mais um colegial clichê [[ kth + jjk ]]

no vestiário da escola, único

Era quinta-feira.

O jogo de basquete estava marcado para começar às cinco da tarde em ponto, mas atrasaram alguns minutos, devido aos problemas de condução do time inimigo que viria de outra cidade disputar o campeonato do final da temporada.

Enquanto esperavam os adversários na quadra, Jeongguk puxou o namorado, Taehyung, para o corredor principal para que pudessem ter mais privacidade, visto que todo o público estaria concentrado na quadra principal, aguardando o início do jogo.

— Você vai torcer por mim hoje, baby? — Jeongguk perguntou, pressionando Taehyung contra a parede enquanto segurava sua cintura de forma gentil.

— Claro — respondeu, sorrindo abertamente para o namorado. — Você sabe que eu sempre torço, de qualquer forma.

— Com certeza.

Jeongguk depositou beijos doces em seus lábios, fazendo com que Taehyung sentisse que poderia derreter nos braços do namorado a qualquer momento. Não havia como Jeongguk não notar, porque, assim que o mais velho tentou transformar os beijos que trocavam em algo mais aprofundando e quente, ele se distanciou, mesmo que seu desejo fosse continuar.

Jeongguk acariciou a coxa de Taehyung que estava apoiada na parede, como um pedido mudo de desculpas por não poder dar aos dois o que eles queriam naquele momento. A saia do loiro subiu um pouco, fazendo com que Taehyung corasse.

— Você fica tão fodidamente gostoso com isso, você sabe, não sabe? — comentou Jeongguk, sabendo muito bem que aquelas palavras fariam Taehyung desejá-lo ainda mais.

— Jeonggukie... — Taehyung sussurrou. — Não comece algo que você não vai terminar.

— Quem disse que eu não vou? — ele provocou, sorrindo enquanto Taehyung mordia o próprio lábio. — Talvez não agora, mas mais tarde...

— Ok. Tenho uma ideia — Taehyung interrompeu o outro, os olhos brilhando. — Você faz alguns pontos para o nosso time, e aí...

— E aí...? — Jeongguk insistiu que o namorado continuasse, gesticulando.

— E aí talvez, só talvez, eu deixe você me foder no vestiário — Taehyung disse, sussurrando a última parte perto do ouvido de Jeongguk: — E eu vou estar usando essas saias, já que eu bem sei o quanto você gosta delas.

Ah, sim. Jeongguk gosta tanto delas. Jeongguk gosta ainda mais delas no corpo do namorado, com suas coxas bonitas e macias à mostra — tão diferentes das suas próprias —, suas pernas longas e sua bunda grande indo pra lá e pra cá quando mexe os quadris. Não que a visão do namorado usando o seu uniforme de líder de torcida fosse melhor do que tê-lo nu por completo, mas, para Jeongguk, aquela poderia ser considerada uma visão do paraíso.

Quando Jeongguk viu Taehyung pela primeira vez, era em um lugar onde ele, a princípio, não queria estar.

Todos os anos letivos só começavam, de fato, após uma apresentação de dança do time das líderes de torcida, seguida pela apresentação dos clubes extracurriculares para os alunos novos. Naquele ano, não foi diferente.

Estava sendo um martírio para Jeongguk ter que se acostumar com a ideia de mudar de escola logo no seu último ano do ensino médio por conta da transferência repentina de emprego do seu pai para Seul. Portanto, a (muito) contragosto, foi à cerimônia de abertura do ano letivo, tendo em mente o quanto odiaria passar cada minuto sentado, ouvindo os veteranos e a diretora discursar sobre como o ano que seguia seria incrível, proveitoso e blá-blá-blá. Essas coisas chatas. Jeongguk não estava com a menor paciência para aquele papinho, na verdade, ele nunca teve. Se havia um esporte que despertava o mínimo do seu interesse, esse esporte era o de basquete. Ou, quem sabe, o clube de audiovisual. Mas o novato achava que não precisaria de nenhuma apresentação e que conseguiria se virar bem na primeira semana. O garoto não conhecia ninguém e duvidava muito que uma cerimônia a mais ou a menos faria diferença, no final das contas.