As maquinas não param,
o barulho é atordoante,
Deus! amargamente,
o barulho continua,
isso é viver?
Se prendo meu corpo contra a maquina,
o acidente é descontar o tempo da maquina
e não meu corpo,
é melhor que eu trave suas engrenagens com meu braço do que viver com seu barulho,
Infernal!
Ira e desgosto,
o braço trava a maquina,
o sangue molha o rosto,
mas para o patrão apenas o lucro escorre.
Ligeiramente os trens cortam seu caminho,
rasgando pelos seus trilhos,
outro homem,
baixo
triste,
assiste pensando em como se jogar,
ora se me nega a vida em cores,
eu te pinto em horrores vermelho,
te traumatizo,
igual faz comigo
com sua estupida repressão.