Lady Margaery Diane de Brant,
Condessa-Viúva de Dorset se dirigia ao cais empolgada. Estava decidida. Agora que seu sobrinho estava casado e o pequeno Anthony havia nascido, era o momento perfeito para ela finalmente colocar em prática algo que sempre sonhara.
Viajar pelo mundo.
Este sempre havia sido seu maior sonho e agora, finalmente, poderia se dar ao luxo de esquecer um pouco as convenções sociais e viajar como sempre quisera.
Havia dado o Siren a seu sobrinho como tinha prometido fazer quando ele apostara com ela sobre Elizabeth, mas tinha lhe pedido que lhe permitisse viajar nele um dia quando assim decidisse.
Tinha sido um golpe de mestre a aposta que fizera com Daniel. Já sabia que o casamento dos dois seria o resultado, desde que os vira juntos pela primeira vez, quando Daniel não passava de um jovenzinho, tinha sentido em sua alma que os dois eram perfeitos um para o outro. E por isso insistira tanto para que seu sobrinho a acompanhasse em suas visitas a Fernoy.Sempre soube que a noiva de Daniel não era para ser dele, a lady era mesquinha e fútil, além de interesseira e não amava ninguém além dela mesma. Margaery tentou intervir e mostrar a seu sobrinho que a noiva dele não era adequada, entretanto sabia que a beleza daquela mulher o deixava cego para todas as outras facetas que ela escondia. Mas para sua felicidade, quase não precisou interferir no destino: Lady Letícia acabou vítima de suas próprias maquinações e o noivado entre eles foi desfeito.
Por um tempo Margaery temeu que seu sobrinho se fechasse para sempre para outras mulheres, mas logo percebeu que ele mesmo ferido por Letícia, ainda poderia amar e por isso decidiu intervir e tentar aproximar o jovem de Elizabeth.
E agora finalmente o conde estava casado com Lizzie, a mulher perfeita para ele e o amor de ambos tinha resultado em um lindo e rechonchudo bebê, que eles chamaram de Anthony George de Brant, uma homenagem aos pais de ambos. Anthony era o nome do pai de Daniel e George o nome do pai de Elizabeth.
A condessa-viúva tinha ficado com
Elizabeth quinze dias após o nascimento do bebê. Depois desse período sentiu que devia deixar o casal aproveitar a nova vida que lhe fora confiada. Ainda mais porque o
pequenino não dava quase nenhum trabalho, era tão calmo que nem parecia haver um recém-nascido na casa.Não ia negar, ver Elizabeth tão feliz com seu filho no colo, a lembrou de tantas noites com a qual sonhou ter seu próprio bebê para cuidar. Sempre sonhara em ser mãe, entretanto Deus não tinha lhe agraciado com aquela benção. Esse era também um dos
motivos pelo qual decidiu viajar naquele momento.Margaery finalmente chegou ao cais, a carruagem parou e ela desceu. Levava consigo apenas uma criada para lhe servir no que precisasse, dois baús com o que achava necessário para a viagem e dinheiro para qualquer necessidade.
Assim que chegaram onde o navio estava ancorado, ela pediu que a criada esperasse ali enquanto ela subia e falava a sós com o capitão.
Seguiu até o Siren e subiu pela rampa sem se importar com os protestos dos homens que o carregavam, até que um se interpôs em seu caminho.
― Minha senhora, posso ajudá em alguma coisa? ― O homem perguntou.
― Pode sim, leve-me a seu capitão. ― A condessa ordenou.
― E pra quê quer falar com o capitão?
― O homem perguntou curioso.
― Creio que o teor da conversa só importa a mim e ao capitão, meu rapaz, por favor, apenas diga onde o encontro. ― Margaery tentou usar um tom educado para não soar tanto como uma represália.
― É claro minha senhora, a cabine fica ali.
― O homem apontou fazendo uma expressão ofendida.
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Como se aventurar com uma Condessa (DEGUSTAÇÃO)
Historical FictionLady Margaery fez tudo que a sociedade esperava de uma dama; debutou com graça e sem nenhum escândalo sujando seu nome, se casou com um Conde, foi uma boa esposa, uma condessa competente, não agradava a todos, era óbvio, mas era muito benquista por...