~ one ~

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Jessica


- Eu vou me perder!

- Filha, calma, não vai acontecer nada.

- O que custa você me levar na casa da Lauren, é rápido!

- Eu tenho que ir trabalhar! E tenho que deixar seus irmãos na escola!

- Mas mãe..

- Mas nada! Você já tem 14 anos, pode se cuidar sozinha. Toma aqui.

Ela tirou cem dólares do bolso.

- CEM DÓLARES?

- Pode ficar com o que sobrar.

Eu corri para os braços de minha mãe e a abracei.
- Você é a melhor!

Ela deu um beijo em minha testa.
- Chame seus irmãos, se quiser te deixo na estação do metrô, é caminho da escola.

- Tá, pode ser.

Subi as escadas e fui atrás dos meus irmãos.
Passei na frente do quarto do Alex, meu irmão mais velho, um ano de diferença.
Eu confio muito nele e ele em mim.
Contamos tudo um pro outro.

Mas o foco agora é a Daina e o Ray.
Meus irmãos mais novos.
Duas pestes de seis anos que vivem enchendo meu saco.
Mas no fundo eu amo eles.

Cheguei na porta do quarto dos gêmeos, que pra variar, estavam brigando.

- Parem com essa criancice e desçam logo, vocês tem aula.

- Eu não quero ir!
Resmungou Ray.

- Uma pena, você vai.

- Você é uma chata!
Fala Daina mostrando a língua.

Eu revirei os olhos.
- Eu sei que vocês me amam, agora saiam desse quarto e vão para o carro.

Ele desceram as escadas, assim como eu, e todos entramos no carro.

- Mamãe, porque a Jessica pode ir na frente e eu e o Ray não?
Pergunta a Daina.

- Porque vocês não tem idade ainda.

Eu mostrei a língua pra ela, que respondeu fazendo o mesmo ato.
Foi quando minha mãe parou na escadaria da estação.
- É aqui filha. Boa viagem, amanhã vou te buscar lá na casa da Lauren.

- Ok mãe. - dei um beijo na bochecha da mesma. Depois me virei para o banco de trás, me dirigindo aos meus dois irmãos. - Tchau pesteees! Curtam MUITO a escola, amo vocês.

Ele fizeram cara feia e eu desci do carro, me dirigindo a escadaria do metrô.

Chegando lá em baixo, eu não sabia pra onde ir.
Então peguei um mapa que minha mãe tinha me dado e fui checa-lo.
Estava apenas com um bolsa de mão e uma mochila de costas.
Enquanto eu tentava entender aquele mapa, comecei a andar, sem olhar para onde.
Então eu esbarrei em um garoto.

Subway | Joey BirlemOnde histórias criam vida. Descubra agora