim ela recusou em casar-se, pois, não era o momento e não estava definido em sua felicidade do ano. Gabriel entendeu e aquela foi sua realização do ano novo. 

Ele disse ajoelhado em sua frente:

— Molly meu amor — e deu aquele sorriso de lado que ela acha um charme. — Quer casar comigo?

Suas tias, avós, primas e sua sogra suspiravam e algumas dramáticas secavam as lágrimas.

Molly não entendia o porquê de tanta espera, ela e Gabriel já haviam conversado sobre casamento e não era o momento ainda.

— Não — ela sorriu para ele que tentou não demonstrar tristeza. — Gabe, nós havíamos conversado...

— Eu sei, desculpa? — ele corou. — Quando você quiser — ele sorriu para a namorada.

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