Capítulo Trinta e Dois ♡

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Luana

Fixei meu olhar no Carlos em quanto ele me olhava um pouco nervoso mas ao mesmo tempo relaxado, parecia não ter feito nada de errado.

C A R L O S

— Eu não sou casado Luana! -disse sério.
— Só nos papéis. -completou olhando nos meus olhos.

L U A N A

— Então vocês estão separados? -disse em tom duvidoso.
— Por que você não me falou antes, achei que confiava em mim! -disse indignada.
— Agora só falta falar que você tem uma filha também.

C A R L O S

— Uma filha? -disse pensativo.
— Não que eu saiba. -disse passando a mão nos cabelos.

L U A N A

— Vai começa a se explicar. -falei impaciente.

C A R L O S

— Se você pode se sentar, é uma história longa. -disse me dando passagem para o sofá.

Me sentei totalmente desconfortável, não imaginaria que o Carlos tivesse esse tipo de rolo.

C A R L O S

— Em outubro de 2013 me casei com uma pessoa que eu acreditava ter um bom coração, ela se comportava assim durante o nosso namoro, depois do casamento que as coisas mudaram. -disse suspirando.
— Ela se mostrou ser cruel, injusta, não aparecia a mesma pessoa que eu conheci. Meio que você foi uma das causas do meu divórcio.

L U A N A

— Eu? -disse meio confusa.

C A R L O S

— Em dezembro de 2014 fui passar meu réveillon em uma festa no centro, nesse tempo eu fui sozinho porque tinha brigado com a Pamela, e lá eu te vi com um grupo de amigas, eu fiquei vidrado em você, cheguei para a gente conversar e as coisas acabaram esquentando e indo parar em um quarto. -disse com um sorriso de lado
- Em janeiro de 2015 eu arrumei minhas coisas e sai de casa. Na época você tinha me dado seu número mas eu liguei e só dava desligado.

L U A N A

— Perdi meu celular naquele motel. -disse rapidamente.

C A R L O S

— Quando eu te vi saindo da delegacia te reconheci, acho que talvez tenha mudado muito para você não ter me reconhecido.

L U A N A

— É talvez. -disse sem graça.
— Posso te fazer uma pergunta?

C A R L O S

— Fala amor. -disse se abaixando na minha frente.

L U A N A

— Então eu não sou uma amante que não tem lar e que nunca vai casar? -disse chorando aliviada.

C A R L O S

— Não amor, se esse é o problema eu caso com você, e vamos construir um lar e nunca vai faltar amor! -disse limpando meu rosto.
— Amor? -disse com um sorriso todo frouxo.

L U A N A

— Oi. -disse baixinho ainda nervosa.

C A R L O S

— Eu te amo! -disse e selou nossos lábios em um beijo cheio de delicadeza e carinho, ele deslizava suas mãos pelo meu pescoço me causando arrepios, ele finalizou nosso beijo com um selinho.
— Nunca duvide disso. -logo depois me abraçou.

Tainá

Logo o dia se pois, e parecia que tudo era diferente de antes, o céu parecia ter mais cor, a atmosfera aparentava estar mais leve, já não sentia o vazio que me acompanhava a um certo tempo, parecia muito mais leve, era um novo recomeço, se é que vocês me entendem, talvez fosse uma nova chance. Estava deitada em uma cama próxima a do Marcelo, me virei para o lado e me deparei com o Marcelo que já estava acordado me observando.

M A R C E L O

— Bom dia. -disse em uma voz rouca.

T A I N Á

— Bom dia, você acorda cedo demais! -disse com sono.

M A R C E L O

— Dessa vez foi culpa do médico que acabou de vim me dar alta. -disse esfregando os olhos.

Me levantei e arrumei as coisas para irmos embora, com ajuda dos enfermeiros colocamos o Marcelo no meu carro, entrei no carro e fomos em direção a casa dele.

M A R C E L O

— Obrigado, não era uma obrigação sua está aqui.

T A I N Á

— Amigos são para isso!

M A R C E L O

— Amigos? -disse com um sorriso de lado.
— Não sabia que amigos se beijavam.

T A I N Á

— Oi? -disse desentedida.

M A R C E L O

— Não lembra do dia do bar?

Eu realmente lembrava mas preferi ficar calada, apesar de quem cala consente.

M A R C E L O

— Ei?

T A I N Á

— Fala. -disse parando no sinal.

M A R C E L O

— Preciso do Carlos, liga para ele.

T A I N Á

— Pra que? Ele deve tá com a Lua, larga de ser estraga prazer.

M A R C E L O

— Ao não ser que você me ajude a tomar banho, não consigo fazer isso sozinho, mas já que você não quer que eu atrapalhe o Carlos... -interrompi.

T A I N Á

— Vamos ligar pro Carlos né. -disse morta de vergonha.

M A R C E L O

— A sem graça. - disse soltando um sorriso.

Encarei novamente o trânsito que havia acabado de abri, segui caminho até a casa do Marcelo.

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