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Quando Não Há Portas Abertas, Force Uma

OS cinco se abaixaram e o que aconteceu a seguir foi puramente sorte.

Jason estava tão curioso, e na expectativa de saber o que estava acontecendo na calçada, que tirou os olhos da rua por alguns segundos, não notando o que havia na frente. Eles estavam se aproximando rápido de um carro estacionado, e se não fosse por Joel perceber isso, ele teria batido na traseira do mesmo.

— Jason, cuidado! – gritou Joel olhando para frente.

Jason olhou para frente e viu a traseira do carro, puxou o volante desviando rapidamente, fazendo com que Marc e Vinci parassem de atirar no mesmo instante em que Lucas, que corria à frente do grupo, entrou em um beco com os outros o seguindo.

— Merda! – exclamou Jason, batendo a mão no volante. – De onde surgiu essa lata velha?

— Cadê eles? – perguntou Vinci olhando pela janela.

— Alguém viu para onde eles foram? – Jason perguntou olhando para o banco de trás, mas ninguém tinha visto, pois todos tinham olhado para frente.

— Desculpa Jason, todos nós olhamos para frente – disse Paulo.

— Droga! Mas essa agora. – Jason estava visivelmente irritado. – Vocês três, saiam do carro e tentem achá-los. Eu e Vinci vamos para a esquerda, vocês pela direita.

Paulo, Marc e Joel saíram do carro às pressas. Assim que Joel fechou a porta, Jason arrancou com o carro e entrou a toda à esquerda.

— Vamos, a noite vai ser longa, quero achar esses caras e acabar logo com isso – disse Paulo já começando a ir para a calçada.

Marc e Joel o seguiram andando em passo acelerado, passaram direto pela entrada do beco onde os outros haviam entrado e logo mais à frente, viraram à direita.

Lucas tentava sem sucesso abrir as portas de acesso dos fundos dos prédios, mas todas estavam trancadas.

— Alguma delas tem que estar aberta – disse ele tentando abrir mais uma, a sexta de suas tentativas.

Alex deixou Rafael segurando Nick e correu a frente tentando ajudá-los nas outras portas, mas nenhuma delas abria.

— Não adianta... todas... estão trancadas. – Nick disse com sua voz saindo mais como um sussurro.

Breno olhou pra trás vendo o estado em que Nick se encontrava e olhou pra frente com desespero. Correu mais à frente, parou na última porta que lhes restavam, olhou esperançoso para a maçaneta e a segurou respirando fundo antes de girá-la, mas o resultado foi o esperado, estava trancada. Ele soltou um suspiro derrotado baixando a cabeça e olhou para os outros quatro que também suspiraram lamentando. Todos estavam com medo, apavorados e sentindo-se sem saída. Era só uma questão de tempo para aqueles que os perseguiam entrarem ali e encurralá-los.

Breno não queria desistir, não poderia acabar assim, eles não seriam pegos ali. Ele olhou mais uma vez para a porta e depois para os seus amigos e tomou uma atitude sem pensar se seria errado ou não.

Lucas estava agachado com as mãos na cabeça, Rafael segurava com dificuldade Nick, que estava pálido, sem forças. Alex estava encostado à parede com as mãos apoiadas nos joelhos e olhando para o chão já pensando o pior. De repente eles ouviram um barulho e levantaram a cabeça na direção de onde tinha vindo. O barulho tinha vindo de onde Breno estava, próximo à porta. Mas eles não sabiam o que tinha provocado aquele barulho, até Breno que andava na direção oposta, parar e correr em direção à porta até atingi-la, se chocando com o lado direito do corpo contra a mesma. Alex logo percebeu o que ele estava tentando fazer, assim como Lucas que já se levantara e se juntava a eles. Os três se posicionaram longe da porta para uma nova tentativa.