Capítulo 1: Ilha da Verdade

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Alguns anos se passaram. Tenho 14 anos agora, e devo dizer que TPM é uma merda! Enfim, sou Ashe Silverkin, filha de Henk P. Silverkin e Louise Silverkin. Eles são meio infantis, mas são muito queridos por mim. Estou no ano de 2022, e sou uma garota um tanto quanto peculiar. Tenho cabelos loiros naturais com pontas negras como as asas de um corvo. Meus olhos são negros e sou um tanto quanto magra. Vivo usando roupas pretas e sempre ando com meu par de botas e minhas meias, ambas da cor do céu noturno. Sou considerada super-dotada, mas na verdade eu apenas lembro das minhas vidas passadas, então todo conteúdo que vivi e aprendi está claro em minha mente.

Meu dia a dia é comum aos olhos dos outros, já que deixo um clone de sombras que imita meu comportamento em meu lugar enquanto viajo o mundo para aprender mais sobre seus segredos. É relativamente fácil fazer essas coisas já que absorvi poder o suficiente durante todos os meus anos de existência.

Descobri que já vim para a Terra algumas vezes, mas em outras realidades intituladas alternativas. Essa é o primeiro contato da humanidade com Axyze encarnado como Ashe.

Essa está entre a 8ª e 11ª vez que reencarno. Dá para descobrir graças aos elos do tempo-espaço que exploro. Eles funcionam como portais para o conhecimento. São falhas temporais que me permitem ver a linha do tempo de uma realidade alternativa diferente da minha.

Estou agora viajando para a Ilha de Páscoa. Uma garota de 14 anos sozinha em uma balsa rumo a um fim de mundo. Estou atraindo alguns olhares por causa dessa situação, mas ainda não acostumei direito com a manipulação das sombras a ponto de refratar a luz e assim alterar minha imagem externa.

Creio que lá se encontra alguma pista sobre meus feitos. Mesmo não tendo nenhum contato com essa realidade, ações poderosas em outros mundos refletem nos adjacentes. Um exemplo disso foi quando abri um portal do Limbo na Terra em uma realidade após quebrar o selo de restrição de uma realidade adjacente.

Enfim, estou nesse fim de mundo para descobrir se há mais algum elo que posso acessar. Páscoa vem do hebraico "pessach", e significa passagem. Pretendo descobrir se o nome foi uma coincidência ou não.

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Após uma pequena confusão entre dois homens na balsa, me separei do grupo de turismo e fui fazer minhas próprias investigações.

A ilha era vazia, alguns Moais aqui e ali, mas nada além disso. Encontrei uma ou duas cavernas, mas não havia muito nelas, pelo menos nada que me interessasse.

Estava decepcionada com meus esforços sem resultado, mas algo me dizia que havia mais, que havia um poder escondido ali. Um segredo grande demais para ser revelado.

Decidida a desvendar esse mistério, decidi usar tudo ao meu alcance para achar uma fonte de poder. Lembro que em vidas passadas eu era uma com as sombras, mas por algum motivo, eu apenas controlo elas agora. Ainda existe uma conexão, mas não como era antes.... talvez seja falta de prática.

Para usar toda a extensão de minhas habilidades, desfiz o clone de sombras que estava em casa, mas não sem garantir que ninguém estava vendo. Percebi que aquilo estava gastando muita energia minha.

Canalizei e fiz contato com as sombras ao redor. Pude enxergar tudo e nada. Fiquei ciente de tudo que havia na ilha. As pessoas, arvores, animais, pedras. Tudo. Eu estava contectada com as sombras, e elas a mim. Então eu vi. Vi uma região adormecida de baixo da terra não tocada por muito tempo, mas que com certeza já tivera ação de mãos humanas.

-Achei! - exclamei orgulhosa de mim e com a escuridão.

Fechei os olhos e foquei minha vizão naquele local esquecido pelo mundo e quando os abri eu estava lá (mesmo com um corpo físico meu teleporte ainda funcionava).

Estava tudo escuro, e meus olhos não enxergavam nada, mas as sombras me emprestaram seus sentidos e, mesmo sem ver, sabia cada detalhe daquela câmara esquecida.

Havia um portão no qual provávelmente seria a entrada, mas estava soterrado por quilômetros e mais quilômetros de cascálho e pedregulho. O local era imenso, repleto de pilares colossais que ligavam o chão com o teto. Só no salão onde me encontrava havia um candelábro pendurado há uns 50 metros de altura, algumas mesas e cadeiras de pedra, sistemas antigos de ventilação através de tubos.

Mas algo me chamava atenção: uma estátua de um gigante feita de pedra e algum metal que eu não conhecia, provavelmente nem existia mais. Seu corpo era estreito e com alguns buracos nos braços e peito, sua cabeça era identica aos Moais.

Aquilo me dava calafrios. Algo que nunca tinha sentido antes. Quando cheguei perto para analizar melhor, o candelabro se acendeu e queimou todas as sombras que me auxiliavam a enxergar.

-Bom, pelo menos agora consigo enxerg--

Nesse instante me esquivei para o lado. O Moai tinha atirado um feixe de luz infravermelho concentrado em minha direção. Aquilo arrancou minha perna, mesmo tendo passado só de raspão, então me teletransportei para trás de um pilar onde ainda estava coberto pelas sombras

Solto um grito de dor. Nunca havia sentido dor antes. Mas não havia tempo para sofrer, o Moai estava me procurando. Eu, Ashe, reencarnação de Axyze e escolhida pelos mundos para me tornar um ser perfeito, não tinha tempo para coisas pequenas como chorar de dor e pânico.

Rapidamente pedi auxílio das sombras, que me acompanhavam desde minha primeira encarnação, e elas me envolveram. Senti o poder fluindo, como se eu fosse tão imensa quanto o universo.

Minha perna havia regenerado no mesmo instante do meu contato com as sobras, então eu pulei em direção ao Moai. O salto foi tão veloz que ele só teve tempo de se virar para o som de rochas se quebrando debaixo dos meus pés após o impulso.

Um instante depois e duas imensas garras negras haviam substituido minhas mãos. Usei-as para cortar um braço do gigante de pedra, que se mostrou surpreso, mas não exitou em atacar com o outro minhas costas. Contudo, senti meu corpo leve, sem peso, e sua gigante mão atravessou meu corpo como uma faca atravessa fumaça. Então meu corpo voltou a sua forma física e ataquei novamente sua cabeça, que emitia um brilho incomum.

Em cheio acerto seu núcleo. O colosso tomba e eu me declaro vitoriosa. As sombras então se esvaem de meu corpo e eu me encontro cansada e debilitada.

Vejo a escuridão me envolvendo lentamente e quando percebo, estou a um passo de perder a consciencia, mas não consigo fazer nada.

Desmaio ali nas ruínas, mas ainda consigo ver, ou melhor, sentir, graças a escuridão me emprestando novamente sua visão.

~~~~ FIM DO PRIMEIRO CAPÍTULO~~~~

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⏰ Última atualização: Dec 04, 2018 ⏰

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