POV Fernando Haddad
A palestra fora o inferno na terra. Minha cabeça parecia que ia explodir.
Um bando de coxinhas revoltados decidiu me pegar para Cristo às dez horas da manhã.
Que povo era aquele que já acordava virado no Jiraya? Misericórdia !
De repente alguém resolveu me eleger como o detentor de todos os males do mundo somente por ser esquerdista e eu tinha que ouvir calado, senão estaria sendo um professor pão com mortadela opressor !
Bati o martelo: Realmente não tinha mais paciência para crianças. Ainda mais as mal educadas.
Olhei o relógio, três da tarde. Eu tinha consciência de que era cedo demais para beber, ainda mais em plena segunda feira, porém estava tão puto das calças que só uma cerva bem gelada iria me trazer um pouco de paz a meu espírito quebrantado.
Havia me aconchegado em minha poltrona favorita, com minha taça na mão, quando a campainha tocou.
" Ué, não interfonaram? Deve ser Ana Estela voltando mais cedo..." - Pensei, me levantando e indo até a porta.
" Oi, tio... A Carol está?"
Quase deixei a bebida cair no chão, senti que meu queixo caía também. Catarina, como sempre metida naqueles trajes minúsculos - dessa vez de mini saia e croped - vinha se enfiar em minha casa, no sossego do meu sagrado lar, quando minha mulher não se encontrava.
Nem ela nem ninguém. Estávamos a sós, como o diabo se agradava. Pra fazer uma sandice eram dois palitos: Passava a chave na porta e a piroca na menina.
" Ela... hum... saiu com o irmão." - Disse, girando a taça na mão. Catarina me comia com os olhinhos petulantes.
" Eu... posso entrar?"
Titubeei.
Se a deixasse entrar acabaria rolando de novo.
Se não deixasse, estaria sendo grosseiro. Bem ou mal, ela era família.Apenas gesticulei apontando a sala. Ela passou por mim devagar, bamboleando os quadris largos.
Sentou-se à minha frente, quando deu aquela cruzada de pernas vi que estava sem calcinha. Meu coração falhou uma batida, eu tive certeza, pq ele voltou na boca.
" C.Catarina, nós precisamos parar com isso." - Gaguejei, o pau já endurecendo.
" Parar o que, se ainda nem começamos?" - Se levantou e veio até mim. Paralisei onde estava, completamente dominado, com medo e tesão. Eu a queria tanto que doía.
Subiu em meu colo e se esfregou em mim, cavalgando. O contato com meu púbis iria me fazer gozar logo logo, implorei que saísse de cima de mim.
" Frederico e Carol já devem estar chegando... pelo amor de Deus..."
" Deixa só eu fazer uma coisinha rápida com você." - Murmurou, soerguendo o corpo, subiu a saia e colocou o sexo nu em meu rosto.
" Lambe."
Como se fosse necessário pedir ! Cravei os dedos em suas coxas e enterrei minha língua entre os grandes lábios, subindo e descendo ao longo da rachadura e pincelando o clitóris, Catarina esfregava a vagina molhada em meu rosto enquanto eu lambia seu grelo.
Na ponta da língua senti o quanto era apertada. Se não fosse tão assanhada, suporia que era virgem. Curioso, tentei enfiar um dedo e ela se furtou, recuando o quadril, surpreendentemente assustada.
" Não gosto disso. Só chupa."
Obedeci, voltando a passear minha língua no pequenino ponto entumecido.
No momento em que agarrou meus cabelos, pressenti que seu orgasmo não estava longe.
Aumentei a velocidade da língua, para seu delírio, até alcançar o orgasmo, tremendo toda na minha boca.Caiu de lado, arquejando. Meu pau estalava de rígido, comprimido pela cueca e bermuda.
A inconsequente mal tinha gozado e veio fina pegar no meu cacete, eu a impedi, a contendo pelo pulso.
" Já nos arriscamos demais, não vai dar tempo. Minha mulher e meus filhos têm a chave de casa."
" Vamos pro banheiro então !" - Ela se pôs de pé, me pegando pelas duas mãos - " Tenho uma fantasia de transar no banheiro..."
" Fantasia você tem é de tomar umas palmadas nesse rabo ! Sua assanhada !" - Eu quase gritei, ela riu, correndo na direção do lavabo, eu a segui. Quando Catarina entrou, porém, a fechadura na sala fez barulho.
Foi o tempo de pular pra dentro do meu quarto, antes que um de meus familiares me pegasse de pau duro.
" Oi? Pai, você já chegou?"
Algum sistema de autodefesa que o cérebro acessava em caso de perigo iminente me fez agir rápido quando ouvi Carol me chamando, me enrolei no edredom e me joguei na cama.
" Tou deitado, filha. Não me sinto bem" - Respondi dali mesmo de onde estava.
" O que você tem, mano?" - Frederico perguntou, preocupado abrindo a porta do meu quarto.
" Longa história... palestra invadida por uma garotada reacionária do sangue nos olhos... Uma enxaqueca daquelas." - Respondi.
Fred soprou o ar pelas narinas, se sentando a meu lado.
" E tu acha que colocar uma coisa daquelas na boca melhora sua dor de cabeça ?"
Hein?
Tive um mini enfarto ao pensar na possibilidade de aquilo ter sido uma indireta.
Mas como ele saberia que eu estava com a boca na buceta da filha da minha prima há alguns minutos atrás?
Fernando, você é um boçal mesmo !
" A cerveja, véi. Eu vi a lata na sala. Só tem você em casa ! Ou a mamãe já chegou?"
" Ei, Cat ! Fala, piranha ! " - Carol berrou. Já tinha encontrado com a amiga. Aliás, Catarina era péssima influência para minha filha. Eu tinha de afastá-las, mesmo que isso significasse eu ficar longe daquela bocetinha doce e apertada.
O olhar de Frederico se iluminou ao ouvir o nome. Meu Deus, ele amava aquela pilantrinha ! Meu peito se apertou em remorso - porque ele não era o único ali enfeitiçado por Catarina Khouri.
" Ah, Catarina." - Ele disse, saindo do quarto.
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Perigosa - Haddad + Personagem original
FanfictionQuando uma prima de Fernando, Yolanda, retorna ao Brasil após muitos anos na Europa, trazendo a filha para conhecer o restante da família, ela não imagina estar trazendo a tragédia para dentro da casa de Haddad. Essa é uma obra de ficção. Qualquer s...