Capítulo 22

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Uma semana depois...

Uma semana depois e nenhum sinal de Isabela. Rebeca não sabia mais o que fazer, onde procurar. Foi até a empresa do amigo, único com que se sentia à vontade de desabafar. Após conversar um pouco com a recepcionista do local, Otávio a chama para seu escritório.

- Oi Rebeca! Aconteceu alguma coisa? Tem alguma novidade? - Pergunta ele, fechando a porta da sala.

- Não. Nenhuma novidade. Esse é o problema. Estou há uma semana sem novidades, Otávio. O que eu vou fazer? - Ela começa a chorar. Ele se aproxima dela, mas não fala nada. - Eu não sei o que eu faço. Eu já fiz de tudo. Eu preciso da minha filha comigo. Eu tento ser forte, eu tento despreocupar a Manu, mas e eu? E eu? Eu preciso de alguém também. Eu não aguento mais ser forte. - Nessas alturas, ela já não conseguia mais controlar o choro. Nem ao menos sabia o que estava raciocinando.

- Rebeca, olha para mim. Me escuta. - Otávio se abaixa na mesma altura que Rebeca, olhando em seus olhos. - Custe o que custar, nós vamos achar a Isabela. Tenho amigos na polícia e estou com um funcionário de confiança acompanhando toda a investigação de perto. Eu prometo que vamos tê-la conosco o mais rápido possível.

Ela parece se confortar com aquelas palavras. Sabia que podia contar com ele. O choro vai acabando aos poucos e ela vai se acalmando. Sorri reconfortada.

- Obrigada, Otávio! Eu te amo. - Essas palavras... Na hora se arrependeu. Saiu sem querer, pensava ela. Estava passando por um momento difícil, talvez carência? Rapidamente se levantou, mas foi segurada pelo braço.

- Não vai esperar uma resposta minha? - Ele pergunta com um sorriso no canto da boca.

- Otávio, me desculpa. Eu não devia ter dito isso. - Ela tenta escapar, mas ele insiste em segurá-la.

Ele se aproxima, colando os rostos um ao outro. Ambos ouviam suas respirações profundas. Levando a mão até o rosto da dama, Otávio se prepara para baijá-la, mas a porta se abre, quebrando todo aquele clima.

- Otávio... - A ruiva chega e vê a cena. - Antes que mais alguém pudesse falar mais alguma coisa, Rebeca se solta de Otávio e vai embora sem dizer nada. - É... Eu atrapalhei alguma coisa?

- Não Regina. Não atrapalhou nada. Deseja alguma coisa? Estou cheio de coisas para resolver. - Fala um pouco exaltado, talvez por causa do susto.

- Não foi o que pareceu. - Ela sussurra. - Bom, vou direto ao ponto. Há novas informações sobre o caso da garota desaparecida, que você pediu para eu acompanhar. O delegado quer falar com você o mais rápido possível.

- Ah sim! Obrigado. Vou entrar em contato. Mais alguma coisa? - Ele pergunta um tanto impaciente com a mulher.

- Está tudo bem com a Rebeca? Senti que ela foi embora meio desnorteada. - Sorriu cínica.

- É claro que ela não está bem. A filha dela está desaparecida. Me desculpe Regina, mas se você não for precisar de mais nada, eu preciso ficar sozinho. - Foi curto e grosso.

- Tudo bem, estou saindo. Se precisar de alguma coisa, estarei minha sala. - Ele agradece e ela sai.
  
Regina chega em sua sala mais vermelha do que seu cabelo. Começa a jogar tudo pelos ares, num ataque de fúria. Papéis voaram para todos os lados até que, em poucos minutos, alguém entra em sua sala sem ao menos bater.

- Regina? O que aconteceu aqui? - Ela respira aliviada ao reconhecer a voz do irmão.

- Geraldo? O que você está fazendo aqui? - Ela pergunta quase em um sussurro.

- Tive que resolver alguns negócios sobre a pensão da Priscila com a Safira e aproveitei para te dar um oi. - Ele explica. - Qual foi o motivo do ataque? - Ele aponta para a bagunça que a sala estava.

- Aquela sonsa da Rebeca, veio desabafar com o Otávio sobre a filhinha desaparecida. - Ela enfia o dedo na boca, representando uma ânsia de vômito. Ele ri. - Qual o motivo da graça?

- Quem diria que você chegou a esse ponto por causa de um amor platônico. - Ele debocha.

- Escuta aqui Geraldo, se você veio aqui para ficar tirando sarro da minha cara, é melhor você ir embora agora mesmo. - A ruiva enfurece.

- Tudo bem. Parei. Mas me fala, por quê isso te deixou tão irritada?

- Quando entrei na sala, os dois estavam praticamente se beijando. - Ela joga mais uma pilha de papéis para o chão. - Isso não vai ficar assim. NÃO VAI.

- Regina, se acalme minha irmã. Temos tudo o que precisamos em nossas mãos. Podemos usar isso ao nosso favor.

- Podemos? Como?

*****

Após sair da On-E, Rebeca vai para casa e passa todo o caminho chorando. Era o momento que ela sentia que tinha para ser vulnerável. Ao chegar na porta de casa, ela limpa as lágrimas e retoca a maquiagem no carro mesmo, para que ninguém perceba que ela havia chorado.

Entra em casa e Dona Nina estava já preparando o almoço. Ela cumprimenta a mãe e vai para o quarto trocar de roupa e guardar suas coisas.

Durante o almoço, ela conta sobre o dia que teve — ou quase todo o dia— e comenta sobre as buscas por Isabela.
 
Após o almoço, vai para seu quarto e deita. Fica pensando no que poderia ter acontecido entre ela e Otávio. Ela sorri. Pega o celular para ligar para o "amigo", mas só estava dando caixa postal. Ficou com incerta com aquilo, mas deixou quieto, pois sabia que o dia dele estava corrido. Depois de um bom tempo com a cabeça cheia, a mulher acaba adormecendo.

*****

A ruiva chega em casa. Pega um celular, um tripé, troca de roupa e vai até o porão atrás de Isabela. Para variar, estava com os seus capangas. Abre a porta com tudo, assustando Isabela.

- Não se preocupe queridinha! Vamos mandar um recadinho para a mamãe! - Sorri maléfica.

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E aí pessoal, tudo bem com vcs?!

Gostaram do capítulo? Contem aí nos comentários oq estão achando.

Quero desejar a vocês, um feliz 2019, cheio de paz, saúde, alegrias e tudo mais!

Lembrando que dia 07/01 a novela estará de volta nas telas do SBT!

Votem e comentem!

Até a próxima 💕

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