Capítulo I: Primeiro dia de aula.

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Me chamo Bárbara, tenho 14 anos,  sou filha única da minha família, moro em uma casa na praia.
Meu pai e minha mãe sempre foram atenciosos comigo, sempre me ajudaram em tudo que eu precisava, agora, chegou a hora de eu começar a minha vida por conta própria, amanhã começa a volta às aulas, tenho que fazer de tudo para orgulhar meus pais. Eles compraram até coisas que eu nem preciso pra minha volta às aulas, estão preocupados comigo, mas eu já falei pra não se preocuparem com isso.
Eu sei que deveria estudar muito pra fazê-los ficar com muita alegria, mas acho que vou tentar arranjar um namorado esse ano, sempre dei muita atenção para os estudos e agora quero um tempo para mim.
O primeiro dia de aula, é a melhor hora pra reencontrar os amigos, e fazer novos, ver rostos novos, talvez rostos muito belos, talvez até modelos.
Mas nestes momentos entre reencontros e encontros, eu paro imobilizada de frente para um menino, aí meu deus, eu nunca tinha visto ele aqui, deve ser novo, cercado por mulheres, ele é lindo, eu me aguento, vou me fazer de difícil, vamos ver se ele me nota.
Ele está vindo em minha direção, o que será que eu faço? Eu estou travada, o que está acontecendo comigo, minhas mãos estão suando.
Sinto o toque de uma mão em minhas costas, deve ser ele, mas e se for outra pessoa?? E se eu criar expectativas e depois perder?? Vamos calma, descubra primeiro quem é ele. Vamos lá, se vire para ele.
Me viro e dou de cara com ele, ele é mais alto que eu, tem um rosto lindo, meu deus, ele deve ter se enganado, ninguém falaria comigo, principalmente se for uma pessoa como essas.
- Olá, desculpa te encomodar mas, vc poderia me dizer o seu nome? - do ele olhando para mim.
- Meu nome é Bárbara Beatriz, e-e o seu??- pergunto para ele.
- Meu nome é Ale.
Ele me diz seu nome e sai de perto de mim, ele parece totalmente confiável, e confiante, mas tudo bem, ele deve ser sempre assim.
Ele veio falar comigo de novo hoje, tem algo de errado, só de me aproximar dele, eu sinto que meu peito dói, e sinto como se estivesse sempre com vergonha.
Meu deus ele veio na minha casa sem eu ter convidado, ele falou com o meu pai e minha mãe, eles não parecem estar felizes mas, eu preciso saber o motivo da sua amada visita.
- Pai o que o Ale veio fazer aqui??
- Bárbara você quer namorar com ele??
O-o-o que?.... Como assim??, Vc quer que eu namore ele?
- Não minha filha, ele veio pedir a sua mão em namoro, e eu disse que falaria com você.
- Mas pai...
- Filha você quer??
- Eu acho que sim.
-  vá até ele amanhã e diga que aceita, mesmo que eu não goste disso, se é o que você quer, eu permito.
Vou até você meu quarto, coloco o rosto no travesseiro, dou um grito que fica abafado pelo tecido, eu finalmente consegui um namorado, ele me parece estranho mas acho que vai ser divertido, vai ser meu primeiro namorado.
No dia seguinte, ando até ele, que está com um sorriso de certeza, preciso agir como se não entendesse o motivo dele ter me pedido em namoro, mas mesmo assim eu vou aceitar. Me aproximo dele, vamos ver como eu me saio.
- Ale, eu o que você foi fazer na minha casa on...
Enquanto eu falava, ele se aproximou rápido como vento, e me beijou, não tive como impedir, ele nem mesmo me parece humano, meu corpo amolece em seus braços, ele tomou o controle do meu corpo, minha mente quer mais, e meu coração está batendo rápido, por que eu não me mexo??
O beijo se encerra, e ele me dá um sorriso.
Para onde vamos amorzinho?? - diz ele todo confiante.
Todos estão olhando para nós, o que eu faço, só quero sair daqui, abraço o Ale e fico protegida em baixo dos seus braços. Saímos do ambiente escolar e fomos para um local onde as câmeras não filmassem o que pudéssemos fazer ou conversar.
Ele se escora na parede, e olha pra cima sorrindo.
-Porque você fez aquilo??? - grito com ele.
-Porque você não me empurrou, você podia ter me impedido de fazer aquilo, mas você deixou.
Dessa vez ele me acertou em cheio, eu não fiz nada pra impedi-lo. Ele está certo.
Abaixo a cabeça, e fico envergonhada, não há mais o que fazer, depois do que fizemos, agora somos namorados.

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