Capítulo 16- Murilo

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"Se ao menos você soubesse que na minha mente a garota da vez é você... Mas é confuso, sentimentos confusos🎶 Raffa Mogi"

Murilo

Tô tentando raciocinar a quase duas horas. Eu não acredito que ela tá grávida, 18 anos com ela e ela nunca vacilou desse jeito. Eu juro que não deixo de usar camisinha.

A quase meia hora resolvi vim beber uma água no corredor. Desde que a Renata, enfermeira daqui deu a notícia, a minha garganta secou. E agora que resolvo beber, nada desce.

Fátima: Espero que agora tome rumo na vida e construa seu lar com sua mulher. - A assombração surgi do além, olho pra ela com a sobrancelha arqueadas.

Murilo: Espera sentada, porque primeiro eu não tenho mulher e segundo que filho não segura ninguém.

Fátima: Mas você ouviu a médica, é uma gravidez de risco

Murilo: E? Isso interfere em o que mesmo em relação a está junto? Me dê licença.

Volto caminhando em passos largos até o quarto e o Alemão ainda está la. Ainda tem a Jade, que não vai reagir nada bem com isso.

Alemão: Pronto Pâmela, o Murilo já voltou. Tô indo embora, desculpe a confusão aí.

Ele passa por ela e me puxa do lado de fora.

Alemão: Parabéns aí. Maturidade agora cara, já tá na hora de você formar uma família e construir sua vida. A Pâmela pode ser chata, mas ela sempre esteve contigo todos esses anos e nunca desistiu de você. Pensa bem nas suas atitudes e o rumo que tu vai tomar.

Assinto por não saber o que dizer e nem querer continuar aquela conversa.
Ele sai caminhando e eu adentro o quarto de novo.

Sento na poltrona olhando a chuva cair lá fora enquanto sinto ela me observar.

Pâmela: Muralha? - olho pra ela- Você não disse nada sobre o bebê.

Murilo: Não tenho o que dizer

Pâmela: Você não queria né? Me desculpe, eu que me descuidei e acabei não tomando os remédios certos.

Murilo: Realmente eu não queria. Não agora ou talvez nunca. Mas é isso aí...Fica tranquila que vou arcar com minhas responsabilidades o bebê não tem culpa dos nossos erros.

Pâmela: Posso te pedir uma coisa?

Murilo: Se eu tiver a disposição.

Pâmela: Deixe a Jade longe de mim. - assinto- Não quero ela atrapalhando minha vida.

Fico em silêncio e a mãe dela entra na sala junto com a Renata que é amiga dela e enfermeira.

Renata: Como está você ?

Pâmela: Bem

Renata: Lamento mais a hora de visitas acabou. Só pode um acompanhante.

Pâmela: Você pode deixar a minha mãe ficar comigo? - assinto e saiu da sala.

Caminho até o lado de fora onde a chuva continua pesada e os trovões só se aumentam. Entro correndo no carro e sigo em direção a minha casa.

A filha do patrão - Da cor de Jade³ Onde histórias criam vida. Descubra agora