Durmíamos juntos. Eu a tinha em meus braços. Tudo que eu queria, tudo perfeito. Perfeito até demais. De repente eu acordo com sua voz me chamando:
- NamJoon... Seu telefone...
Sonolento eu ainda falo:
- Ahn? O que?...
- Ta tocando...
Eu atende é claro que é o senhor Ryu:
- Namjoon, minha filha está bem?
- Sim, senhor...
- Mais um atentado e quase não escapei com vida. Muitos feridos e vários mortos. Avise a ela que está tudo bem.
- Está certo...
- Fale para ela que é o código 93. Ela saberá.
- Ao amanhecer, estarei avisando a ela...
- Onde ela está?
- Ela está em seu quarto, dormindo. Eu a avisarei, senhor.
- Faça isso agora.
Ele desliga o telefone e eu chamo Clare:
- Clare... Acorde...
- O que aconteceu?
- Mais um atentado no armazém...
- O que?!
- Seu pai ligou. Ele conseguiu escapar, porém está ferido. Alguns seguranças foram gravemente atingidos e outros morreram. Sua família está viva.
- Ah meu Deus... Ele me deu uma ordem.
- O que?
- Ele falou para que eu te falasse "código 93"
- Essa não...
- O que significa?
Ela se levantou rapidamente, se vestiu e começou a arrumar suas coisas em várias malas.
Levantei em seguida e perguntei o que houve. Ela me responde:
- Meu pai falou código 93? Tem certeza?
- Sim.
- Significa que você vai ter que me tirar de Seul e logo.
- Entendi. Já sei o que vamos fazer. Só não sabia que haveria códigos.
- Significa também que a linha telefônica pode estar comprometida, ele usa códigos para isso. Com o tempo ele muda esses códigos. Meu pai falou para você dizer aos seguranças da casa?
- Sim. Exatamente.
- Vai, meu amor. Enquanto isso eu vou fazendo minhas malas. Não falta muito pra amanhecer.
Ela falou algo que gostei de ouvir e acabo sorrindo pra ela.
- O que foi?
- Voce me chamou de "meu amor"... Eu adorei...
- Ah, NamJoon...
Ela me abraça e beijo seus lábios.
- Eu vou até lá embaixo. Depois vou pegar minhas coisas.
- Está bem.
Terminei de vestir minhas roupas e desci. Falei com os empregados e seguranças sobre o código 93. Eles já sabiam o que fazer. Há um tempo eu recebi instruções para onde levá-la caso acontecesse algo. Ela também sabia para onde iríamos. Subi rapidamente tomei banho, vesti roupas simples e discretas e arrumei minhas coisas. Como não tem tanta coisa assim, duas malas foram suficientes, mas antes de eu tirar do quarto, eu fui até o de Clare. Eu abro a porta:
- Clare?
- Tomando banho.
Eu chego perto da porta porta do banheiro.
- Vou pegar minhas coisas.
Escuto Ela fechar o chuveiro e saí dali com seu corpo coberto com a toalha. De repente ela abre a porta:
- Ok. Vou me arrumar.
Eu estou paralisado, olhando a minha garota.
- NamJoon?
- Ahn... O que?... Ah, é... Minhas coisas. Desculpe. Não pude me conter.
Ela me beija e fala:
- Eu te amo...
- Eu também te amo... Vou indo...
- Ok
Volto ao quarto e pego minhas malas, levo lá pra baixo e peço para que preparem o carro. Logo eu volto e a vejo olhando para o jardim.
Com tudo pronto, eu abro a porta do quarto e falo:
- O carro está lá embaixo esperando. Suas malas já desceram, os seguranças e os empregados já sabem o que fazer a partir de agora. Vamos?
Ela me olha com seus olhos cheios de lágrimas. Me dói o coração:
- Vamos, meu amor. Eu disse que vou te proteger e é exatamente isso o que eu vou fazer.
- Está certo. Vamos.
Ela pegou sua bolsa de mão e saiu.
Cumprimentou alguns empregados que ainda estava ali, pois, de acordo com o plano do senhor Ryu, pelo que entendi, eles seriam remanejados para as outras casas da família.
Clare vestia roupas comuns como eu. Deveria ser parte deste código 93 também.
Entramos no carro.
- Está pronta?
- Sim.
- Vamos. A viagem é longa.
Ela olha para casa, com um rostinho triste, mas eu não poderia impedir o que acontecia, pois havia um plano. Dirigi em direção ao nosso novo destino.
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Meu segurança - A visão de Kim NamJoon
FanfictionA história de Ryu Clare e Kim NamJoon contada pela visão dele.