-Jimin, nós vamos dar um passeio hoje- Minha omma dizia cabisbaixa.
-Estou indo me arrumar, mas para onde nós vamos?- Perguntei de uma forma animada, quer dizer, fazia tanto tempo que eu não saia de casa.
-Vamos para floresta- Mas dessa vez quem respondeu foi meu appa.
-Okay...- Eu sinceramente não sou muito fã de florestas, mas é melhor que ficar em casa, né?
Fui para meu quarto e peguei uma toalha, tomei meu banho e fui me vestir. Eu vesti uma roupa mais mole, pois andar na floresta é meio difícil.
-APPA, OMMA, estou pronto- disse sorrindo para eles. Ambos sorriram de volta, mas no olhar deles tinha algo diferente, angústia? Culpa? Raiva? Nojo? Bom, não sei, mas deve apenas ser coisa da minha cabeça.
Eu não sei como meu pai quer passear, está rolando uma guerra lá fora. Será que ele não percebeu? Nós podemos morrer a qualquer momento, mas ele parece nem ligar para isso. Quando meus avós morreram ele ficou assim, não liga muito mais para nada, ele vivo ou morto nem faz diferença para ele, mas e eu? E minha mãe? Ele não pensa em como nos sentimos?
Vamos para o carro, ele liga o motor e vamos em direção a uma floresta. Pela janela dava para ver o caus da cidade, estava tudo destruído, pessoas queimadas nas ruas, crianças chorando sozinhas. Aquilo me doía o coração, por que o mundo tem que ter guerra? Isso não é necessário. Por que nós não vivemos felizes? Será que o mundo nunca terá paz?
Após 30 minutos nós chegamos. O local estava vazio, provavelmente poucos conheciam aquele local.
-Vamos, Ji- Jimin, urgh- Meu appa dizia meu nome com uma pitada de nojo.
- Por que o senhor falou assim?- Pergunto tristonho.
- Jim... Park você é uma bichinha, eu sei que tentou esconder de mim, mas é visível. Você gosta de rosa, bonecas, parece uma mocinha, ajuda sua mãe com a casa. Isso é coisa de viado, eu não quero filho viado não, quero um filho homem, macho!- Ele cuspia aquelas palavras com ódio, ele deve me odiar.
- Sim, appa, eu sou gay, mas isso não muda em nada! Sempre serei o mesmo Jim- Ele me corta e fala.
- PORRA, EU NÃO QUERO FILHO VIADINHO, QUE DÁ A BUNDA! VOCÊ ME DÁ ENJOO- Ele grita aquilo visivelmente furioso e enojado.
- Pai, entenda, por favor...- Eu chorava pedindo para ele me entender, mas eu apenas senti um soco no rosto. Ele agora me batia, então ele me trouxe aqui para isso? Para me matar e me jogar em qualquer canto?
- Para, Jongdae, por favor! Vamos apenas levar ele, vamos recuperar logo nosso filho- Minha omma suplicava para ele, mas para aonde eles iam me levar?
- Pa- Para onde e- eu vou?- Perguntei com dificuldade por causa dos socos de meu appa.
- Filho, o padre Kim Jun-myeon, falou de uma clínica chamada "Gonjiam" lá existe soluções para te curar. Jimin, eles curam sua doença! Essa é nossa chance!- Minha omma diz alegremente.
- Doença? mas que doença? ISSO NÃO É UMA DOENÇA! -Digo furioso. Será que eles nunca irão entender? Eu não escolhi essa porra, eu apenas nasci assim.
- Jimin, o padre ficou preocupado com você, entende? Ele me falou dessa clínica para o seu bem, filho- Ela falava calmamente.
- Ali está ele! Corram e peguem ele!- Um homem alto e pálido falava. Quem era ele?
Três homem altos estavam vindo em minha direção, fodeu. Eu nem consegui pensar direito, eu apenas corri, corri como não se não houvesse o amanhã. Eu corri, mas corri muito, eu não tinha nem coragem de olhar para trás. Quem em sã consciência faria isso com o próprio filho? Caralho, quando vão entender que isso não se cura, no máximo, a pessoa vai fingir ser algo que ela não é. Até quando as pessoas vão ter fingir algo que elas não são, uma página da bíblia não vale mais que uma vida.
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1954 | JJK + PJM
Fanfiction12 de janeiro de 1954, Gwangju, Coréia. Em 1954, a homossexualidade era considerado uma doença psiquiátrica, e quem era descoberto como homossexual sofria as consequências. Park Jimin, um jovem cheio de qualidades, mas amar alguém do mesmo sexo foi...