╔─━━━━━━░★░━━━━━━─╗ kαηησρυs
╰────╮•╭────╯M̷irando ao redor pude ver realmente que não sobrara mais tantas pessoas e haviam dois monitores de plantão, olhando como se fossemos duas depravadas, não que não fossemos. Respirei fundo me afastando e analisando as opções até me lembrar de um lugar.
—Finja que vai para a aula, mas me siga okay? Mantenha uma certa distância—disse a ela que pareceu receosa a princípio, mas que depois concordara discretamente com a cabeça.
Pus me a andar primeiro. Sinceramente, não estava preocupada em enforcar aula, na verdade, pouco estava nervosa com a situação, mas ao olhar para trás, Sirius (Sobrenome de Stella) parecia apavorada incapaz de disfarçar a cara de culpa. Soltei uma risada nasal vendo tamanha inocência, coloquei as mãos nos bolsos e fui andando pelos corredores como se nada estivesse acontecendo.
Chegando ao destino, parei no meio do corredor vazio, e esperei até que ela chegasse até mim. Então, Subitamente
abri a porta gentilmente para que ela entrasse primeiro, e, mais uma vez ela exitou, mas acabou adentrando. Era uma sala de música não utilizada pela escola. O ambiente estava escuro e abafado, as cortinas tampavam a luz e as janelas estavam fechadas, tive que tomar cuidado para não tropeçar em nada. Olhei pra ela e murmurei um “Fique aí”. Atravessei a sala enquanto a Ruiva fechava a porta atrás dela, puxei as cortinas num movimento brusco iluminando brutalmente a sala. Abri a janela e uma corrente de ar frio passou beijando-me o rosto.A sala era espaçosa de todas as formas, a arquitetura era semelhante à de uma igreja dos anos 2000. O teto era alto e as paredes eram de uma cor bege suave que me transmitia calma, e o piso era revestido de madeira sintética já que não usávamos mais árvores como matéria-prima de objetos, o assoalho tinha sido abolido. Havia uma escadaria ao centro o que dava acesso ao grande número de prateleiras gigantescas carregadas por instrumentos de diversos tipos no segundo andar. Um palco curto do lado esquerdo e sobre ele o que parecia ser um piano encapado por um pano grosso.
As cortinas eram na cor vinho e haviam muitas janelas para que a sala tivesse bastante iluminação.No começo, Sirius espirrou um tanto incomodada com o ambiente o que impediu que ela visse qualquer coisa. Então, quando voltou a mirar a frente, ponderou por toda sala com os olhos brilhando límpidos como água potável. Caminhou em frente a enorme janela aberta com seus braços abertos deixando que a luz do sol te banhasse por completa. Apoiei-me as costas no pilar admirando aquele momento, aquele vestígio de felicidade que se esvaia dela e me permiti sorrir sentindo que eu tinha feito uma coisa que parecia certa mas com intuitos errados. Afinal, estávamos matando aula.
- Pareceu gostar… - Pronunciei cortando seu momento.
- Sim, isso aqui é lindo! - Sorriu de um jeito adocicado para mim. Fez-me ficar um pouco abobalhada diante a situação então só desviei os olhos. - Como… Como foi que você conseguiu encontrá-la? - Por um momento pareceu esquecer o real motivo da gente estar naquela sala, ficou frenética, andando de um lado e para o outro contemplando cada detalhe como se tivesse descoberto um tesouro perdido.
-Eu sabia que gostaria, e você gostou, sendo assim o modo como eu achei não importa…
- Nate… - Ela me olhou espremendo os olhos desconfiada esperando uma explicação que eu não estava nem um pouco afim de dar.
—Você já viu aquela peça? - Apontei, indo em direção ao piano desviando do assunto - Certamente está ai a décadas, talvez até séculos.
- É de antes da abolição da exploração de madeira acho. - Disse vindo para perto e desencapando uma parte do instrumento
- Bom, eu acho que ele é de madeira né, é meio obvio. - Ri o que fez ela me dar um tapinha. - Ai! só to justificando.
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2222 - O CÉU NÃO É O LIMITE
Ficción GeneralNo ano de 2222, Natasha Kannopus capitã da divisão aeroespacial brimeriana tem a missão mais temida de toda sua carreira militar: As Férias. Voltando a sua cidade natal, sem qualquer escolha, a jovem terá de enfrentar as terriveis memórias que assom...