Fique comigo.

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  [...]

- Não procuro entender o amor.

- N-não?

Esse tal de amor que me levou para inúmeras tragédias, desastres, colisões, porém... me trouxe felicidade, momentos inesquecíveis, aventuras, sorrisos...

- ...

Ele desviou o olhar.

Ah, Tarik.

- São tantos momentos bons, não é mesmo?

- Hã, como?

Ele me encarou nos olhos. Pude ver lágrimas percorrerem seu rosto.

- Tão bons que quero voltar no tempo para reviver estes impagáveis momentos.

-  Mas tudo muda. - Continuei.

Voa e desaparece, como cinzas de um cinzeiro.

- Preciso ir... - Ele se levantou.

Aos poucos, Tarik se distanciava, sumindo no horizonte.

- Risadas tornaram-se lágrimas, formando rios e poças de infelicidade.

  [...]

"Laços destruídos."

Pude me sentir aprisionado... pela minha própria mente.

"Como se sente agora, Mikhael Línnyker?"

"Vidas destruídas... por sua culpa."

"- Acabou."

"- Não existe um 'recomeço'..."

"- E nunca vai existir."

Acordei rapidamente.

- De novo... droga.

Encarei meu quarto, escuro. A única luz que havia ali era de meu celular.
Me levantei, andei em direção a cômoda e peguei o celular.
Já era 3 da madrugada.
Na tela de bloqueio, uma mensagem me chamava atenção.

- O que esse nordestino quer a essa hora?

Sentei na beira de minha cama e desbloqueei a tela.

Jv tinha me mandado mensagem há 20 minutos atrás. Além disso, havia três mensagens de Tarik e uma de Batista.

Me levantei, coloquei meu celular no bolso e andei calmamente até a porta. A abri e observei o corredor vazio e silencioso.

- Ninguém, como eu suspeitava. - Murmurei, enquanto andava pelo corredor.

Após passar pelos quartos - um de Batista e outro para visitas - sai da casa.

A rua se encontrava calma, nenhum sinal de vida - além de mim.

- É claro que não tem ninguém... Quem é louco de sair as 3 da madrugada pra rua? - Ri de meus pensamentos.

- Você. - Alguém colocou suas mãos geladas em meu ombro.

Travei.

- ... - Ele, ou ela, começou a rir.

- Sua cara foi a melhor! - O nordestino apareceu em minha frente.

- FILHO DE UMA MÃ... - Ele me impediu de continuar, colocando sua mão em minha boca.

- São 3 da madrugada, cara. Shiuu. - Ele me soltou e sorriu.

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